Bate-volta a Lucca

Toscana sem carro: 5 bate-voltas saindo de Florença

Há duas maneiras, proveitosas e complementares, de explorar a Toscana.

Quer passear a esmo pelas estradinhas dos vales da Toscana, subindo aos vilarejos encarapitados nas colinas? Alugue um carro e monte base perto de Siena (de preferência, fora da cidade).

Mas se você quer explorar as cidades maiores sem se preocupar com estacionamento, zonas de tráfego restrito e quantidade de taças de vinho no almoço? Então passe um tempinho em Florença e aproveite o que pode ser visitado por trem e ônibus.

Veja nossas sugestões de bate-voltas saindo de Florença para passar o dia em Siena, Pisa, Lucca, San Gimignano, Cortona, Arezzo ou Assis.

Bate-volta de Florença a Siena de ônibus

Siena, como outras cidades muradas do sul da Toscana, é mal servidas por trem.

As linhas são lentas, os horários são espaçados e a estação fica longe do centro histórico (o que é natural: uma estação de trem no meio de um centro histórico medieval desfiguraria a cidade).

A ligação entre Siena e Florença por uma auto-estrada rápida faz com o ônibus seja uma opção bem mais interessante do que o trem para passar um dia na cidade.

Vale a pena comprar um Opa Si Pass, que dá direito a visitar o Duomo e a usufruir das vistas do Museo dell’Opera sem enfrentar filas.

Perca-se pela cidade; pegue uma mesa num bar do Campo e imagine a praça num dia de Palio; escolha uma osteria para experimentar comida senese (como o pici – macarrão toscano sem ovos – com ragu de porco).

Os ônibus de Florença a Siena fazem o trajeto em 1h15. Ao comprar o bilhete, escolha a “Corsa rapida”. A opção “Corsa ordinaria” significa que o ônibus vai parando ao longo do trajeto).

Vá para a rodoviária e compre na hora, para o próximo horário.

Bate-volta de Florença a Pisa e Lucca de trem

Nenhuma visita a Florença é completa sem uma visita a Pisa, o mais clássico dos bate-voltas saindo de Florença. A viagem é facílima de fazer por conta própria.

Os trens rápidos à estação Pisa Centrale levam apenas uma hora; de lá você sai caminhando (menos de meia hora), pega um ônibus (LAM Rossa ou Linha 4) ou um táxi (10 euros).

Viajando com o trem regional, você leva um pouco mais tempo (1h30) mas salta na estação Pisa San Rossore, que está a cinco minutos de caminhada da Torre.

Subir na Torre não é essencial, mas se você tem intenção de sentir a tonturinha de rodopiar pelos anéis superiores do monumento, compre seu ingresso com hora marcada pelo site da Opapisa com 45 a 15 dias de antecedência. Leia os detalhes em Torre de Pisa: como chegar, como comprar e com que destinos combinar

A visita à Torre de Pisa é facilmente combinável com uma escapada à cidade murada de Lucca, que fica apenas 20 minutos adiante, tomando o trem na estação Pisa San Rossore.

A estação de Lucca fica próxima a uma das portas de entrada da cidade antiga (basta atravessar a rua). O barato ali é alugar uma bicicleta e usar a magrela para dar a volta nas muralhas.

A volta de trem de Lucca a Florença leva 1h20.

Bate-volta de Florença a San Gimignano de trem + ônibus

San Gimignano, com suas torres altíssimas (é a Manhattan medieval da Toscana), está no topo da lista de desejos de quem vai a Florença. É um dos mais bonitos dos bate-voltas saindo de Florença.

É uma cidade mais facilmente visitável de carro — num passeio em que dá para combinar com Volterra, ou então com Colle di Val d’Elsa e Monteriggioni.

A viagem de transporte público de Florença a San Gimignano também é perfeitamente factível; o único perrengue é ter que fazer baldeação em Poggibonsi, a 12 km da cidade murada.

Você sai de Florença de trem ou ônibus (os trens são mais freqüentes) e em uma hora chega a Poggibonsi; lá pega um ônibus que leva mais 25 minutos a San Gimignano. Um táxi leva 10 minutinhos.

Em San Gimignano, aproveite que não está dirigindo e tome uma taça de Vernaccia, o ótimo vinho branco local.

Querendo ir no dia mais colorido, vá na quinta-feira, quando acontece o mercado na Piazza del Duomo (de manhã, claro!).

A passagem de trem Florença-Poggibonsi sai 10 euros.

O ônibus Poggibonsi-San Gimignano pode custar entre 2 e 5 euros, dependendo da época do ano e do horário oferecido.

O percurso inteiro de ônibus (Florença-Poggibonsi-San Gimignano) custa 12 euros; simule horários aqui.

