O que fazer em Paris

Guia de Paris

O que fazer em Paris

Se não fosse a limitação de tempo, ninguém precisaria de roteiro de o que fazer em Paris. Bastaria ~flanar~ cada dia por uma região diferente e esperar os cartões-postais e monumentos aparecerem no seu caminho.

Se você for mais desencanado com esse negócio de ~atração turística~, pode tranqüilamente adotar essa estratégia. Faltando uns dias para voltar, você vê se ficou faltando alguma lacuna importante, e então vai atrás.

Mas se você precisa de um itinerário organizado dia a dia, não se preocupe. É só seguir o nosso roteiro.

Quantos dias em Paris?

Qualquer permanência menor do que 4 ou 5 dias em Paris vai fazer com que você precise voltar pelo motivo errado. (Motivo errado para voltar: não ter conseguido ver tudo o que queria na primeira viagem.)

Eu costumo recomendar, na primeira viagem a Paris, uma permanência mínima de 5 dias — e uma permanência mínima ideal de 7 dias. Assim você só volta pelo motivo certo. (Motivo certo para voltar: saudade — e vontade de curtir Paris sem precisar bater ponto em atração turística. Aí quaisquer dois dias no finzinho de qualquer viagem já dão pro gasto.)

Como se deslocar em Paris

Hop-on/hop-off

O ônibus de dois andares proporciona um camarote para fotos interessantes (se o clima colaborar). Mas se você quer minha opinião — não, não acho que valha a pena numa cidade como Paris. O tour dá a ilusão de que você ‘conheceu’ a cidade, quando não faz mais do que oferecer um slide show. A cidade acontece ao rés do chão — e a viagem, para mim, é tudo o que acontece de inesperado entre um cartão-postal e o seguinte.

Mas se você é fã do esquema, aí vão as coordenadas:

O Big Bus/Les Cars Rouges tem uma linha só. Sai da Torre Eiffel, passa pelos Invalides, atravessa o Sena e então enfrenta o trânsito da cidade, passando pela Place de la Concorde, Opéra e Galleries Lafayette, Place Vendôme e pelo Louvre. De volta ao Sena, cruza a île de la Cité (onde está a Notre Dame) e volta pela margem esquerda, passando pelo Quai d’Orsay. Atravessa de novo para Place de la Concorde e então sobe e desce os Champs-Elysées em toda a extensão (até o Arco do Triunfo).

Volta pelos Invalides e faz um novo ziguezague, passando no Trocadéro antes de voltar à Torre Eiffel. À noite o roteiro muda um pouquinho, com uma extensão até o Moulin Rouge. Comprando online (em português), o passe diurno custa 53,10 euros para 1 dia e 67,50 euros para 2 dias. O passe para o tour noturno sai 28 euros (novembro/2023).

O Foxity tem como vantagem ônibus com teto retrátil no segundo andar, para dias frios ou chuvisquentos. Seu itinerário é basicamente o mesmo (incluindo a variação noturna).

O preço é low-cost: 35 euros para um tour de 2 horas sem paradas, 42 euros para poder subir e descer durante 1 dia. A tarifa noturna, sem direito a parada, é 31 euros (novembro/2023).

Todos os ônibus de dois andares oferecem também tarifas reduzidas para crianças e passes combinados com tour de barco pelo Sena. Verifique nos sites.

Cruzeiros pelo Sena

Sou muito mais investir num passeio pelo rio do que nos ônibus de dois andares. O ponto de vista também é lindo, os monumentos se sucedem o tempo todo e você não fica parado no trânsito. A experiência é bem mais agradável.

Várias cias. oferecem passeios — tours simples de uma hora, ou um pouco mais longos com almoço ou jantar a bordo. Eu recomendo os passeios simples; a comida servida a bordo nos cruzeiros-almoço e nos cruzeiros-jantar sempre será inferior e mais cara do que em restaurantes convencionais em terra firme.

Nos Bâteaux-Mouches o cruzeiro-passeio custa 15 euros; o cruzeiro-almoço, 80 euros; o cruzeiro-jantar, desde 85 euros (novembro/2023).

Nos Bâteaux Parisiens o cruzeiro-passeio custa 16 euros; o cruzeiro-almoço, 75 euros; o cruzeiro-jantar, desde 95 euros (novembro/2023).

Finalmente, as Vedettes du Pont Neuf oferecem cruzeiro-passeio de 1 hora a partir de 13 euros por pessoa, ou, com duração mais longa, cruzeiro-almoço a partir de 66 euros; cruzeiro-jantar, a 85 euros. (november/2023).

Minha indicação no departamento passeio pelo Sena é o Batobus, que nada mais é que um hop-on/hop-off fluvial. O passe (para adulto) de 1 dia custa 23 euros; o de 2 dias consecutivos, 27 euros (novembro/2023). Compre online com nossa parceira Viator.

A combinação ideal: a pé + metrô/ônibus + Paris Museum Pass

O melhor veículo para se deslocar por Paris é um par de sapatos usado e confortável (acessórios indispensáveis: um guarda-chuva dobrável e uma gabardine ou impermeável).

Claro que não vai dar para fazer tudo a pé — então tenha no bolso sempre tickets t+, que servem para metrô e ônibus (e podem ser comprados em múltiplos de 10, o “carnet 10 voyages”, a 2,10 euros a unidade).

No dia em que for a Versalhes (ou à Disneyland Paris), compre um passe Mobilis (zona 4 a Versalhes: 14 euros; zona 5 à Disneyland Paris: 20,10 euros), que vai cobrir sua viagem pelo trem RER e ainda todos os seus deslocamentos dentro de Paris naquele dia.

O Batobus, o barco-ônibus do Sena, também é um ótimo complemento ao mix (custa 23 euros o passe de 1 dia, 27 euros o de 2 dias consecutivos).

Se você chegar a Paris no início da semana, ou incluir Versailles e/ou Disneyland Paris no seu roteiro, o melhor passe de transporte é o Navigo Découverte, que desde outubro de 2015 tem uma grande vantagem sobre o carnet 10 voyages: dá direito às 5 zonas do RER.

O único transporte público que fica de fora é o monotrilho Orlyval, que liga o aeroporto de Orly ao RER. O cartão custa 5 euros, que entra como custo inicial. Você pode fazer o seu nas bilheterias operadas por funcionários no metrô e estações do RER, e também em quiosques de revistas, cafés e tabacs autorizados. É preciso levar uma foto 3×4. O passe semanal custa 30 euros; o passe mensal, 84,10 euros.

