Playacar Palace, em Cancún

Para entender Cancún, Playa del Carmen e Riviera Maia

Cancún, Playa del Carmen, Tulum e Riviera Maia estão bem diferentes da época da primeira invasão brasileira (1995-2005). Na minha opinião, a mudança é para melhor. Há muitas opções a considerar antes de fechar a viagem. Invista meia hora na leitura deste post, e sua viagem pode melhorar muitíssimo.

  • Daddy O x Señor Frogs, Cancún

Um pouco de história (e de geografia)

Até 1970 o México praticamente ignorava o seu litoral caribenho. A costa leste da península de Yucatán, que vai da atual Cancún até a fronteira com Belize, era um fim de mundo virtualmente desabitado.

Quando se pensava em praia no México, o que vinha à cabeça de mexicanos e estrangeiros era a costa do Pacífico, onde Acapulco reinou como a praia mais famosa do mundo por algumas décadas. Na costa leste o único litoral com estrutura era o do Golfo do México, nos arredores da cidade portuária de Veracruz (cujas praias são feiosinhas).

No fim dos anos 60, ao perceber que o turismo trazia mais divisas para o país do que as exportações agrícolas, o governo do México identificou novas áreas com potencial turístico — e nenhuma cativou o interesse da iniciativa privada tanto quanto essa reserva de praias selvagens banhadas pelo mar turquesa do Caribe. De quebra, a região ainda abrigava duas importantes ruínas maias — Tulum, a única à beira-mar, e Cobá — e estava próxima de uma terceira, a imponente Chichén-Itzá, situada por sua vez nas redondezas de duas lindas cidades coloniais, Valladolid e Mérida.

Decidiu-se então implantar o pólo turístico caribenho a partir da ponta norte, cuja topografia oferecia uma ilha estreita e comprida, em formato de “7”, separada do continente por uma lagoa salobra, e que até o início da década de 70 era uma imensa fazenda de coco habitada apenas pela família do capataz (população total: 3). Nascia Cancún.

Mais ou menos na mesma época, o oceanógrafo Jacques Cousteau revelava ao mundo os corais preservados da ilha de Cozumel, 60 km ao sul do futuro balneário. Estava criada a nova dupla de destinos internacionais litorâneos do México: Cancún para praia, Cozumel para mergulho.

O primeiro hotel de Cancún abriu em 1974. O aeroporto para jatos foi inaugurado em 1976 (e hoje recebe a cada ano mais turistas estrangeiros do que todos os aeroportos do Brasil somados). A ocupação hoteleira começou pelas praias de águas mais calmas — as voltadas para o norte, na barra superior  do “7”. Entre os hotéis originais daquela zona está o Krystal Grand (ex-Hyatt Regency). A outra praia de águas calmas inicialmente ocupada ficava no extremo sul da ilha: a Ponta Nizuc, bastante próxima ao aeroporto. Ali se instalou o Club Med em 1976 (e foi totalmente renovado em 2006).

As duas etapas seguintes de crescimento, entre as décadas de 80 e 90, ergueram o atual skyline de Cancún no praião reto da sua orla leste (a haste do “7”), onde o mar é constantemente encrespado, sobretudo do meio para baixo.

A década de 90 marcou também o início da ocupação turística da Riviera Maia — os 150 km que vão da base de Cancún até a entrada da reserva natural de Sian Ka’an, em Tulum. Por ali instalaram-se parques temáticos, como X-Caret e Xel-Há, que têm um pezinho na Flórida e outro no ecoturismo, aproveitando as belezas naturais da região: corais preservados, rios de águas transparentes, florestas, cavernas.

Foi neste trecho da Riviera Maia que se deu a quarta onda de ocupação hoteleira da região: desta vez, vieram as grandes cadeias de resorts, plantando suas bandeiras ao longo da costa de recorte delicado, repleta de enseadas e protegida por extensas barreiras de recifes. Se você andou pesquisando ultimamente sobre Punta Cana, vai reencontrar a maioria dos nomes por aqui. Com uma diferença: misturados entre os resortões também há hotéis de luxo e hotéis-boutique.

