Guia de Amsterdã

11 atrações culturais em Amsterdã

Colaborou | Mariana Amaral

Sempre digo que Amsterdã é uma cidade infinitamente mais certinha do que aquela que a ~mente~ de quem nunca esteve por lá imagina. Garotas na vitrine e cafés com fumaça… perfumada são detalhes, digamos assim, folclóricos, diante da sólida oferta de atrações, digamos assim, sérias e ~culturais~.

O maior tesouro de Amsterdã  é o seu traçado de canais concêntricos — uma obra simultaneamente de arte e de engenharia, que festejou seu 4º centenário em 2013. Passear por eles, a pé, de bicicleta ou de barco, é o melhor programa em cartaz na cidade, em qualquer época do ano.

No entanto, uma série de museus e prédios históricos de primeiríssima linha dão a desculpa para você sair das ruas beira-canal — ou, melhor ainda: ajudam você a criar um itinerário objetivo para zanzar pela cidade.

Aí vão 11 atrações culturais em Amsterdã para visitar entre um canal e outro.

Rijksmuseum

O Rijksmuseum (diga: Réiks-musêium) é o museu que abriga A Ronda Noturna (veja a primeira foto nessa página), entre outras obras de Rembrandt, e que reabriu após dez anos de uma reforma multimilionária.

As filas estão de acordo com a espera, e mesmo com o ingresso na mão (vendido online) é preciso aguardar bastante para entrar. Se vale a pena? Vale. As obras são impressionantes e o museu está tinindo.

Prefira ir durante a semana, quando há chance de as aglomerações serem um pouco menores, principalmente no salão dedicado ao Século de Ouro. É possível comprar ingressos online (você escapa da fila da bilheteria, mas enfrenta a fila de entrada), em português, no serviço Get Your Guide.

Informações práticas

Museu Van Gogh

Museu Van Gogh (só por curiosidade: os holandeses pronunciam “Fan Rrrôrrrr”), dedicado a contar a vida do pintor holandês através de suas telas e desenhos, tem o maior acervo de seus trabalhos no mundo.

Os Girassóis e outras obras-primas estão permanentemente em cartaz. Sempre há exposições temporárias.

Vale mencionar que o museu tem uma loja de souvenir sensacional, e um bandejão bacaninha.

É possível comprar pela internet o ingresso “fura fila” com hora marcada – veja aqui. O preço é o mesmo da bilheteria – a grande vantagem é ir direto para a porta de entrada e apresentar o ticket impresso ou sua versão digital no celular (através do app GetYourGuide, que poderá ser acessado usando o wifi do museu). Faz enorme diferença no verão, quando a fila da bilheteria pode desanimar.

Informações práticas

Stedelijk Museum

Stedelijk (diga: shtede-léik) Depois de uma temporada num prédio provisório na zona portuária, o grande museu de arte contemporânea de Amsterdã voltou em 2012 para o seu (grandioso) endereço habitual, na zona dos museus, vizinho ao Van Gogh. Durante a reforma, uma nova ala, de arquitetura contemporânea, foi acrescentada.

O forte do Stedelijk está no design e nas artes aplicadas; faz um ótimo contraponto às coleções dos museus clássicos da praça.

Informações práticas

Het Concertgebow

(Diga: Concert-rrrebáu.) Uma das melhores salas de concerto do mundo, onde uma das melhores orquestras do planeta é residente, é na verdade um lugar muito aconchegante, com menos pompa e formalidade do que o usual (ainda bem!). Ali o destaque é a música, que se avoluma com a impressionante acústica da sala.

O calendário inclui apresentações de diversos gêneros e preços, inclusive grátis. Há tours guiados pelos bastidores, com duração de uma hora e quinze minutos, aos domingos (12h35), segundas (17h) e quartas (13h35, logo depois do Concerto do Almoço), e sextas, às 17h, por 10 euros, em inglês.

Informações práticas

Casa de Anne Frank

Nem Van Gogh, nem Rembrandt: que ninguém se engane, a verdadeira romaria turística em Amsterdã é para visitar o esconderijo onde esteve escondida a mais famosa vítima do Holocausto, Anne Frank. É um passeio penoso, mas necessário.