Atenção para a pegadinha: o passe semanal vale da meia-noite de segunda-feira à meia-noite de domingo (o passe mensal, da meia-noite do dia 1º à meia-noite do último dia do mês). Só está à venda até a quinta-feira. A partir da sexta-feira, os carregamentos de passe semanal passam a valer somente na segunda-feira seguinte. Tarifas conferidas em novembro/2023.

Navigo Découverte x Carnet 10 Voyages x Mobilis?

O investimento mínimo no Carnet 10 Voyages é de 15 euros, válido por 10 viagens. O investimento mínimo no Navigo Découverte é de 30 euros.

O Navigo Découverte é mais interessante que o Carnet 10 Voyages se você fizer, entre 2ª e domingo:

  • 19 viagens de metrô ou RER na zona 1
  • 11 viagens de metrô ou RER na zona 1 + um passeio a Versailles (economizando um Mobilis de 14 euros)
  • 7 viagens de metrô ou RER na zona 1 + um passeio à Disneyland Paris (economizando um Mobilis de 20,10 euros)
  • caso vá a Versailles e à Disneyland Paris na mesma semana (entre 2ª e domingo), o Navigo Découverte já é o passe mais vantajoso, e os demais dias de metrô e RER sairão de graça

Para fechar o seu kit de ferramentas para turistar em Paris, só falta um Paris Museum Pass, que permite a entrada, sem fila, em 60 museus (quantas vezes você quiser, durante a validade do passe) e cria motivos para você explorar ainda mais Paris.

O passe de 2 dias consecutivos custa 55 euros; 4 dias consecutivos, 70 euros; 6 dias consecutivos, 85 euros (os bons são os de 4 e 6 dias; o de 2 dias não se paga). Tarifas conferidas em novembro/2023.

Dias em que os museus não funcionam

Nem todos os museus fecham 2ª.

Alguns (como o Louvre!) fecham 3ª — verifique sempre antes de programar o passeio.

E mais: nenhum museu funciona nos dias 1º de janeiro, 1º de maio ou 25 de dezembro.

E o tal do Paris Pass? Armadilha pra turista: juntam todos os passes disponíveis (incluindo os do ônibus hop-on/hop-off) e empacotam tudo num produto só. É virtualmente impossível usar o suficiente para empatar o custo.

Apps para transporte público e percursos a pé

Há dois aplicativos oficiais que facilitam usar o transporte público.

O app da RATP está ligado em tempo real com o sistema de transporte e indica a melhor opção entre o lugar onde você está e seu destino, de ônibus, metrô ou RER. Seu único defeito é só estar disponível em francês. Ao pedir o itinerário, escolha entre três opções: + rapide (mais rápido), – de corresp (menos baldeações) ou – de marche (menos caminhada).

O app Next Stop Paris da RATP é feito para visitantes e tem versão em inglês. Quando você está online, dá o caminho mais curto de metrô ou RER entre a sua posição e o seu destino. E funciona também offline: você baixa previamente um mapa de Paris e pode consultar o melhor caminho entre quaisquer estações de metrô e RER.

Já o Google Maps é a melhor fonte de informação para percursos a pé — e também serve para usar o transporte público; baixe o aplicativo.

Conexão à internet

Não dá mais para ficar desconectado. Essas são as suas principais opções para ter acesso à internet no celular:

Wifi grátis de aeroportos, hotel, restaurantes, Starbucks e McDonald’s

Se você não quer gastar um centavo com conexão, pode tentar resolver a vida com wifi grátis. Os dois aeroportos oferecem wifi gratuito. Você certamente vai ter conexão grátis no hotel. Alguns restaurantes também podem oferecer (mas não conte com isso). Na rua, o melhor quebra-galho são as redes Starbucks e McDonald’s, que têm wifi grátis; depois de se cadastrar para o primeiro acesso, você consegue conexão em qualquer filial.

Plano de roaming internacional de dados da sua operadora

Assim que você ligar o seu celular pela primeira vez na França, receberá uma mensagem da sua operadora brasileira oferecendo um plano de dados a R$ 29,90 por dia, válido apenas para os dias em que for usado. Não é barato nem mega-eficiente, porque depois de um certo nível de consumo a velocidade cai barbaridade. Mas funciona como plano emergencial para quem não quer comprar um chip local e não encontra um Starbucks no momento em que precisa…

Chip local pré-pago

Em francês um chip pré-pago é uma carte SIM prepayée (em inglês, prepaid simcard).

As mais em conta são da Lycamobile e Lebara, que não têm lojas físicas; vendem chips e recargas em tabacs. Seu público preferencial é das comunidades de imigrantes. Só a Lycamobile chega a operar em 4G (a Lebara só tem 3G).

Uma carte SIM prepayée dessas operadoras custa desde 10 euros e você precisa comprar pacotes de dados. É possível comprar o chip num quiosque Relay do aeroporto. A ativação é feita pelo próprio telefone; é possível selecionar atendimento em inglês.

Se você não se importa em pagar consideravelmente mais e prefere que alguém faça a ativação da carte SIM prepayée por você, passe numa loja operadora. Pergunte no seu hotel qual é a mais próxima. As mais presentes são a SFR e a Orange. Leve passaporte para compra e ativação na loja. As operadoras grandes têm planos com roaming internacional cobrindo outros países da União Européia.

O dia da chegada

Antes de sair do aeroporto, tenha paciência para resolver dois perrenguinhos que darão mais trabalho se você deixar para resolver na cidade.

Primeiro, passe no posto de turismo para comprar seu Paris Museum Pass. Assim você não precisa desviar do seu caminho para passar numa Fnac, nem precisa enfrentar a fila da bilheteria de algum museu participante para comprar o seu.

Você também pode aproveitar para comprar o bilhete do ônibus do aeroporto (RoissyBus/OrlyBus) ou do trem RER até a cidade, ou ainda seu(s) primeiro(s) carnets de 10 ticket+.

No aeroporto CDG, os postos de turismo estão localizados em frente ao portão 4 no T1, portão 5 no T2C, portão 7 no T2D, portão 11 no T2E e portão 11 no T2F. No aeroporto Orly, encontre os postos de turismo no portão L em Orly Sud e portão A em Orly Ouest.