Mas nem tudo na Riviera é fruto do planejamento dos tecnocratas. A vida não obedece cegamente a planilhas, e nesta grande região de turismo planejado acabaram brotando alguns pólos de insubordinação e espontaneidade. O maior deles é Playa del Carmen, que evoluiu de um mero píer de embarque para Cozumel a um vilarejo de praia com personalidade própria e vida independente — é o “Arraial d’Ajuda” de Cancún. Outro núcleo não-planejado está em Tulum, ao sul das ruínas maias, onde se instalaram pequenos hotéis pé-na-areia com propostas alternativas; é a “Caraíva” de Cancún (que vem evoluindo para ser a “Trancoso” de Cancún).

E finalmente, fechando o ciclo de ocupação desse ex-fim de mundo ex-selvagem e ex-desabitado, houve o boom imobiliário pré-2008, que fez surgir condomínios de segundas residências, muitos deles acoplados a projetos hoteleiros pré-existentes. Hoje grande parte da costa está ocupada; selvagem mesmo, só a faixa da reserva natural de Sian Ka’an, no extremo sul.

E agora? Como escolher?

Desculpe se eu compliquei a sua vida. Mas é que a região oferece tantas possibilidades, que vale a pena estudar qual é a opção mais sob medida para você.

Cancún

shopping Luxury Avenue

Vertical, americanizada, com shoppings e vida noturna. Costumo comparar Cancún à Barra da Tijuca. É um balneário vertical, construído à americana: as distâncias são grandes demais para se percorrer a pé, e tanto o comércio quanto a vida noturna se concentram em shoppings. Mas tudo funciona muito bem. Os hotéis são bastante confortáveis e o padrão de serviço é alto.

Praia em Cancún

O mar de Cancún tem aquele azul-turquesa lindo em qualquer ponto da orla, mas a qualidade do banho varia de trecho para trecho. Aquele Caribe calminho e cristalino só é encontrado na barra superior do “7” (as praias voltadas para o norte). Nas praias do leste (a haste do “7”) o mar é mais calmo no terço superior. Na parte de baixo fica mais agitado, e pode ostentar bandeira vermelha em muitos períodos. Na extremidade inferior há novamente uma enseadinha calma (Punta Nizuc).

Hotéis em Cancún

Depois do furacão Wilma (que os mexicanos chamam de Uílma), em 2005, os hotéis de Cancún usaram o dinheiro do seguro para renovações completas. A cidade vem desde então tentando passar uma imagem mais sofisticada, tentando se desligar da percepção de um eterno spring break (a semana do saco cheio da estudantada americana). O maior sinal disso é a multiplicação dos spas pelos hotéis da orla.

De uma maneira geral, os hotéis da parte de cima da orla, nas praias mais calmas, são mais colados uns nos outros, com terreno e estrutura menores. Da metade da orla para baixo, no trecho de praia menos amigável, os hotéis adquirem tamanho e estrutura de resorts.

Para aproveitar as praias calmas da ponta norte (e estar perto das discotecas), considere os all-inclusive Riu Palace Las Américas (km 8,5), Riu Cancún (km 9) e Dreams Sands.

Se você não quer a companhia dos americanos que passam o dia nos bares do hotel para chegarem calibrados às discos, escolha um dos hotéis sem refeições incluídas: o completo Fiesta Americana Grand Coral Beach (km 9), o correto Krystal Cancún e seu vizinho mais confortável, o Krystal Grand (antigo Hyatt Regency), no km 9. Os três já estão na faixa de praia voltada para o leste, mas o mar ali naquele canto é tão calmo quanto na costa norte. Uma outra bela opção para quem quer sair para passear fora da cidade todos os dias e curtir a noite ao voltar é o Aloft, um hotel novo e moderno que está do outro lado da estrada (ou seja, não tem praia em frente).

No trecho entre o pólo do agito e o shopping a céu aberto La Isla, o mar aqui tem comportamento variado: pode estar calminho ou agitado dependendo das condições atmosféricas. Neste ponto estão os luxuosos Le Blanc (all-inclusive, km 10) e Live Aqua (all-inclusive, km 12,5), o moderninho ME Cancún (all-inclusive, km 12) e o Hyatt Zilara (era um Royal; all-inclusive, km 11,5).

O grupo Royal, que oferece um all-inclusive normalmente elogiado, tem três hotéis na área: o Grand Park Royal (km 10,5), o Park Royal (km ) e o Gran Caribe Real (km 11,5). Nesta região também fica um resort básico, que é basicamente oferecido como o chamariz dos pacotes das operadoras: o Flamingo (km 11,5). Se você não procura all-inclusive e quer hotelaria de primeira, o Westin Lagunamar não decepcionará (km 12).

