5 razões para não escolher all-inclusive em Cancún

Hotel em Cancún

Ué. Se o sistema all-inclusive é interessante na Bahia, se é perfeito em Punta Cana, por que não seria aconselhável em Cancún?

Em princípio, o sistema tem as mesmas vantagens em todo lugar: você já sai de casa com tudo pago, e pode consumir à vontade durante a sua estada, sem que isso resulte numa conta de extras a pagar na saída. Para quem (a) não quer voltar endividado das férias, (b) vai viajar com crianças ou adolescentes comilões, (c) não quer ficar regulando drink na piscina, ou (d) tudo isso junto, o all-inclusive é imbatível.

Acontece que, hospedando-se na área urbana de Cancún, é bastante provável que você não aproveite o sistema como aproveitaria em outros lugares (como no Nordeste, em Punta Cana ou mesmo em outros trechos da Riviera Maia, ao sul de Cancún). No mínimo, é bom que você esteja consciente de que dificilmente vai tirar aquelas férias sem conta de extras no final, porque depois de chegar ao destino você não vai se contentar em ficar tanto tempo assim no hotel.

Por que all-inclusive talvez não seja a sua melhor escolha na zona urbana de Cancún:

1) O grande diferencial de Cancún são os passeios: você vai passar boa parte do dia fora do hotel

Nenhum destino do Caribe vendido no Brasil oferece tantas oportunidades diferentes de passeio quanto Cancún. (O que chega mais perto é Barbados.)  Durante a sua estada em Cancún, você vai se ver tentado a:

  • Visitar o sítio arqueológico maia de Chichén Itzá, uma das sete novas maravilhas da Terra (alguns passeios incluem também um pulinho à cidade colonial de Valladolid);
  • Dar um pulinho em Isla Mujeres, que fica a meia hora de ferry boat, onde há praias calmíssimas e passeios de barco;
  • Ir a pelo menos um dos ecoparque temáticos da Riviera Maia, como X-caret, Xplor e Xel-ha;
  • Passear pelas ruínas maias de Tulum, as únicas que ficam à beira-mar;

  • Mergulhar num cenote, tipo de caverna característica da região, com peixes e incríveis formações geológicas;
  • Participar de uma interação com golfinho;
  • Pegar praia e fazer footing em Playa del Carmen, a pequena Búzios do pedaço;
  • Passar um dia na ilha de Cozumel, para mergulhar ou fazer algum passeio

2) A noite de Cancún é diversificada. Vai ficar no hotel?

Uma coisa é você estar num hotel isolado (como a maioria dos resorts all-inclusive do Nordeste) ou num lugar onde não há nenhuma estrutura fora dos hotéis (como em Punta Cana). Mas Cancún é uma cidade grande, com shoppings, restaurantes, grandes bares, discotecas. Será que você vai conseguir encarar, noite após noite, o buffet do restaurante do hotel, sabendo que no shopping mais próximo pode escolher entre restaurantes de todos os tipos e faixas de preço?

3) A praia em frente ao seu hotel talvez não seja perfeita

Já foi a Porto de Galinhas? Lembre como é a praia por lá. O filezão, a praia das piscinas naturais, do mar mais calminho, é a praia da vila, que foi ocupada primeiro. Outros pontos bons de ir à praia são raros: tem a ponta de Muro Alto (à altura dos hotéis Nannai e Marupiara Suites) e também o Pontal do Cupe (perto dos hotéis Pontal de Ocaporã e Pousada Tabapitanga). A maior parte dos hotéis e pousadas está em trechos ou de pedras, ou de mar bravo.

Cancún é um pouco assim, também. O filé da costa está na ponta norte da península, onde estão os hotéis mais antigos. Do meio da península para baixo, o mar fica freqüentemente bravo, sem aquele padrão piscininha que você espera do Caribe. Os hotéis maiores costumam estar nesta faixa menos amigável ao banho. O que reduz ainda mais a sua motivação de ficar o dia inteiro no hotel — já que, nos passeios, você deve encontrar praias mais gostosas.

4) Poucos hotéis na zona urbana têm estrutura de resort completo

Os hotéis da zona hoteleira urbana de Cancún são grandes, mas poucos têm aquela estrutura completa que você associa a um resort — e que, em última análise, torna um hotel auto-suficiente e adequado para o sistema all-inclusive (por exemplo: com a variedade de bares e restaurantes características do gênero).

Entre esses hotéis co porte de resort estão o Club Med (que fica numa enseada calma na ponta sul da península), os vários Riu (que estão na ponta de cima, calminha, da praia) e o Iberostar Cancún (que acabou de ser inaugurado no lugar onde funcionava o Hilton, num trecho de mar agitado).

5) Querendo all-inclusive, é melhor escolher um dos resorts da Riviera Maia

Fora da cidade, o sistema all-inclusive faz mais muito mais sentido. Nos 150 km de costa ao sul de Cancún você vai encontrar uma situação mais parecida com a que conhece do Nordeste ou de Punta Cana:

  • Os resorts são maiores e auto-suficientes;
  • Você vai encontrar todas as grandes redes do gênero, Iberostar, Riu, Grand Palladium, Barceló, Gran Bahía Príncipe, Palace Resorts;
  • As praias são melhores e mais amigáveis para crianças;
  • Até os passeios são mais curtos: quase todos estão neste trecho da costa, permitindo que você volte mais cedo ao hotel e aproveite melhor o all-inclusive. Cancún vira então um desses passeios, para compras ou vida noturna.

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105 comentários

Bóia, ainda assim (com essa informação da policia corrupta) você alugaria carro lá, se a viagem fosse com a sua família (filhos juntos)?

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