Depois, passe também numa lojinha Relay e veja se eles não têm carte SIM prepayée da Lebara ou da Lycamobile (leia o tópico conexão à internet).

Caso chegue ao hotel antes do quarto estar liberado, aproveite para investir um tempinho na exploração da vizinhança imediata. Cafés, fruteiras, lojinhas, tudo o que você descobrir poderá ser de grande valia nos próximos dias; descubra as estações de metrô e paradas de ônibus mais à mão. Tome um primeiro contato com a Paris cotidiana antes de sair para a Paris dos cartões-postais.

E depois disso… por onde começar? Aqui vai um roteiro que começa charmoso e termina grandioso, e que acho redondinho para o dia da chegada.

Lá pelo meio da tarde (15h30 no inverno, pode ser mais tarde no verão), saia da estação Bastille e siga pela rue Saint-Antoine. Vire à direita na rue Birague e você vai dar na praça mais adorável de Paris: a Place des Vosges, totalmente circundada por arcadas.

Saia pela rue des Francs-Bourgeois, a principal via comercial do charmoso bairro do Marais. (Se você se liga em moda, é provável que queira voltar e passar uma tarde ziguezagueando entre as transversais.)

Vire à esquerda na rue Pavée e logo à direita na rue des Rosiers, que concentra o tradicional comércio judaico do bairro. Ali você pode fazer um pit-stop guloso no L’As du Fallafel, que tem o faláfel mais disputado da cidade. A rua termina na rue Vieille du Temple, pontilhada de cafés.

Vire à esquerda. Eu adoro os cafés da próxima travessazinha à esquerda, a rue Trésor. (Se você for do time GLS, saiba que as duas transversais à direita, a rue Sainte-Croix de la Bretonnerie e a rue de la Verrerie, formam o epicentro gay do Marais.) Continue pela rue Vieille du Temple, atravesse a rue de Rivoli e você chegará ao Sena.

Atravesse a ponte Louis-Philippe, e seja bem-vindo à encantadora île Saint-Louis, uma ilha cercada de Paris por todos os lados. As lojinhas da rua principal da ilha, a Saint-Louis-en-l’Île, são minha fonte preferida de presentinhos para os amigos. Um dos clichês de Paris, a sorveteria Berthillon, fica no número 31 (eu sempre peço “chocolat et chocolat blanc, s’il vous plâit”).

Informações práticas

Depois de uma voltinha, pegue a ponte que liga a île Saint-Louis à île de la Cité. Pare no meio da ponte, com a cabeça voltada para a catedral de Notre-Dame. É um bom momento para entender as duas margens do Sena. À sua esquerda estará a Rive Gauche. À sua direita, a Rive Droite. Pronto. Você não se esquece mais.

Dê uma entradinha na Notre-Dame (não, não temos tempo para entrar na fila dos que querem subir ao alto da torre) e volte à margem direita — perdão, à Rive Droite. Você vai até o Hôtel de Ville, que não é um hotel, mas a Prefeitura de Paris (no inverno, bem em frente, monta-se uma pista de patinação).

Siga à esquerda pela rua que começa em frente à prefeitura; você vai passar pelo Théâtre de la Ville e pelo Théâtre du Châtelet. Contorne o segundo teatro, siga pela St.-Germain-l’Auxerrois, volte à margem do Sena: você chegará pertinho do Pont Neuf. Já vai estar escuro (se for alto verão, venha enrolando pelo caminho para poder chegar pelo menos ao entardecer) e, tcharaaaam: dali você vai ver a Torre Eiffel iluminada, uma emoção que vale a pena ter no dia de chegada.

Siga pela margem até a próxima ponte, o Pont des Arts, que é de pedestres e está sempre muvucada, com músicos, batedores de carteira (ops) e namorados encaixando cadeados no gradil. Nosso destino está à direita: o Cour Carré (‘Pátio Quadrado’) do Louvre.

A passagem é aberta até as 22h. Do Cour Carré você vira à esquerda e… tcharaaaaaam de novo: dá de cara com a Pirâmide do Louvre iluminada, outra emoção especial para o primeiro dia. Atrás dela, a passagem Richelieu permanece aberta até a meia-noite: atravesse e você chega à rue de Rivoli.

Saia da Passagem pela direita, vire na primeira à esquerda e ande uma quadra até a rue Saint-Honoré; vire à direita, caminhe mais quatro quadras e vire à esquerda na rue du Louvre.

A terceira rua à direita será a Coquillière, onde no número 6 funciona o Pied do Cochon, uma brasserie superkitsch aberta 24 horas que prepara o elixir restaurador para essa maratona inicial de belezas: uma singela sopa de cebola gratinada (peça: “une gratinée, s’il vous plâit”) que está em cartaz ali desde os tempos em que o mercado de Les Halles funcionava em frente (e custa módicos 9,50 euros; o vinho sairá bem mais caro).

  • Pied do Cochon | 6, Rue Coquillière | Tel 01 40 13 77 00 | Site

Bem-vindo a Paris!

Dia 2: Torre Eiffel e Rive Gauche

Pré-produção: reserve a subida à Torre Eiffel para 11h30. Compre um Paris Museum Pass de 4 dias no aeroporto, ao chegar.

Esteja lá pelas 10h na parada Hôtel de Ville do Batobus (metrô: Hôtel de Ville). Compre seu passe válido para todo o dia (17 euros).

O primeiro barco deve passar lá pelas 10h30. Nos 55 minutos seguintes, você vai costear a Rive Droite, com o Louvre, a Place de la Concorde e o Grand-Palais à sua direita, e a Torre Eiffel sempre em quadro, ficando cada vez mais perto. Desça na parada Torre Eiffel.

Informações práticas

Sim, eu já fiz um post recomendando subir à Torre na hora do lusco-fusco; marcar um compromisso no fim do dia, porém, só dá certo num itinerário menos ambicioso do que este. Compre seu ingresso com hora marcada para o meio-dia.

Esteja de volta na estação do Batobus uns 15 minutos antes do horário do barco que você deseja pegar (na bilheteria você receberá o horário detalhado vigente no dia), para garantir seu lugar (a parada da Torre é a mais concorrida). Desça na parada seguinte — o Museu Quai d’Orsay.