Se preferir o táxi entre Poggibonsi e San Gimignano, espere pagar 25 euros em cada direção.

Não é necessário comprar as passagens com antecedência, mas consulte os horários de trem e ônibus antecipadamante (no inverno pode haver menor oferta de horários).

Passeios saindo de Florença – com nosso parceiro Viator

Bate-volta de Florença a Cortona

Sair de Florença para passar o dia no cenário dos livros de Frances Mayes (autora de Sob o Sol da Toscana) não é nada complicado.

O trem leva em 1h20 até a estação Camucia-Cortona, que por sua vez está a 10 minutinhos de ônibus colina acima até a entrada da cidade.

Quanto mais cedo você chegar, melhor: Cortona é mais encantadora quando ainda está vazia de turistas.

Explore depois o interior das igrejas ou pegue o mapinha no posto de informações turísticas e faça uma pequena escalada até Bramasole, a casa-personagem da sra. Mayes (a propósito: dizem que ela praticamente não fica mais lá; a família comprou uma segunda casa, Fonte delle Foglie, ali perto).

Caso dê Cortona por vista, você pode aproveitar a volta para dar uma passada em Arezzo, que oferece um contraste interessante, por ser maiorzinha e menos voltada para o turismo.

Se você programar a parada em Arezzo com antecedência, não deixe de marcar hora para ver os afrescos de Piero della Francesca na Basílica de São Francisco (reserve aqui).

Leia mais sobre Cortona e Arezzo aqui.

Arezzo está a 18 minutos de trem da estação Camucia-Cortona e a 1h de Florença.

Não é necessário comprar antecipadamente, mas consulte os horários de trem e ônibus antecipadamante (no inverno pode haver menor oferta de horários).

Bate-volta de Florença a Assis de trem

A duas horas e meia de trem, Assis é o menos confortável dos bate-voltas saindo de Florença.

Provavelmente você passará mais tempo no deslocamento (cinco horas no total) do que na cidade de São Francisco. Mas para muitos visitantes isto é mais do que uma viagem: é uma peregrinação.

A estação de trem de Assis fica fora da cidade, mas é ligada ao centro histórico por um ônibus freqüente.

A Basílica de São Francisco abre diariamente até as 19h; mas no domingo de manhã permite-se apenas a entrada de quem quer assistir à missa.

Leia aqui sobre como aproveitar um dia em Assis.

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Serviço gratuito

    A bela cidade de Perugia fica no caminho, a apenas 20 minutos de trem. Num bate-volta desde Florença, porém, vai ser difícil sobrar tempo para visitar Assis e Perugia. (Estando de carro, com base em Siena, o passeio combinado fica mais factível.)

    Não é preciso comprar os bilhetes de trem antecipadamente, mas consulte os horários de trem e ônibus antecipadamante (no inverno pode haver menor oferta de horários).

    Leia mais:

    718 comentários

    Comentei e nao entrou. Resumindo. Fiz bate-voltas na minha viagem á Italia e achei complicado. San Gimignano, Siena mercem ao menso 2 noites e Florença 5 noites. Viajar não pode ser uma maratona. Meus relatos no meu blog http://www.acabouocaviar.com

    Na minha viagem de 16 dias pela Itália cheguei a conclusão que o bate-volta é algo complicado. Não digo que não valha à pena, claro qu vale, mas um dia que vc sai da sua cidade base é menos um dia que vc deixou de explorá-la. fiquei 6 noitess em Florença e 6 noites em Veneza. De florença fiz Lucca/Pisa, mas optei por ir à Lucca primeiro e se sobrase tempo iria à Pisa. Duas cidades num mesmo dia = perda de tempo. Se um dia não é suficiente para uma imagine duas. Passei um ótimod ia em San Gimignano e saí de lá querendo ficar mais. O mesmo aconteceu com Siena.De Veneza fui á Verona e só. Desisiti de ir à Vicenza (com passagens e tudo). concluí que iria ficar cansado, correndo para ver algumas ótimas atrações e ao mesmo tempo, deixando de fazer o que mais gosto, andar, parar, conversar com os locais. Sei que nem todo mundo pode se dar ao luxo de ficar um mês viajando, mas se puder faça isso. conhecer com calma é o melhor, viagemm não é maratona. Depois da itália fui para Paris, de lá passei um final de semana em Nantes e o resto do tempo 10 dias só em Paris, do meu jeito. Isso é pessoal, há quem goste de ficar pulando de cidade em cidade. Mas, será que compensa? Abraços. Meus relatos estão no blog http://www.acabouocaviar.com