A região abaixo do Kuklcán Plaza foi a última a ser conquistada pelos resorts, que aqui tendem a ocupar espaços maiores e por isso serem mais completos. O mar tem ondas e, quanto mais para baixo na costa, mais repuxo. É uma região para quem gosta mais de piscina do que de praia.

O JW Marriott (km 14,5) não é all-inclusive. Os outros que eu pesco aqui são all-inclusive: o charmoso Secrets The Vine (km 14,5), o animado Hard Rock Hotel (km 14,5), o sofisticado Paradisus Cancún (km 16,5) e o superfamília Iberostar Cancún (km 17). O marcador rosa volta a marcar um trecho de praia tranqüila: a do Club Med, que tem uma prainha protegida na ponta de baixo da zona hoteleira.

All inclusive vale a pena em Cancún?

Na minha opinião, não. Com raras exceções (Riu, Iberostar) os hotéis de Cancún não oferecem a variedade de restaurantes à la carte que caracteriza os resorts do gênero. Além disso, como não estão isolados, a civilização está à porta — e é tentadora. É incongruente você escolher um lugar cujo forte são os shoppings e a vida noturna e se contentar em consumir dentro dos limites do hotel.

E finalmente, há a questão dos passeios. O que diferencia Cancún de outros destinos do Caribe (alô, Punta Cana!) é justamente a possibilidade de fazer um passeio diferente todos os dias; e fora do hotel, você acabará aproveitando pouco o sistema tudo-incluído.

O all-inclusive de Cancún vale mais a pena para os turistas de países frios, que passam toda a temporada na praia torrando ao sol, sem se importar com passeios ou saídas. Na zona urbana de Cancún, o all-inclusive também atrai a molecada americana, que aproveita a bebida farta e liberada (nos Estados Unidos, é preciso ter 21 anos e apresentar carteira com foto para beber; no México, basta aparentar 18) e passa o dia se calibrando para a noite.

E uma última observação: sempre que você achar um hotel com tarifa all-inclusive igual à tarifa normal de um outro hotel, no mesmo site, esteja certo de que os ingredientes e bebidas servidos no all-inclusive não serão de primeira linha; o nível de preço do all-inclusive sempre é um indício da qualidade do que é oferecido.

Transporte em Cancún

O aeroporto de Cancún fica entre meia hora e quarenta minutos da maioria dos hotéis; normalmente, vai-se de táxi (US$ 40 a US$ 50, dependendo da temporada).

Também há vans compartilhadas, a partir de US$ 14 por pessoa. Trânsfers pré-agendados, com motorista esperando com plaquinha, custam a partir de US$ 60.

Na zona hoteleira funciona um ótimo serviço de ônibus local, com passagens a 9,50 pesos (você pode também dar 1 dólar, mas não receberá troco).

Os táxis são tabelados; as tabelas são visíveis na entrada dos hotéis. Todos os tours organizados — e alguns restaurantes — buscam os passageiros nos hotéis.

É preciso alugar carro em Cancún?

Como você pode ler no tópico anterior, é perfeitamente possível ficar em Cancún sem alugar carro. Mas alugar o carro é, sim, uma boa: não é caro, e você tem autonomia para fazer todos os passeios por conta própria, no seu ritmo.

O único passeio de carro que eu não recomendo é Chichén-Itzá, porque está a mais de 3 horas de estrada; é melhor pegar um passeio organizado (se quiser ir de carro, então durma por lá — ou no hotel do sítio arqueológico, ou nas cidades coloniais de Valladolid ou Mérida).

Passeios em Cancún

Os passeios em Cancún mais simples a partir da zona hoteleira são o bate-volta de barco a Isla Mujeres (praias calminhas, mergulho no Parque Garrafón) e as escapadas ao centrinho de Cancún (Mercado 28 para artesanato de dia, restaurantes típicos com mariachis à noite na av. Yaxchilán, e o Parque de las Palapas para footing noturno entre os residentes).

A maior parte dos passeios tem como destino pontos da Riviera Maia, distantes da zona hoteleira entre 70 km (Xcaret, Playa del Carmen, Cozumel para mergulhar) e 120 km (Tulum e Xel-Ha), sempre em estrada duplicada. Chichén-Itzá está no interior da península, a 3h30 por estrada duplicada.

Leia mais sobre o que fazer em Cancún.

