Guia da Suíça
Basiléia: muito além da Art Basel
Conhecida principalmente por ser a casa da Art Basel, um dos eventos mais importantes de arte contemporânea do mundo, a Basiléia ainda é um destino pouco explorado pelo brasileiro no lado da Suíça que fala alemão. A cidade também é muitas vezes lembrada como um destino corporativo graças à forte indústria farmacêutica que se instalou por ali (pelo menos Roche e Novartis são marcas que você deve conhecer).
Quer bons motivos para visitar a Basiléia? Aí vão alguns :
Roteiro pelas principais atrações
A Basiléia, apelidada de “capital cultural da Suíça”, guarda aproximadamente 40 diferentes museus, sem mencionar as galerias de arte e os pequenos antiquários.
Um dos programas mais fofos é caminhar sem rumo e se perder pelo centro histórico, assim você tropeçará nos principais monumentos e detalhes históricos quando menos esperar.
Quer um ponto de partida? Então comece seu dia em frente ao emblemático prédio da prefeitura datado de 1504 e pela região da Marktplatz. Dá para subir até uma das torres da Rathaus e ter uma bela vista das construções históricas.
Entre ruelinhas e flores na janela, logo você encontrará a Catedral (Rittergasse), construída entre os séculos 12 e 15, e sua bela vista para o Reno.
Vale caminhar também até a fonte de Tinguely (Klostergasse), em frente ao teatro, e ver seu curioso funcionamento.
Se a viagem cair em um sábado, visite a feira de antiguidades na Peterplatz (Petersplatz, 4051).
“Aqui é onde o Reno faz a curva”, dizia minha empolgada guia ao contar a história da cidade e afirmar que durante o verão muitos moradores cruzam o rio a nado. Isso mesmo: de uma margem a outra nadando e levando seus pertences numa sacola vedada.
Mesmo se nadar não for muito a sua praia, cruze para o lado oposto do centro histórico – de barquinho, tram (bonde) ou a pé – e percorra a avenida Unterer Rheinweg. De lá você terá uma vista perfeita da catedral, da sua praça e da ponte Mittlere. Essa região, além de concentrar alguns bares para tomar um drink, é um ótimo lugar para ver o sol se pôr.
Muitas fortunas se acumularam na Basiléia ao longo dos últimos séculos, por esse motivo o forte apelo para coleções de artes públicas e privadas. Alguns dos principais museus são: o Museu Tinguel, que abriga o maior acervo do escultor suíço; a Fundação Beyeler, endereço de exposições de arte contemporânea e dona de um belo jardim; o enorme Kunstmuseum; o SAM, que conta a história da arquitetura na Suíça; o Spielzeug Welten (“Mundo dos Brinquedos”), museu com a maior coleção de ursinhos de pelúcia do mundo e o Antikenmuseum, com o maior acervo de peças egípcias, gregas e romanas do país.
Informações práticas
É fã de arquitetura e design?
Então siga até a cidade vizinha alemã, Weil am Rhein, para visitar o Vitra Museum, o museu da marca de móveis e objetos de decoração cheios de personalidade. Além da loja-conceito, o espaço conta com um amplo museu que recebe diversas exposições temporárias interessantes que vão desde temas como o design no continente africano e a pop art.
Da história da criação original de muitas peças (que costumam ser reproduzidas pelas lojas de decoração no Brasil) a um mirante bem curioso, este é um programa diferente para quem passa pela região.
Informações práticas
Promoções para sua viagem
Eventos
Além da Art Basel, o Fasnacht, ou Carnaval, e os mercados de natal são alguns dos eventos mais famosos da Basiléia. Confira o calendário oficial no site da cidade.
Tours guiados
Se você quer se aprofundar em sua história, o centro de atendimento ao turista oferece diversos tipos de tours com guias que falam português. Escreva para [email protected].
Onde comer
Recomendo dois restaurantes: o Parterre, que durante os meses mais quentes ganha um enorme terraço e serve ótimas combinações vegetarianas, e o Atlantis, que, apesar do nome curioso, serve alguns pratos saborosos na hora do almoço, bem no estilo comfort food.
- Parterre | Klybeckstrasse 1b, 4057 | Tel +41 61 666 67 00 | Site
- Atlantis | Klosterberg 13 | Tel +41 61 228 96 96 | Site
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Onde ficar
É muito fácil se locomover entre os principais pontos de interesse. Por isso, na hora de fechar a hospedagem, não há muito segredo: para ficar no meio do burburinho, escolha o centro histórico ou os hotéis à margem do Rio Reno; para opções mais econômicas, fique perto da estação central (SBB).
Eu fiquei no Hotel Bildungszentrum 21 perto do Spalentor, um dos antigos portais da muralha que envolvia a cidade e que hoje é a porta de entrada para o centro histórico. O café da manhã tinha cara de hotel alemão (com linguiça, presunto, peixe, pretzel e pães variados), o wi-fi tinha sinal fraco nos andares superiores e o quarto era básico.
Considere também: Ibis Budget, opção econômica perto da estação central e inaugurado em 2014; Der Teufelhof, com quartos amplos no centro histórico e grande jardim; Krafft Basel, próximo à margem do Reno e da antiga prefeitura; Hotel D, mais elegante; The Passage, hotel design perto da estação central; Nomad, perto do Kunstmuseum e ideal para quem gosta de design.
- Encontre o Ibis Budget no Booking – nota 7,7/10 (março/2023)
- Encontre o Der Teufelhof no Booking – nota 8,9/10 (março/2023)
- Encontre o Krafft Basel no Booking – nota 8,5/10 (março/2023)
- Encontre o Hotel D no Booking – nota 8,3/10 (março/2023)
- Encontre o The Passage no Booking – nota 8,8/10 (março/2023)
- Encontre o Nomad no Booking – nota 8,9/10 (março/2023)
Como se locomover
Para circular pela Basiléia, não cogite alugar um carro, pois as principais atrações ficam a curtas distâncias de caminhada e a poucos minutos de tram. Ao fazer o check-in no hotel, você provavelmente ganhará um passe (Mobility Ticket) que garante o uso do transporte público gratuito nas principais áreas da cidade, inclusive até o aeroporto na zona 13 — que é hub da easyJet.
As principais paradas dos trens de superfície são: Markplatz, Barfüsserplatz, Kunstmuseum e Messeplatz, para cruzar o rio, as linhas mais usadas são a número 6, 8 e 15. Embora a sinalização seja feita toda em alemão, aproveitar o transporte público é bem simples: cada parada dos trens possui um painel eletrônico indicando o sentido, o número da linha e quanto tempo falta para chegar.
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Daqui pra onde?
A cidade está em uma localização privilegiada tanto para quem quer seguir para a região da Floresta Negra (Freiburg está a uma hora de trem) na Alemanha, quanto para a Alsácia (Colmar está a 45 minutos de trem direto), na França.
Ela também é interligada pelo sistema de trens suíços que rapidamente te levam para cidades como Zurique, Lucerna ou Berna, todas a uma hora de viagem.
Natalie viajou a convite de Switzerland Tourism e Atout France.
20 comentários
Caro, irei com carro francês alugado, de Dijon a Strasbourg, parando 3 dias na Basiléia. Vou apenas entrar e sair da cidade deixando o carro no hotel. Preciso comprar o sticker de pedagio?
Olá, Dalton! Claro que precisa.