Estréie o seu Paris Museum Pass naquele que, para mim, é o museu mais bonito de Paris, instalado numa antiga estação de trem. Passeie pelo mais importante acervo de impressionistas e aprecie a sua coleção de mobiliário art-nouveau.

Informações práticas

Antes ou depois do museu, faça um lanchinho num dos quiosques do Port de Solférino das Berges de Paris, a reurbanização da margem esquerda do Sena que high-linezou a beira-rio parisiense.

Pegue o próximo Batobus e prossiga apreciando os outros trechos das Berges, a catedral de Notre-Dame e a île Saint-Louis. Desça na última parada da Rive Gauche: Jardin de Plantes.

Caminhe um pouquinho de volta até o Instituto do Munde Árabe. Suba ao terraço (linda vista do coração antigo de Paris) e desça pelo museu, cuja arquitetura neo-árabe chega a ser até mais impressionante do que o acervo.

Informações práticas

Vá até o fim da rue Monge para subir de volta (peço desculpas pela ladeirinha) pela rue Mouffetard, a mais pitoresca das ruas de mercado parisienses (aproveite para mais uma boquinha). Vire à esquerda na rue Clovis e aproveite para entrar num monumento que poucos conhecem por dentro: o Panthéon.

Aqui estão homenageados os maiores franceses da História, mas o que nos interessa mais é subir à cúpula e ter mais uma vista ímpar de Paris (desta vez, com a Torre Eiffel em quadro).

Informações práticas

De meados da primavera ao inicio do outono, na saída ainda estará claro e valerá a pena passar pelo Jardin du Luxembourg (se for inverno, veja o roteiro adaptado no próximo parágrafo).

Saia pelo Théare de l’Odéon, passe pela lindíssima igreja de Saint-Sulpice e chegue ao Boulevard St.-Germain em seu trecho mais famoso: onde estão os cafés Les Deux Magots e Flore e a brasserie Lipp, freqüentados por Sartre, Beauvoir et caterva.

Hoje totalmente turísticos, Deux Magots e Flore valem mais como monumentos do que como pit-stops para um café (mas se você quiser se sentir um existencialista dos anos 40, espere uma mesa).

A partir daqui, é com você: dependendo da sua disposição, pode emendar uma exploração dos redutos boêmios de St.-Germain (mais chique) e do Quartier Latin (mais jovem/popular), ou voltar para o hotel, tomar um banho e se recuperar para o jantar.

Se for inverno, você pode terminar o passeio do Batobus no Musée d’Orsay e descer pela rue Bonaparte até o Boulevard St.-Germain. A partir daí você faz a caminhada no sentido contrário ao apresentado — assim, você passa pelo Jardin du Luxembourg com dia claro.

Ingressos fura-fila para a Torre Eiffel

  • Ingresso fura-fila para Torre Eiffel com tour guiado – Inclui ingresso fura-fila para o 2º andar da Torre e acesso wifi fornecido pelo guia. Para acesso ao topo, é preciso comprar ingresso suplementar vendido em bilheteria/máquinas com pouca filaencontre os ingressos aqui.
  • Torre Eiffel e Versalhes com trânsfer e fura-fila – Trânsfer do seu hotel para Versailles e de Versailles para a Torre Eiffel, no mesmo dia. O ingresso fura-fila para o palácio dá direito a audioguia. Você evita a fila da bilheteria, mas é necessário passar pelo detector de metais. O ingresso fura-fila para a torre dá acesso direto ao 2º andar. Para subir ao topo, é preciso comprar ticket suplementar vendido em bilheteria/máquinas com pouca filaencontre os ingressos aqui.
  • Fura-fila Torre Eiffel com city tour em bicicleta elétrica – Passeio pela cidade em bicicleta elétrica, com guia, em grupo de 12 pessoas. O ingresso fura-fila para a Torre Eiffel dá acesso direto ao 2º andar. Para subir ao topo, é preciso comprar ticket suplementar vendido em bilheteria/máquinas com pouca filaencontre os ingressos aqui.

Dia 3: do Louvre à Fondation Vuitton

Já se acostumou melhor com o fuso horário? De repente você consegue estar às 9h na porta para passar uma boa manhã no Museu do Louvre. Com o Paris Museum Pass na mão você não pega fila da bilheteria (só a do detector de metais) e ainda pode voltar durante a validade do passe para visitinhas complementares.

Informações práticas

Saia do Louvre pelo jardim das Tulherias. Em julho e agosto, durante a Fête des Tuileries, nesse cantinho perto do Louvre você vai encontrar a Grande Roue de Paris, a charmosa roda gigante panorâmica parisiense.

Atravessando o parque você chegaria à Place de la Concorde — mas vamos fazer um desvio para namorar as vitrines da rue St.-Honoré, lugar de peregrinação de fashionistas. A rua era praticamente um personagem em Prêt-à-Porter, do Altman (lembra?).

Seguindo pela rua, faça um pequeno bate-volta para ver a Place Vendôme, a mais chique da cidade, endereço do Ritz. Volte à St.-Honoré e saia pela rue Duphot, que leva à Igreja da Madeleine. Atrás dela, o Fauchon é a loja de comidas finas mais célebre da cidade.

Informações práticas

Pegue a rue Royale para chegar à Place de la Concorde. Na época das festas de Natal, a Grande Roue de Paris, a roda gigante parisiense, se instala ali (tem também um mercado natalino no início da avenida Champs-Elysées).

O obelisco que domina a praça desfalca o templo de Luxor, no Egito. A vista da Torre Eiffel e sobretudo dos Champs-Elysées em perspectiva, com o Arco do Triunfo ao fundo, são as outras atrações da Concorde.

Vamos agora poupar as pernas e usar o metrô. Entre na estação Concorde e pegue a linha 1, sentido La Défense; desça em Franklin D. Roosevelt, onde você faz baldeação para a linha 9, direção Pont de Sèvres, e salta em Alma-Marceau.

Você emergirá na ponta da überchic Avenue Montaigne, endereço de toda grife que se preze — e também do venerável hotel Plaza Athénée.

A avenida termina onde começa o trecho mais movimentado da avenida Champs-Elysées. Tome a esquerda e siga até o Arco do Triunfo. Quer dizer: antes disso, faça uma pausa restauradora num café, porque a visita ao Arco do Triunfo envolve uma subida de 350 degraus. Mas vai por mim: a vista dos Champs-Elysées, da Torre Eiffel e de La Défense são bárbaras.

