Cataratas do Iguaçu: um guia para visitar os lados brasileiro e argentino

Muito mais do que um cartão-postal, as Cataratas do Iguaçu são o centro de um grande parque natural que se estende por dois países: Brasil e Argentina.

Reserve pelo menos dois dias para aproveitar as atrações dos dois lados e fazer um passeio de bote que chega perto das quedas d’água (o Macuco Safári no Brasil e o Gran Aventura na Argentina).

Veja nesta página como aproveitar as Cataratas brasileiras e argentinas.

Cataratas do Iguaçu: o lado brasileiro

Os pontos altos das Cataratas brasileiras:

• As vistas mais panorâmicas das Cataratas do Iguaçu
• O parque mais organizado
• Oferece o passeio de bote mais seguro, o Macuco Safari
• A visita de 1 dia já é completa
• É fácil de combinar com o Parque das Aves no mesmo dia

Cataratas brasileiras: como é a visita

Uma visita básica, somente para caminhar pela Trilha das Cataratas até a passarela em frente à Garganta do Diabo, leva duas horas a partir do momento da entrada no parque.

Uma visita incluindo o passeio de bote Macuco Safári faz com que o passeio leve entre 4 e 5 horas.

Em ambos os casos você ainda consegue sair do parque a tempo de visitar o Parque das Aves, que é vizinho.

Visita básica às Cataratas brasileiras: 2 horas

Os ônibus internos do parque estão incluídos no ingresso e saem a todo momento do Centro de Visitantes, na entrada do parque.

(É possível também entrar de táxi ou com van de excursão. Não é permitido entrar com carro particular).

Para fazer a visita básica, pare na parada Trilha das Cataratas – a 4ª parada do circuito.

Ali começa um circuito panorâmico de 1,2 km bordejando as Cataratas.

O trajeto é todo calçado e cercado – não é uma ‘trilha’ de mato. Você passa em revista várias quedas secundárias (todas muito fotogênicas), com vários mirantes para tirar selfies.

No fim do trajeto você chega à Garganta do Diabo, onde pode descer por uma passarela até pertinho da catarata. A molhação é garantida — por isso, não deixe de levar uma capa.

Visitantes com dificuldade de locomoção podem ir até o fim da linha do ônibus, saltando na parada final, do restaurante Porto Canoas. Ali dá para descer de elevador até o nível mais baixo da passarela da Garganta do Diabo, que é completamente acessível.

Indo devagar, parando bastante para fotografar, e tomando um banho caprichado de spray na passarela, você deve completar o circuito em pouco mais de 90 minutos. No restaurante Porto Canoas você pode fazer um lanchinho ou, se quiser ficar para o almoço, aproveitar o buffet.

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Visita às Cataratas brasileiras com Macuco Safári: 4 a 5 horas

Para sua visita às Cataratas ser completa, é imprescindível fazer um passeio de bote, lá embaixo, no leito do rio Iguaçu. Escolha entre o Macuco Safári (mais sereno, no lado brasileiro) e o Gran Aventura (mais radical, no lado argentino).

Se o escolhido for o Macuco Safári, acrescente 2 a 3 horas à duração do seu passeio (uma estimativa que inclui o tempo que você deve ficar na fila da atração).

O passeio do Macuco Safári pode ser feito antes ou depois da visita das Cataratas. Os ônibus do parque deixam passageiros na parada Macuco Safari tanto na ida quanto na volta do circuito.

Na ida, o Macuco Safári é a terceira parada (antes, portanto, da Trilha das Cataratas). Na volta, o Macuco Safári é a segunda parada.

Leia sobre o Macuco Safári aqui.

Como chegar

Há três maneiras de entrar no parque brasileiro:

• Com o ônibus circular do parque
• De táxi
• De ônibus ou van de excursão

Não é possível entrar com carro particular.

De táxi

Um táxi da área central de Foz do Iguaçu às Cataratas brasileiras vai custar entre R$ 55 e R$ 65. Saindo de um hotel da Avenida das Cataratas, entre R$ 30 e R$ 40.

De Uber

Um Uber da ára central de Foz do Iguaçu às Cataratas brasileiras pode custar a partir de R$ 30. As tarifas do Uber são dinâmicas e variam de acordo com a procura. Há muitas reclamações sobre cancelamento de corridas.

De ônibus

O ônibus 120 sai do TTU (Terminal de Transportes Urbanos), passa pela av. Jorge Schimmelpfeng e por toda a extensão da av. das Cataratas. A passagem custa R$ 5.

De tour organizado ou trânsfer

É possível comprar praticamente todos os passeios, incluindo trânsfer de ida e volta, a partir do seu hotel.

De carro

Não é permitido entrar de carro dentro do parque. O estacionamento custa R$ 25.

Como comprar ingressos

Desde a pandemia, os ingressos estão sendo vendidos apenas online, e com hora marcada para entrada.

Para ver os preços, clique abaixo em Informações Práticas:

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Macuco Safári

O passeio de bote Macuco Safári é o complemento perfeito à trilha panorâmica das Cataratas brasileiras. Você é levado pelo leito do rio Iguaçu, até pertinho das quedas dos Três Mosqueteiros.

Dá para escolher entre duas modalidades: com emoção (o bote chega mais perto da cascata e todo mundo leva um banho) ou sem emoção (o bote fica a uma distância segura da queda d’água e ninguém se molha).

É recomendável comprar o passeio com antecedência, porque o número de visitantes por dia é limitado.