    Achei interessante ficar na praça, pois fica bem no agito.Tem outra vantagem, pois quando vai chegando próximo da hora da corrida, fica praticamente impossível de sair ou entrar da ciadade medieva. Estacionar carro, nem se fala, muito embora tenho um “parcheggio” bem próximo do feudo.
    Atente para

    Ricardo, acabamos de voltar da Itália e agradeço muito as dicas do site. Foram 17 dias, dos quais 7 dias dedicados à Toscana e gostaria de dividir um pouquinho de nossa experiência com os tripulantes. Ficamos 4 noites em Siena, que estabecemos como base, e nos hospedamos no hotel Palazzo di Vali. Excelente custo benefício: fica fora da cidade, a 500 metros da Porta Romana. Lugar charmoso, limpo, vista panorâmica de Siena e dos arredores, café da manhã gostoso e um gerente (Lorenzo) super simpático. É daqueles hotéis pequenos, agradáveis, que dá vontade de voltar no final do dia! Recomendo muitíssimo.
    Dedicamos um dia inteiro a Siena e nos outros fizemos bate-voltas (alugamos carro em Florença no primeiro dos 4 dias, chegando de Roma, e seguimos para Siena. No caminho, já paramos em San Gimigniano e Monterrigioni – lindas). No segundo dia, saímos de Siena em direção à Montalcino, passando por Asciano, e continuamos na estrada até chegar à Abadia de Monte Oliveto Maggiore (indicação do Lorenzo). É um local bonito, onde moram 32 monges e há produção de vinho. De lá, seguimos para Montalcino (almoçamos no Ristorante Antõnio e Roberta – excelente), depois San Quirico d’Orcia, Bagno Vignoli, Pienza, Monticchielo e Montepulciano (ufa). As estradas são maravilhosas e, apesar de ter conhecido tantas vilas medievais, acho que o passeio ficaria perfeito apenas com a Abadia Monte Oliveto, Montalcino, Pienza e Monticchielo, pois dá pra curtir mais cada lugar. O terceiro dia foi dedicado à região do Chianti: pegamos a via Chiantigiana e paramos primeiro em Castelina in Chianti (cidade fofa), depois Radda in Chianti (linda) e, para almoçar, Volpaia (uma jóia medieval, com menos de 50 habitantes, onde fica o restaurante La Bottega, de Carla Barutti. Lugar especial, mágico, comida excelente! Em dias de céu azul, como foi o nosso, as pessoas ficam nas mesas na área externa, que tem uma vista espetacular da região). No final da tarde, paramos para conhecer o Castelo de Brólio, que também é lindo e vale muito a visita. Dia perfeito! No outro dia, voltamos para Florença, onde devolvemos o carro e ficamos por 3 noites.
    Em Veneza, fizemos um passeio que achei excepcional: fomos, de lancha, à ilha de Murano conhecer a fabricação dos vasos. A lancha é linda, de madeira, banco de couro, motorista exclusivo. O visual é incrível. Talvez seja mais emocionante que um passeio de gôndola.
    Em Roma, para quem gosta de arquitetura contemporânea, recomendamos uma visita ao Parco della Música (projeto de Renzo Piano – fazer a visita guiada: mesmo em italiano, dá pra entender tudo, é só pedir a guia para parlar lentamente) e ao MAXXI (Museu de Arte do Século XXI – projeto da iraniana Zaha Adid). Outro passeio legal em Roma é o Parque Borghese, passando no final pela Via Veneto. Normalmente esses lugares não estão indicados para o circuito básico de Roma e consideramos imperdíveis. Espero que nossas dicas ajudem aos viajantes!!!

    Estarei em Florença entre 28/06 e 03/07.

    Como faço para ver o Palio em Siena, dia 02? Pra conseguir hospedagem em FLORENÇA nesse dia já foi difícil.

    Pego o ônibus cedo?

    Que horas tenho que chegar na praça? Até que horas ficarei preso lá na multidão?

    Vou pegar uma INSOLAÇÃO??? rsrsrsrs

    Resumindo: vale a pena o perrengue?

    Abração pra boia.

      Olá, Leonardo! A não ser que você pague por um lugar no terraço, prepare-se para ficar horas preso na praça, debaixo do sol, sem banheiros à disposição.

    Eu e meu marido destacamos – Arezzo é facilmente cortável, Cortona sim vale a viagem. E de carro 😉 Só não fomos a Assis desta lista. E por favor, subir a Torre de Pisa é um “must do” da viagem!

    Adorei o Post, estou indo para Florença no próximo dia 9 e ficarei por lá 9 dias, irei fazer todos estes bate-volta.

    Oi Riq,
    Adorei as dicas!
    Comecei a planejar uma viagem para essa região da Itália e elas vieram em ótima hora.

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