Informações práticas

Dependendo do seu ritmo, talvez — talvez… — ainda dê tempo de dar uma esticadinha até a Fondation Louis Vuitton. Há um ônibus da Fundação que sai da praça do Arco do Triunfo e custa 2 euros (é preciso comprar o transporte no site. (Também dá para inverter a ordem: ir primeiro à Fondation Vuitton e subir ao Arco do Triunfo na volta, já de noite.)

Informações práticas

Dia 4: Beaubourg, Opéra e Montmartre

Tome o café na última turma e esteja às 11h na porta do Centro Georges Pompidou, o Beaubourg, que foi a maior intervenção urbana moderna em Paris desde a Torre Eiffel (descontando a Torre Montparnasse, que ninguém gosta de lembrar). O prédio de Renzo Piano e Richard Rogers ofusca o que está exposto, mas o acervo permanente sempre me diverte.

Informações práticas

Na saída, procure a rue St.-Denis (não se assuste com as sex-shops; o lugar já foi muito mais pesado) e suba em direção à rue Etienne-Marcel. Logo depois da esquina, entre à esquerda na Passage du Grand Cerf, a mais meiga das antigas galerias parisienses.

Na saída, faça um desvio para passar pela rue Tiquetonne, que tem uma coleção de restaurantes BBB. Você pode almoçar ali ou na próxima à direita, onde você vai virar: a rue Montorgueil, outra das tais ruas de mercado de Paris, onde não faltarão oportunidades para um lanche de qualidade.

Informações práticas

Corte pela rue d’Aboukir até a linda Place des Victoires, que tem o status de place royale igualzinho a colegas mais famosas como a Place Vendôme e a Place des Vosges. Pronto, você está novamente em terreno glamuroso. Próximas escalas, Galeria Vivienne (a mais cult da cidade) e os jardins do Palais-Royal, num passeio que eu descrevo aqui.

Também é possível fazer um pit-stop gastro-hollywoodiano no clássico Le Grand Colbert, onde Diane Keaton, Jack Nicholson e Keanu Reeves se encontram em Alguém tem que ceder, e que mantém um cardápio reduzido entre almoço e jantar.

Informações práticas

Siga pela avenue de l’Opéra (uma perfeição de simetria) até a Opéra Garnier, que a essa hora só estará aberta à visitação se não houver matinê. Do palácio da ópera ao palácio do consumo: a apenas uma quadra de distância está a Galeries Lafayette e sua cúpula deslumbrante.

Informações práticas

Ainda tem fôlego para ir a Montmartre? Escape pela rue de la Chaussé d’Antin até a estação Trinité do metrô. Pegue a linha 12, direção Porte de la Chapelle, e desça em Abbesses. Procure a saída da rue Abbesses e prossiga até a praça em frente à Basílica do Sacré-Coeur.

Ali use um ticket t+ para subir à basílica pelo Funiculaire de Montmartre. A fauna nas escadarias chega a ser mais interessante que a vista (a montanha de Montmartre e os contornos bizantinos da Basílica fazem falta no horizonte).

Saia por trás até a Place du Tertre, o epicentro turístico do bairro, e depois ziguezagueie pelas ruelas, dando preferência às escadarias. Em algum momento você chegará de volta à rue des Abbesses, onde deve seguir na direção contrária à da praça da Basílica.

Desça a rue Lepic, onde está um dos lugares de peregrinação de fãs de Amélie Poulain, o Café des Deux Moulins.

Informações práticas

Se for verão e você queira continuar ~na rua~, desça até o Boulevard de Clichy e pegue na estação Blanche a linha 8 do metrô, direção Nation. A partir de Barbès-Rochechouart os trilhos são elevados (é a linha mais charmosa da cidade na minha opinião).

Desça em Stalingrad e pegue a linha 7, direção Villejuif ou Ivry-sur-Seine, e desça em Jacques Bonsergent. Você estará a duas quadras da muvuca do Canal St.-Martin (leia mais aqui).

Na primavera e no outono o Canal St.-Martin estará meio morto (de noite vai ser mais interessante ir direto ir a um restaurante do que passear).

Caso você não queira voltar para o hotel, o melhor é ficar pela região da rue des Abbesses ou então descer até o clássico-descolado Hôtel Amour, duas quadras abaixo do Boulevard de Clichy.

Informações práticas

No inverno, como escurece muito cedo, faz sentido começar o passeio por Montmartre (comece cedo descendo em Abbesses, faça todo o circuito proposto, e ao descer ao Boulevard de Clichy pegue o metrô em Pigalle a Trinité (linha 12, direção Mairie d’Issy). Dali, siga o itinerário em ordem inversa até o Beaubourg (que fecha às 21h).

Dia 5: Versalhes

Em francês é Château (castelo) de Versailles. Mas como você também vai entender quando for ao Vale do Loire, na França há castelos que se comportam como palácios.

Nenhum se enquadra mais na categoria castelo-coisa-nenhuma-é-palácio-que-se-diz quanto Versalhes, onde o absolutismo francês conheceu seus últimos 90 anos no poder até a corte ser desalojada em 1789.

A visita mais básica aos ambientes do palácio principal (onde estão os Apartamentos do Rei, os Apartamentos da Rainha e a fantástica Galeria dos Espelhos) leva duas horas no modo The Flash e três horas com alguma calma. Reserve mais 45 minutos a uma hora para percorrer os jardins.

Se quiser continuar pelas outras propriedades do complexo — o palácio secundário Grand Trianon e os Domínios de Maria Antonieta (que aparecem no filme Maria Antonieta, de Sofia Coppola) –, ou se ficar para o espetáculo de som e luz (veja calendário aqui), reserve o dia inteiro.

Mesmo com Paris Museum Pass ou ingresso avulso comprado com antecedência, você precisará enfrentar a fila do detector de metais. Como o deslocamento não é curto, o melhor é não prever nenhum outro passeio no dia.

Programe passear à noite na região boêmia que mais tiver lhe agradado entre as visitadas até agora — Marais, St.-Germain, Quartier Latin, Montmartre ou Canal St.-Martin.

O Palácio de Versalhes fecha 2ª. Abre de 3ª a domingo das 9h às 18h30. O Palácio Trianon e Domínios de Maria Antonieta abrem de 3ª a domingo das 12h às 18h30. O parque abre diariamente das 8h às 18h30.