Compras em Cancún

Existem pelo menos cinco shoppings na zona hoteleira. O mais agradável é o La Isla Shopping Village, no km. 12,5, com ruas ao ar livre à beira da laguna, do lado oposto aos hotéis ME Cancún e Aqua. O mais sofisticado é a ala Luxury Avenue do Kukulcán Plaza, no km 13, ao lado dos hotéis Barceló Tucancún e Casa Turquesa. O forte do Forum by the Sea, no km 9,5, é o entretenimento: tem cinemas, o clube Daddy O., um Hard Rock Café, um Carlos n’Charlie, e está próximo à megadisco CocoBongo.

Para souvenirs e artesanato sem sair da zona hoteleira o melhor é o Plaza Caracol, no km 8,5, em frente ao Riu Cancún. Já o Flamingo Mall, no km 11,5 do lado da laguna (em frente ao hotel Royal Solaris Cancún), se destaca pelas redes de restaurantes: tem filiais de Outback, Bubba Gump Shrimp, Margaritaville e Sanborn’s (o Starbucks mexicano).

Vida noturna em Cancún

A maioria das discos e bares em Cancún está localizada na parte de cima da zona hoteleira. A mãe de todas as discotecas é a CocoBongo, no km 9,5, famosa pelos shows megaproduzidos. Sua maior rival é a Daddy O., também no km 9,5 (no Forum by the Sea).

Como alternativa aos clubes existem vários bares muvucados, que servem os drinks gigantescos (e adocicados) apreciados pela garotada dos States, como Señor Frog’s (km 9,5) e o Carlos n’Charlie (km 9,5, Forum by the Sea).

Pra quem é Cancún?

Se você é fã de shoppings e curte restaurantes e bares de rede, vai adorar Cancún. Caso queira encontrar uma praia caribenha na Cancún urbana ou se vai com crianças, procure se hospedar nas praias calmas (voltadas para o norte, até o km 8 do Boulevard Kukulcán, ou então no Club Med). Essas praias também são as únicas que recomendo para quem faz questão de all-inclusive (eu não iria até o Caribe para ficar preso num hotel all-inclusive de uma praia perigosa para entrar…).

Play del Carmen

Mamita's Beach, Playa del Carmen

Playa del Carmen é uma espécie de mini-Búzios de uma praia só. Tem um jeitão mais latino — se você curte o astral de Arraial d’Ajuda ou Pipa, deve gostar daqui.

A localização é ideal para passear: Playa está no centro da Riviera Maia, próxima aos parques e a Tulum. Mas atenção: nos últimos anos, a vila se desenvolveu bastante, e toda a sua costa norte ficou ocupada por condomínios e novos hotéis. Se você busca algo mais rústico e exclusivo, leia mais abaixo sobre Tulum.

Praia em Playa del Carmen

A praia central em Playa del Carmen é bonita de ver, mas não é boa para banho, porque é praticamente toda ocupada por embarcações. O trecho bom começa a 10 minutos de caminhada na direção esquerda, passando o hotel Gran Porto Real. Dali seguem mais 5 ou 6 km de praia, que costumava ser perfeita mas tem sofrido com erosão e algas. Há clubes de praia, como o Mamita’s (o mais bacana), mas em outros trechos o serviço de bordo é restrito aos hóspedes dos hotéis em frente.

Hotéis em Playa del Carmen

No centrinho tem (quase) de tudo: albergues, hotéis baratos (como o Lunata), apart-hotéis e apartamentos para alugar (novinhos, construídos no último boom imobiliário; um com excelente custo x benefício é o Playa Palms, pé na areia) até hotéis-design (como o Mosquito Beach e o Deseo.

Os hotéis ficam maiorzinhos na ponta norte do centro, onde estão os all-inclusive Gran Porto Real e Royal Playa del Carmen; dali em diante você encontra hotéis grandotes à beira-mar e menores nas quadras internas. Nos últimos anos, na ponta norte da Quinta Avenida já surgiram até grandes resorts, como a dupla de all-inclusives Paradisus La Esmeralda (para famílias) e Paradisus La Perla.

O endereço tradicional dos resorts em Playa, no entanto, é ao sul do centrinho, no condomínio Playacar, onde estão o Playacar Palace, The Reef, Sandos Riviera e complexos Riu e Iberostar.

All-inclusive vale a pena em Playa del Carmen?