Você tem a oportunidade de penetrar no anexo secreto, escondido atrás de uma estante móvel, onde viveu a família Frank até ser delatada. Trechos do Diário de Anne Frank funcionam como legendas pungentes a cada cômodo.

Informações práticas

Museu da Casa-Barco

Tem vontade de ver como é uma casa-barco por dentro? Não é preciso alugar uma, nem ser convidado por um morador. Este pequeno museu particular, pertinho da Casa de Anne Frank, existe justamente para saciar a sua curiosidade.

A idéia é de um morador de casa-barco que, de tanto ser bombardeado por perguntas de ordem prática (é escuro e úmido lá dentro? de onde vem a eletricidade? pra onde vão os resíduos?), resolveu explicar tudo, digamos assim, em 3-D.

Informações práticas

Het Grachtenhuis

Het Grachtenhuis, diga: rét rrr-rárrrrten-rois, mesmo sendo difícil de pronunciar. É adorável visitar este pequeno museu interativo sobre os canais de Amsterdã em uma autêntica casa do século XVII (“het grachtenhuis” significa “a casa do canal”).

Explica a construção da cidade, mostra que tipo de atividades as casas dos canais abrigaram e os eventos que já aconteceram por ali. Tem um lindo jardim e exposições temporárias no térreo. A visita é divertida e rápida; a proposta é contar “400 anos em 40 minutos”.

Informações práticas

Begijnhof

Begijnhof (diga: Berrréin-rôf) é um tranqüilo pátio escondido nos arredores da Spui, antigamente habitado pelas beguinas, uma comunidade de católicas celibatárias formada no século XII. No Begijnhof está a mais antiga casa de fachada de madeira em Amsterdã. Podem ser visitadas a capela das beguinas e também a Engelse Kerk, igreja presbiteriana.

Informações práticas

Amsterdam Museum

11 atrações culturais em Amsterdã

A exposição permanente “O DNA de Amsterdã” relata a história da cidade em 10 idiomas (português incluso, ainda que de Portugal), usando recursos multimídia.

Apresenta a construção da cidade e de seu protagonismo como centro comercial e financeiro durante o Século de Ouro, e também de assuntos atuais em que a Holanda foi pioneira, como a união civil de casais homossexuais. É um museu simpático, embora não “obrigatório” — vale mais para quem estiver com o I amsterdam City Card, que permite entrada grátis.

Informações práticas

Museu da Casa de Rembrandt

O mestre, na intimidade: foi nesta casa do século 17 que Rembrandt van Rijn morou por 17 anos (comprou quando ficou rico, vendeu quando foi à bancarrota). Aqui seu filho nasceu, sua mulher morreu precocemente, e várias de suas obras-primas foram pintadas.

A casa foi inteiramente reconstruída por dentro para parecer exatamente como era no tempo de Rembrandt. No prédio anexo há uma exposição de gravuras do mestre.

Informações práticas

Sinagoga Portuguesa

Expulsos da Espanha em 1492, e obrigados a se tornarem cristãos-novos em Portugal, judeus sefaraditas foram encontrar tolerância religiosa em Amsterdã, onde formaram uma próspera comunidade.

A Sinagoga Portuguesa reflete essa riqueza; é tida como uma das mais bonitas do mundo. Algumas salas funcionam como museu, com riquíssimas peças usadas em rituais.

Informações práticas

Mariana Amaral viajou a convite da Holland Alliance.

Transcrito manualmente de um post publicado em junho de 2013. Pedimos desculpas pelos comentários que não puderam ser transferidos

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    26 comentários

    Para visitar o museu do Van Gogh, Rijksmuseum, Lookout e usar a balsa pra Zanz Schenz, bem como o transporte público, vale o I Amsterdam card?

    Dei sorte quando fui (em 2013) nesta época não havia a venda antecipada como tem hoje. Esta um frio de lascar e chovendo, logo quase não tinha filas…

    Comprar antecipadamente o ingresso para o Museu Anne Frank é essencial. As vendas começam com 60 dias de antecedência e eu comprei exatamente com essa antecedência (e já havia horários com ingressos esgotados). A fila dos que vão tentar o ingresso na hora, a partir das 15:30, dava volta no quarteirão.

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