O ingresso para o palácio + jardins + Grand Trianon + Domínios de Maria Antonieta custa 21,50 euros (grátis com Paris Museum Pass).

O ingresso incluindo também o espetáculo de som e luz custa 28,50 euros (portadores de Paris Museum Pass precisam comprar o ingresso específico do espetáculo, a 7,50 euros). O passaporte para dois dias para o complexo inteiro custa 25 euros (com o espetáculo de som e luz, 30 euros).

O caminho mais curto a Versailles desde Paris é pela RER C; desça em Versailles Rive Gauche. Compre um passe Mobilis zones 1-4 (custa 14 euros e também cobrirá todas os deslocamentos dentro de Paris neste dia) ou use seu passe Navigo Découverte.

Nosso parceiro Viator oferece

Informações práticas

Mais dias em Paris

Comprou o Paris Museum Pass de 6 dias?

Este roteiro foi feito para você usar o 5º dia do seu passe para fazer visitas rápidas a museus compactos e aproveitar para (re)passar por partes bacanas da cidade.

Para aproveitar o dia, desça na estação Concorde e comece pelo museu que abre mais cedo, o Musée de l’Orangerie, onde as estrelas são oito painéis das Ninféias de Monet expostos numa sala oval. Volte ao metrô, pegue a linha 12 em direção a Marie d’Issy e desça na estação Rue du Bac. Dobre à direita na rue de Varenne e você vai dar no lindo Museu Rodin.

Informações práticas

Volte à margem esquerda do Sena, na Quai d’Orsay. Se você for fã do desenhinho Ratatouille e viajar a partir de agosto de 2020, vai querer fazer a visita aos Esgotos de Paris (até lá, porém, estará fechado).

De todo modo, continue pela beira-rio até o Museu do Quai Branly, cujo acervo tem arte primitiva de todos os cantos do mundo. Você pode almoçar no restaurante do museu (com vista para a Torre Eiffel) ou dar uma escapadinha ao alto bistrô Les Cocottes, que funciona sem reserva e sem interrupção entre almoço e jantar.

  • Les Cocottes | 135 Rue Saint-Dominique, Paris 7 (metrô École Militaire) | Site

Informações práticas

Uma caminhadinha até o metrô La Motte-Piquet-Grenelle, no boulevard de Grenelle, deixa você na boa para pegar a linha 10, direção Gare d’Austerlitz, para descer em Cluny-La Sorbonne. Ali pertinho fica um museuzinho curioso, o Museu de Cluny, devotado à vida na Idade Média.

Dali até o nosso último museu do dia — o recém-reaberto Museu Picasso — você tem uma belíssima desculpa para sair pelo Quartier Latin, atravessar novamente a île St.-Louis e ir em direção ao Marais pela Pont Marie.

Mas se quiser fazer de metrô, vá até a estação Odéon, pegue a linha 4 direção Porte de Clignancourt, desça em Châtelet e prossiga pela linha 1 direção Château de Vincennes até St.-Paul.

Informações práticas

O itinerário completo só é factível se você começar cedo e ficar entre 45 minutos e 1 hora a cada museu. Querendo um passeio mais tranqüilo — e com mais caminhadas entre os museus –, restrinja-se a Orangerie, Rodin e Picasso (talvez acrescentando uma quarta parada). Ou desmembre o roteiro em dois dias (Rodin, Égouts, Quai Branly e Cluny num dia, e no segundo dia Orangerie, uma revisita ao Louvre e Picasso).

Passeios de 1 dia saindo de Paris com nosso parceiro Viator

Domingo de sol em Paris

Um domingão descompromissado, sem nada cultural, para passar ao ar livre? Pois não. Desça na estação Ledru-Rollin para estar antes das 11h no Marché d’Aligre (antigüidades e cacarecos) e tem uma vizinhança de bares e cafés da maior simpatia.

De lá, vá à parada de ônibus Daumesnil-Ledru Rollin (na esquina das duas ruas) e pegue o ônibus 61, direção Église de Pantin.

Desça na parada Roquette-Père Lachaise, para visitar o Cemitério Père Lachaise, e saia à procura dos túmulos das suas celebridades favoritas (tem Jim Morrison, Oscar Wilde, Edith Piaf, Molière, Chopin, Sarah Bernhart).

Na estação Père Lachaise, pegue a linha 2 direção Porte Daphine; faça baldeação em Jaurès para a linha 5 direção Bobigny; desça em Laumière e passeie pelo romântico Parc des Buttes-Chaumont, de onde se tem lindas vistas da cidade. Mas se não quiser dividir o parque com meia Paris, deixe para vir num dia de semana.

Na estação Buttes-Chaumont (ou na baldeação em Jaurès, vindo do Père Lachaise), pegue a linha 7bis direção Louis Blanc. Desça em Louis Blanc e venha costeando o Canal St.-Martin pelo Quai de Valmy. Quando chegar ao Quai de Jemmapes, você estará no epicentro da mais charmosa muvuca do verão parisiense (leia mais aqui).

Informações práticas

Segundona cult

Dos museus mais procurados de Paris, três abrem na 2ª: o Museu do Louvre, o Beaubourg e o Musée de l’Orangerie. Outras atrações que funcionam normalmente: a como a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e subida ao mirante da Torre Montparnasse.

Informações práticas

Escolha uma ou duas dessas atrações para combinar com uma visita ao Mercado de Pulgas de St.-Ouen, um emaranhado de ruelas de antiquários e lojas de curiosidades que é a Disneyland Paris das brocantes.

Eu iniciaria o dia (no finzinho da manhã) por lá, e no começo da tarde voltaria à estação Porte de Clignancourt e pegaria a linha 4 direção Porte d’Orléans e desceria em Les Halles, que fica pertinho do Louvre — onde passaria o resto da tarde.

Informações práticas

Do castelo à Biblioteca

Um roteirinho pelo Leste parisiense, indo do mais antigo ao mais contemporâneo num passeio só. Sabia que existe um castelo medieval praticamente dentro de Paris? É o único castelo onde dá para chegar com uma linha urbana de metrô: o Castelo de Vincennes.

Volte pela linha 1 direção La Défense e desça na Gare de Lyon. Na própria estação, tome um café, um drink ou cacife um almoço (é caro!) no Train Bleu, um restaurante-brasserie remanescente da Belle-Époque, restaurado em todo o seu esplendor.