Não acho que valha, não. A razão para ficar em Playa del Carmen é curtir a vidinha urbana: pegar sol na Mamita’s, fazer footing na Quinta Avenida, experimentar os restaurantinhos, fazer a ronda dos bares e clubes à noite. Ou então, passear para cima e para baixo. Para aproveitar o hotel, melhor então escolher algo na Riviera Maia.

Transporte em Playa del Carmen

O aeroporto de Cancún está a 40 km. Há 10 ônibus diários que ligam o aeroporto a Playa del Carmen em uma hora (o primeiro sai às 10h50, o último às 19h; custa US$ 10 por passageiro).

O táxi custa US$ 80. Para circular em Playa del Carmen você não vai precisar de carro: só precisa gostar de caminhar um pouquinho. (Mas atenção: de Playacar ao centrinho de Playa é preciso tomar um táxi.)

Querendo dar um pulinho em Cancún, há ônibus com ar condicionado da ADO que saem da rodoviária de Playa a cada 15 minutos em direção à rodoviária de Cancún (no centro da cidade) por menos de US$ 5 (da rodoviária é preciso tomar um ônibus local para a zona hoteleira).

Playa del Carmen também tem inúmeras agências de turismo receptivo que vendem tours organizados a todas as atrações da região.

Passeios em Playa del Carmen

Situada no centro geográfico da Riviera Maia, Playa del Carmen é a melhor base para passear pela região. O parque Xcaret fica ao lado; basta rodar 50 km para chegar a Tulum (e Xel-Há).

Cozumel está em frente: basta pegar o ferry-boat (que sai de hora em hora e leva 45 min. à ilha). Há muitos cenotes (rios e cavernas onde se pode fazer snorkel ou mergulhar de cilindro) nas redondezas. A curta distância justifica também passeios de carro para degustar outras praias, como Punta Maroma (15 km ao norte), Paamul (10 km ao sul), Xpu-há (25 km ao sul), Akumal (40 km ao sul, pokint de tartarugas) ou Xcacel (45 km ao sul).

Não perca tempo com Isla Mujeres; este é um passeio interessante para quem está em Cancún, mas redundante para quem está na Riviera Maia.

Compras em Playa del Carmen

A Quinta Avenida é a Rua das Pedras de Playa. Espere encontrar uma miríade de lojinhas e boutiquezinhas. O forte são roupas e acessórios.

É preciso alugar carro em Playa del Carmen?

Dentro de Playa o carro é um estorvo; não há necessidade nem lugar para estacionar. Alugue carro somente para os dias em que você quiser fazer passeios no seu ritmo. Não recomendo ir a Chichén-Itzá de carro, a não ser que você queira dormir por lá (no hotel do sítio arqueológico, em Valladolid ou em Mérida). Para ir e voltar no mesmo dia, melhor ir de tour organizado (são 3h30 pela estrada).

Vida noturna em Playa del Carmen

Um dos prazeres de Playa del Carmen é fazer a ronda dos bares. O epicentro da muvuca é a calle 12, entre a Quinta Avenida e a praia. A cena é bastante variada — tem desde boates pé-na-areia ao ar livre (uma característica exclusiva de Playa) até uma filial da Coco Bongo (Calle 12 esquina 10a. Avenida).

Pra quem é Playa del Carmen

Playa del Carmen é para quem procura uma experiência menos americanizada (e também menos família) na região. Eu adoro, e recomendo a todo mundo que esteja à procura de um lugarzinho no Caribe que pudesse estar no Brasil.

Riviera Maia

Playa del Carmen

A costa logo abaixo de Cancún tinha tudo o que as redes de resorts podiam querer: grandes áreas disponíveis à beira-mar (e não é qualquer mar: o Caribe!), águas calmas e dificuldade de acesso para quem não entre pelo portão principal. Não admira que todas estejam por ali.

Praia na Riviera Maia

São 100 km de um litoral bastante recortado, com praias em grande parte protegidas por recifes. Sem o skyline vertical da Cancún urbana, a impressão é a de se estar mais próximo da natureza.

Hotéis na Riviera Maia

A maioria segue a cartilha do resortão caribenho: terrenos enormes e inúmeras alas, com apartamentos espalhados em prédios baixos, de até três andares, para não destoar da paisagem.

