Zermatt pode não ter carros particulares (só pequenos veículos elétricos de carga e transporte de passageiros), mas em compensação tem uma variedade de trens e teleféricos para ascender até mais perto das montanhas do seu skyline.
Chegamos num fim de tarde e teríamos apenas o dia seguinte na região. Deu para combinar os dois passeios principais sem correria exagerada.
Como a meteorologia anunciava céu claro, acordei cedíssimo para pegar o nascer do sol -- é quando o Matterhorn fica com o pico avermelhado. Os orientais não perdem esse programa por nada. (É interessante que muitas vezes Zermatt me pareceu uma cidade japonesa...)
O primeiro passeio do dia -- e, se você só puder fazer um, que seja esse -- foi para o Gonergrat, de onde se tem a vista mais bonita para o Matterhorn.
A estação da ferrovia Gornergratbahn fica em frente à estação principal de Zermatt. Como não passa por vilarejos, é tida como uma ferrovia turística; logo, o Swiss Pass só vale para pegar 50% de desconto (vou dar os preços todos ao fim do post).
São 35 minutos até o Gornergrat, que fica a 3.100m de altitude (você pode acompanhar pelo mapa impresso na mesinha do trem -- esse mesmo que fotografei).
Lá em cima, taráááááá: você cara a cara não apenas com o Matterhorn, mas também com o lindo glaciar Gorner e o Monte Rosa (do outro lado já é a Itália.
O período da manhã é o melhor para fazer esta excursão, porque o Matterhorn está iluminado pelo sol. Mas à tarde o hotel que funciona no topo -- o 3100 Kulmhotel -- tem um programa interessante, o Starlight Dinner: você janta e depois pode observar as estrelas no telescópio do seu observatório astronômico. E se dormir por lá, no dia seguinte pode ver o pico do Matterhorn vermelhão de perto...
Voltamos de trem, mas paramos uma estação antes de Zermatt, em Findelbach. Ali experimentamos por meia hora o que muita gente faz o dia inteiro nos meses de temperatura amena: caminhar pelas trilhas de montanha. É tudo suiçamente bem sinalizado.
Nosso objetivo era a localidade de Furi, onde almoçaríamos.
Furi tem uma estação da linha de teleférico que vai ao Klein Matterhorn -- rebatizado com fins marketeiros como Glacier Paradise. A linha usa dois tipos de bondinhos: um pequeno, nas partes menos altas, e um grandalhão ("gôndola") na subida final.
O Klein Matterhorn/Glacier Paradise é o ponto mais alto da Europa a que se pode chegar de teleférico: você sobe a 3.800 m de altitude (e imediatamente se arrepende de ter tomado aquela cerveja no almoço).
O lugar é tão alto que tem esqui até no verão. Chegamos quinze minutos depois de a pista ter fechado -- nos meses de temperatura amena a pista funciona mais pela manhã, antes do sol começar a derreter o gelo.
Para quem não esquia, além da vista há o palácio de gelo -- na minha opinião, com esculturas mais bonitas do que o do Jungraujoch. (E com um mini-esquibunda pra quem curte...)
Então, depois de um trem, uma caminhada e dois bondinhos, descemos de volta à civilização alpina
Quanto custa
São dois passeios separados.
--> De Zermatt a Gornergrat, ida e volta adulto: 82 francos suíços (41 francos suíços com Swiss Pass válido). Todos os preços aqui.
--> De Zermatt ao Glacier Paradise, ida e volta adulto: 99 francos suíços (45 francos suíços com Swiss Pass válido). O Palácio de Gelo é cobrado à parte: 8 francos suíços. Todos os preços aqui.
--> Peak Pass: 3 dias de viagens ilimitadas pelo trem ao Gornergrat e pelos teleféricos ao Glacier Paradise. Adulto: 190 francos suíços. Fora da temporada de inverno, portadores de Swiss Pass válido compram por 143 francos suíços. Preços incluem entrada no Palácio de Gelo. Todos os preços aqui.
Ricardo Freire viajou à Suíça a convite do Swiss Travel System.
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