Prossiga pela Linha 14, direção Olympiades, até a estação Bibliothèque. Você vai atravessar a impressionante praça da Bibliothèque Nationale de France, delimitada por quatro torres com o formato de livros abertos.

Volte à margem direita do Sena pela Passarela Simone de Beauvoir, e você chegará no Parque de Bercy, onde estão a Bercy Arena, a Cinemateca Francesa e o Cour St.-Émilion, onde armazéns que armazenavam vinho viraram lojas e restaurantes do shopping Bercy Village.

Em dias de semana, os fins de tarde são animados com o happy hour do pessoal que trabalha em escritórios da vizinhança. Para voltar, use a estação Cour St.-Émilion.

Informações práticas

A outra Torre

O edifício mais mal-amado de Paris é a Torre Montparnasse, um arranha-céu de 230 metros construído nos anos 70 que arruinou o skyline da Cidade-Luz. Um dos poucos lugares de onde não pode ser visto é justamente do alto do seu 56º andar, no observatório Tour Montparnasse 56. Ao contrário da Torre Eiffel, aqui não há filas — e você vê a Torre Eiffel no horizonte 🙂

Informações práticas

É fácil esticar dali até a brasserie La Coupole, de estilo art-déco — basta seguir pelo boulevard Montparnasse. Mas se quiser uma experiência mais bistronômica, pegue em Montparnasse-Bienvenüe a linha 6 direção Nation e desça em Corvisart. Você estará pertinho do núcleo de cafés e restaurantes democráticos da rue de la Butte-aux-Cailles, como o Le Temps des Cerises.

Informações práticas

Ao Concorde em Le Bourget

Paris deixa de ser clássica e fica tecnológica no Museu do Ar e do Espaço Le Bourget. Entre em dois Concordes e num Boeing 747; experimente um simulador de vôo e outro de pára-quedismo; veja uma sessão no Planetário.

Informações práticas

Bate-voltas saindo de Paris

Castelo de Chantilly

A 25 minutos de trem desde a Gare du Nord (compre passagem a Chantilly-Gouvieux na SCNF), o Castelo de Chantilly é um passeio alternativo redondinho para quem não tem dias sobrando para percorrer o Vale do Loire. Caso prefira ir em tour organizado, considere este.

Informações práticas

Disneyland Paris

A 47 minutos da estação Châtelet-Les Halles pela linha A do trem suburbano RER (desça em Marne la Valée-Chessy), a Disneyland Paris está na lista de toda família com filhos (ou de disneymaníacos irremediáveis).

Composto por dois parques — Disneyland, que equivale ao Magic Kingdom (aberto das 10h às 23h), e Walt Disney Studios (aberto das 10h às 20h), o complexo tem ingressos a partir de 56 euros (1 dia, 1 parque; 51 euros para crianças até 11 anos; disponível apenas no site). Veja todos os preços aqui. O ingresso para 1 dia pode ser comprado também no serviço Get Your Guide.

A passagem de RER ida e volta desde Châtelet-Les Halles custa 15,20 euros. Vale a pena comprar um passe Mobilis zones 1-5 para usar nesse dia; vai custar 20,10 euros e vai dar direito também a quantos trechos de metrô e ônibus dentro de Paris você precisar naquele dia.

O melhor negócio é o passe Navigo Découverte, que custa 25,80 (já incluindo os 3 euros do cartão físico) e permite viagens ilimitadas entre a 2ª feira e o domingo seguinte em metrô, ônibus e RER nas cinco zonas.

O shuttle Disneyland Paris Express passa de manhã pela Gare du Nord, Opéra, Madeleine e Châtelet e leva à estação Marne La Valée-Chessy, retornando à noite. O trajeto entre Châtelet e a Marne La Valée-Chessy leva 1 hora. O trajeto é vendido juntamente com o ingresso do parque, a partir de 109 euros.

Da estação Marne La Valée-Chessy, ônibus gratuitos da Disneyland Paris levam ao parque.

Nossa parceira Viator oferece opções de trânsfer coletivo, com ou sem ingressos, e também trânsfer privativo:

Informações práticas

Reims (Champagne)

A 50 minutos de TGV desde a Gare de l’Est, Reims é a maior cidade da Champagne — o bate-volta dá na medida para visitar a Catedral e uma ou duas caves, como a Veuve Cliquot e a Taittinger. Leia mais aqui. Se quiser estender a visita também a Épernay, onde está a Moët & Chandon, é melhor pegar um tour organizado.

Giverny

A 1h10 da Gare St.-Lazare, combinando trem a Vernon com um ônibus local, a Casa de Monet em Giverny é um dos passeios mais bonitos que você pode fazer nos arredores de Paris.

Sede da Fundação Monet, a casa onde morou Claude Monet e os jardins que cultivou e registrou em sua obra só estão abertos entre meados de março e meados de novembro. Este post traz um guia completo para você fazer o passeio por conta própria. Leia nosso Passo a passo: como ir de Paris aos jardins de Monet em Giverny

Querendo ir em tour organizado, você pode escolher entre um passeio simples a Giverny ou um combinado Giverny + Versalhes.

Bruxelas

A 1h25 da Gare du Nord, Bruxelas cabe confortavelmente num bate-volta para quem está em Paris. Ao chegar em Bruxelles-Midi, pegue um trem local (sua passagem é válida nele também) até Bruxelles-Central.

A estação que dá acesso aos tesouros do centro histórico: a belíssima Grand’Place (tida como a mais bonita da Europa, e pelo que eu vi até hoje só posso concordar); o curioso Maneken Pis (sítio de peregrinação de botafoguenses); o ótimo Museu da História em Quadrinhos, que celebra belgas famosos como Tintin e os Smurfs.

Para obter tarifa descontada, compre sua passagem a partir de 120 dias de antecedência na SNCF. Mas o melhor passeio sem pernoite em Bruxelas não é um bate-volta, e sim um pit-stop entre Paris e Amsterdã (ou entre Amsterdã e Paris, tanto faz).

Informações práticas

Bruges

A 2h30 da Gare du Nord, com baldeação em Bruxelles-Midi, Bruges fica um pouquinho fora da minha zona de conforto para bate-voltas (prefiro os que requerem até 90 minutos de viagem), mas é perfeitamente visitável num dia sem pernoite.