O sistema all-inclusive predomina — entre as bandeiras conhecidas pelos brasileiros estão Moon Palace (do mesmo grupo do Hard Rock Hotels; pertinho de Cancún); Now SapphireDreams Riviera Cancún e Now Jade (na região de Puerto Morelos, a 40 km de Cancún); o complexo Iberostar de 5 hotéis na Playa Paradiso (50 km de Cancún); o Secrets Maroma Beach em Maroma (55 km); o complexo Barceló de 3 hotéis perto de Puerto Aventuras (20 km de Playa del carmen, 90 km de Cancún); os dois Grand Palladium em Kantenah (30 km de Playa del Carmen, 100 km de Cancún); o complexo de 3 hotéis do Gran Bahía Príncipe, perto de Akumal (40 km de Playa del Carmen, 110 km de Cancún); e o Dreams Tulum, próximo às ruínas (50 km de Playa del Carmen, 120 km de Cancún).

A hotelaria superluxo marca presença com o Maroma Resort (do grupo Belmond, o mesmo do Copacabana Palace) e o Zoëtry Paraíso de la Bonita, em Punta Maroma (55 km ao sul de Cancún, 15 km ao norte de Playa del Carmen) e o complexo Mayakoba (com hotéis Banyan Tree, Fairmont e Rosewood) 10 km ao norte de Playa del Carmen e o hotel-butique Esencia, em Xpu-ha (25 km ao sul de Playa del Carmen).

All inclusive vale a pena na Riviera Maia?

Para quem curte o esquema all-inclusive, os resorts da Riviera oferecem as condições ideais. Você curte o resort (que sempre terá uma mega infra) e a praia (que sempre será boa) e não tem por que gastar seu dinheiro fora do hotel. Até os passeios serão mais curtos, porque estarão mais próximos ali mesmo pela Riviera — na volta, sempre haverá o almoço sendo servido em algum lugar.

Transporte na Riviera Maia

Hospedando-se num resort ao longo da Riviera você vai depender de táxi agendado pelo hotel.

Passeios na Riviera Maia

Os hotéis da Riviera estão melhor localizados do que Cancún para todos os passeios pela Riviera Maia. Considere um ecoparque — escolha entre Xcaret e Xel-Há. Se curte mergulhar, faça snorkel num cenote. Não deixe de ir às ruínas de Tulum — e se tiver ânimo, a Chichén-Itzá.

Querendo visitar Cancún, vá de dia. O entardecer e a noite são mais gostosos em Playa del Carmen (e a volta sai mais em conta).

Compras na Riviera Maia

Os maiores hotéis têm lojinhas internas. Mas as compras sérias são em Cancún.

É preciso alugar carro na Riviera Maia?

Apenas para os dias em que você quiser passear, no seu ritmo. Só não recomendo ir de carro a Chichén-Itzá, que está a 3h30 de distância.

Vida noturna na Riviera Maia

Todo resort tem programação noturna, com shows e disco. Não há cassinos em resorts no México.

Para quem é a Riviera Maia?

Um resort na Riviera (ou então o Club Med em Cancún) é a melhor opção para quem vai com crianças: a praia é melhor do que em Cancún, o all-inclusive faz sentido, e os passeios envolvem menos deslocamentos. E os hotéis de luxo são imbatíveis para lua de mel.

Tulum

Tulum

Playa del Carmen parece bastante diferente de Cancún, mas no fim das contas oferece a mesma coisa — consumismo, azaração e badalação –, só que a seu modo. Já Tulum, não. Tulum tem vocação para o sossego e a contemplação; quando deixar de ser zen e exclusiva, terá perdido a graça.

Praia em Tulum

A praia de Tulum dos cartões-postais é a que banha o sítio arqueológico maia. É também a mais muvucada, já que é acessível a todos os que visitam os templos. A praia imediatamente ao sul das ruínas também é bastante freqüentada e tem barracas. Depois começa um trecho bastante entrecortado por pedras, onde se instalaram alguns hotéis.

O filé de Tulum fica entre os km 5 e 10: ali estão os hotéis mais bacanas e a faixa de areia mais larga. Não espere, porém, águas calmas nem transparentes: o mar é encrespadinho feito em Cancún, mas com o mesmo tom lindo de azul.

Hotéis em Tulum

O hotel do momento fica no km 10, já perto de Sian Ka’an: é o Be Tulum (reserve com bastante antecedência; se não conseguir ficar aqui, marque um almoço pelo menos).

Os hotéis da área são pequenos e fazem a linha mais rústica. Considere o La Zebra, o Zamas, o Sueños Tulum e o Azúcar. O forte aqui não é o conforto (confira se o seu apartamento vai ter ar condicionado ou água quente o dia inteiro), mas o estilo.