Tem museus curiosos (do Chocolate, da Batata Frita…) e até uma Madonna de autoria de Michelangelo (na Igreja de Nossa Senhora). Mas o encanto da cidade se revela em caminhadas pelo perímetro histórico (procure o pátio do Begijnhof, que é escondidinho) e num passeio de barco pelos seus canais.

A passagem de trem tem uma pegadinha: o trecho Paris-Bruxelas-Paris costuma ter tarifas promocionais que não aparecem quando você orça Paris-Bruges-Paris. Por isso, compare sempre as duas opções.

O trecho Bruxelas-Bruges-Bruxelas é feito em trem regional e tem tarifas fixas: 32 euros (total ida e volta) em dias de semana; os trechos locais podem ser comprados na hora ou no site da B-Rail. Compre a passagem Paris-Bruxelas-Paris (ou Paris-Bruges-Paris, se o preço compensar) na SNCF (as tarifas promocionais aparecem com 120 dias de antecedência).

O passeio de dia inteiro de Paris a Bruges também é oferecido em tours organizados, como este. Caso você passe alguns dias na Bélgica, Bruges pode valer um pernoite ou ser visitada em esquema bate-volta a partir da animada Ghent (a 30 minutos de trem) ou de Bruxelas (1 hora de trem) — veja estratégias de viagem aqui.

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    Vale do Loire

    A duas horas de estrada de Paris (ou 1h10 de TGV da Gare Montparnasse a Tours, com baldeação em St.-Pierre-des-Corps), o Vale do Loire se revela por completo em viagens de carro com dois ou três pernoites, que permitam dar uma flanadinha pelas estradas sem olhar no mapa, usando o GPS só para voltar para o hotel.

    Caso você se contente apenas com os castelos principais, porém, pode fazer o bate-volta desde Paris. Por conta própria, é possível ir de trem da Gare d’Austerlitz a Blois (1h30; lá você pode pegar um ônibus no verão para Chambord, 40 min.) e Amboise (1h40); da Gare Montparnasse a Chenonceau (1h30 com baldeação em St.-Pierre des Corps) e a Tours (1h10 com baldeação em St.-Pierre des Corpos; um táxi leva a Villandry em mais 20 minutos).

    Mas para aproveitar de verdade o bate-volta saindo de Paris, o melhor é ir em tour organizado, como estes abaixo, que visita os castelos de Chambord e Chenonceau, e alguns incluem ainda um terceiro castelo.

    375 comentários

    Ola, estou indo à Paris final de Abril e o Louvre esta na minha lista… alguém tem indicação de guia para uma visita mais orientada no Louvre?

    Ola, obrigada pela dica do PSG + Versallhes, já montei minha estratégia de deslocamento.
    Sobre a Noite dos Museus em Paris, estarei por lá na edição deste ano(18/05/2024) , e , gostaria de saber se vocês indicam, e como funciona. Basta ir na fila e aguardar, ou pode ser feito reserva antecipada para os museus? Obrigada.

    Olá, gostaria de uma dica, referente ao roteiro de 5 dias , para incluir uma visita ao estádio do PSG. Teria algum dia em que fica mais fácil encaixar esta visita ? Imagino que tenha que sacrificar alguma das sugestões de passeio. Mas gostaria de saber em termos de logística, qual dia ficaria melhor. Muito obrigada!

      Olá, Silvana! O melhor seria combinar com Versalhes! As duas atrações ficam para o mesmo lado.

      Voltando pela RER C vocês saltam na estação Pont du Garigliano (20 min desde Versailles Rive Gauche) e pegam o ônibus PC Porte d’Asnières Marguérite Long (6 min).

    Eu não tenho palavras suficientes para agradecer o quanto o Viaje na Viagem faz parte de minha vida viajante, desde minha primeira viagem aos 18 anos para Buenos Aires, lá em 2013. Desde então sei que vocês pensam em tudo e passam as melhores dicas e que posso confiar plenamente em quem já viajou muito e não quer que passemos os mesmos perrengues. Muitíssimo obrigada! Um abraço grande (e feliz porque em uma semana chegarei a Paris!)

    Boa noite, obrigada por todo o excelente serviço que esse site presta a todos nós.
    Estive pesquisando e não consegui descobrir se a Ópera Garnier oferece visitas guiadas regulares em espanhol. Vocês poderiam me informar? Muito obrigada.

      Olá, Margarida! As visitas guiadas oferecidas pela Opéra são apenas em inglês e francês. Mas você pode alugar um audioguia em português.

    Estou tentando comprar o ingresso p torre Eiffel pelo site oficial . Mesmo com 2 meses de antecedência- o último dia aberto no site- não consigo comprar ingresso p o topo , apenas 2 floor. É isso mesmo? Será que só se compra p o topo lá? Sabe dizer? Obrigada

    Boa Dia! Feliz 2024! Pergunto se no inverno (fevereiro) as atrações apresentam fila, ou seja, preciso comprar as entradas previamente, além da torre Eiffel(obviamente), alguma outra atração é necessário comprar antecipadamente as entradas? Obrigada.

      Olá, Yolanda! Louvre e Versailles precisam ser reservados com antecedência ou você vai perder seu tempo na fila. E quaisquer outras atrações que você queira visitar, verifique se não é conveniente comprar antes – não vale a pena perder seu tempo de férias na fila da bilheteria com o taxímetro correndo em euros.

      Veja como aproveitar o Paris Museum Pass:
      https://www.viajenaviagem.com/destino/paris/paris-museum-pass/

    Ola. So queria deixar registrado meu muito obrigado à vcs. São minha Biblia de viagem e qlqer lugar q inicie a pesquisa para escolher como destino vcs são minha primeira e as vezes única referencia de tão completo os relatos e dicas. Meu muito obrigada e venham mais viagens.

    Bom dia, pretendo fazer uma viagem em julho de 2024 com minha filha de 15 anos. Gostaríamos de conhecer Paris e algumas cidades italianas. Estou na dúvida se devo ir com alguma agência ou por conta. Dúvida sobre custos entre essas duas opções. Vi que as agências oferecem passeios panorâmicos, o que não me agrada muito… Tenho dúvidas também sobre que local iniciar a viagem. Pensando no custo de passagens e agilizade no roteiro. Poderiam me ajudar? Obrigada! Amei o site!

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