Os restaurantes vão ter um pezinho no Peru e outro na Tailândia; aulas de ioga serão mais comuns do que de ginástica. Luz de velas, música chill-out, pé descalço — leve pouca roupa; as rodinhas das malas não andam muito bem na areia…

All-inclusive vale a pena em Tulum?

Não há. Se você ler as palavras “all-inclusive” e “Tulum” na mesma frase, é porque se trata de um resort perto de Tulum, mas não nessa faixa zen-alternativa a que me refiro neste tópico.

Transporte em Tulum

Combine o traslado do aeroporto com o hotel; sai mais barato do que pegar o táxi. Uma vez em Tulum, se você ficar na faixa-filé da praia, vai poder se deslocar a pé, pela areia.

Passeios em Tulum

As ruínas de Tulum estão pertinho — mas não deixe ir também a Cobá, que fica a uma hora para o interior. Se você escolheu Tulum, certamente os ecoparques da região não fazem o seu gênero. Procure então informar-se sobre mergulhos em cenotes, passeios à reserva de Sian Ka’an (que tem praias desertas) ou os banhos pseudomaias inventados por neoxamãs (vale por um spa).

Compras em Tulum

Os hotéis tem boutiques com roupas, acessórios e artesanato eventualmente interessantes.

É preciso alugar carro em Tulum?

Apenas para os dias em que você quiser passear, no seu ritmo. Não há necessidade de ir à cidade (que fica a 10 km da praia e é beeeem feia e desinteressante).

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Vida noturna em Tulum

Jantar em outro hotel é o único programa garantido. Mas fique de olho para saber de festas.

Para quem é Tulum?

Se você curte Boipeba, Santo André da Bahia ou Praia do Rosa, vai curtir Tulum. Precisando de mais vida social, considere Playa del Carmen.

PERGUNTAS FREQUENTES

Qual é a melhor época para ir a Cancún e à Riviera Maia?

A época mais seca vai de fevereiro a maio, com um repique em julho e dezembro — todos esses meses registram precipitação média abaixo dos 100 mm. Os meses a evitar são setembro e outubro, quando a precipitação passa dos 200 mm. Em janeiro, junho, agosto e novembro chove entre 100 e 150 mm. Veja a tabela completa aqui.

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Para entender Cancún, Playa del Carmen e Riviera Maia 1

E os furacões?

A temporada de furacões no Caribe oeste acontece entre agosto e novembro. A possibilidade de um furacão estragar a sua semana de férias é remota, mas existe. Se você não quer dormir com essa pulguinha atrás da orelha, vá entre dezembro e julho.

Precisa visto para ir ao México?

Desde 2022 é preciso ter visto mexicano ou visto americano para entrar no México. É melhor já tirar o visto americano de vez.

Precisa vacina contra febre amarela?

Não precisa.

Mas eu li em outro site que precisa!

É boato. Não precisa, nunca precisou, nunca vai precisar. Leia mais aqui.

Levo dólares, pesos ou reais?

Você não vai conseguir comprar pesos no Brasil a boa cotação. Nem precisa. Em toda Riviera Maia o dólar é moeda corrente. Não precisa nem fazer câmbio — mas os mexicanos costumam arrendondar os preços a favor deles. Se você trocar seus dólares por pesos numa casa de câmbio, vai obter uma cotação ligeiramente superior. (Mas não faça isso no aeroporto: casa de câmbio de aeroporto sempre tem cotação desfavorável.)

Cartões de crédito são bem aceitos. Cartões pré-pagos em dólar só valem a pena se a conta vier expressa em dólar; se houver conversão para o peso, você perderá de 3% a 5% a cada transação (além dos 6,38% de IOF que você pagou ao carregar o cartão). Para os pequenos gastos, é possível também sacar pesos ou dólares nos caixas automáticos (boa cotação, mas IOF de 6,38% + tarifas bancárias).

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1216 comentários

Bóia, poderia explicar melhor sobre a veracidade dessa tal Visitax para quem ingressa em Quintana Roo, obrigado.

    Olá, Roberto! É uma taxa cobrada de turistas desde 2021 no estado de Quintana Roo, onde estão Cancún, Tulum e Playa del Carmen. Custa o equivalente a 20 dólares e pode ser paga antes de viajar, neste site oficial:

    https://www.visitax.gob.mx/sitio/

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