Não há, porém, horário marcado: o embarque é por ordem de chegada. Se não pegar muita fila, você conseguirá terminar o passeio em duas horas.

O ingresso do parque não está incluído no passeio! Você precisa comprar à parte para chegar até o ponto de saída do Macuco.

Outros passeios Macuco

O Macuco Safári pode ser combinado com outras experiências.

Dá para comprar combos como Macuco Safári + Rafting no Rio Iguaçu e Macuco Safári + Rappel de Cachoeira.

Para quem tem aversão a água, há um Macuco Selva – uma caminhada pela mata do parque.

Veja as diferenças entre os passeios de bote no Brasil e na Argentina no quadro Macuco Safári x Gran Aventura (clique aqui).

Cataratas do Iguaçu: o lado argentino

Os pontos altos das Cataratas argentinas:

• Seus circuitos de passarelas são emocionantes e vertiginosos, bem pertinho das quedas
• Realiza o passeio de bote mais radical, o Gran Aventura
• Pode ser visitado em 1 dia, mas rende 2 dias de passeio
• É fácil de combinar com o Iguazu Ice Bar, Feirinha de Puerto Iguazú e jantar nas churrascarias de Puerto Iguazú

Cataratas argentinas: como é a visita

O parque argentino tem mais atrativos que o parque brasileiro.

Enquanto no Brasil há apenas um circuito de visita às Cataratas, na Argentina os circuitos são três.

É um parque mais selvagem, onde você está o tempo todo na mata e chega muito perto de várias quedas. O parque brasileiro tem mais beleza – mas o argentino, mais adrenalina.

Além disso, o passeio de bote argentino, o Gran Aventura, é mais radical que o nosso Macuco Safari.

Os três circuitos de visita são:

• Circuito Superior (com passarelas para avistar as cataratas do alto)
• Circuito Inferior (com passarelas para avistar as cataratas de baixo)
• Garganta do Diabo (com passarelas que levam até o mirante do alto das quedas principais)

O deslocamento pelo parque, porém, é um problema.

Em vez de ônibus que partem a todo momento, como no Brasil, no parque argentino o meio de transporte é o trem. É romântico e ecológico e tal, mas faz bem menos viagens do que seria desejado.

Resultado: filas quilométricas nas estações de embarque. É comum não conseguir embarcar no trem que está na plataforma e precisar esperar até a próxima saída, 20 ou 30 minutos depois.

Mas não se deixe deter por isso. As cataratas argentinas valem muitíssimo a pena.

Recomendamos a seguinte estratégia:

• Devido à burocracia na fronteira, invista num traslado de táxi, e saia o mais cedo possível de Foz do Iguaçu para entrar no parque antes de 9h30
• Se for fazer o passeio Gran Aventura, reserve para a última saída (12h45)

Como chegar

De táxi

Taxistas de Foz costumam combinar corridas de ida e volta às Cataratas argentinas por R$ 300, marcando o horário de voltar. Dá para incluir uma passada na volta no Icebar Iguazú.

De Uber

Uber não pode atravessar para a Argentina. Mas motoristas de Uber negociam corridas fora do aplicativo, pelo preço dos taxistas (R$ 200-R$ 250, com volta).

De ônibus

Devido aos trâmites de passagem na fronteira argentina em tempos de pandemia, não recomendamos ir de ônibus.

Caso queira arriscar, leia sobre os ônibus para Puerto Iguazú e as Cataratas na seção Como se locomover em Foz do Iguaçu.

De trânsfer

O trânsfer é compartilhado e sai cedo dos hotéis do centro de Foz do Iguaçu. Pesquise preço e leia com atenção as observações sobre documentação necessária para cruzar a fronteira.

De carro

Ao alugar carro, certifique-se de que a sua locadora permite atravessar a fronteira para a Argentina (normalmente apenas a Igufoz permite). Se não permitir e algo acontecer ao carro, o seguro não cobrirá.

Além disso, é preciso ter o seguro carta verde, que pode ser feito em quiosques de corretores junto ao trevo da Ponte Trancredo Neves.

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Como comprar ingresso

Pelos novos protocolos, é necessário comprar online, com dia e hora marcados.

Como você precisa se registrar, o ingresso não pode ser comprado de uma agência – os operadores de passeio vão pedir que você faça sua própria compra de ingresso.

Infelizmente você vai precisar pagar com cartão de crédito, pelo câmbio oficial e com o IOF de 6,38% que incide sobre os cartões brasileiros.

Gran Aventura

O Gran Aventura é a versão argentina do Macuco Safari: o passeio de bote no leito do rio Iguaçu que se aproxima das quedas, lá embaixo.

Na prática, o passeio argentino é bem mais radical que o brasileiro: os botes andam em velocidade maior, fazem duas paradas em cascatas diferentes (o Macuco faz só uma) e chegam ridiculamente perto da cascata (a ponto de dar medo).

Não há a opção “sem emoção”. O Gran Aventura é para gritar como numa montanha russa. Leve uma muda de roupa seca, porque é impossível não ficar encharcado (mesmo com capa).

É preciso comprar o passeio com antecedência. Para encaixar com a visita aos outros pontos do parque, reserve o último horário (12h45).

Veja as diferenças entre os passeios de bote no Brasil e na Argentina no quadro Macuco Safári x Gran Aventura (clique aqui).

Comparação: Macuco Safari (Brasil) x Gran Aventura (Argentina)

Teoricamente, os dois passeios de bote – Macuco Safari, no lado brasileiro, e Gran Aventura, no lado argentino – são semelhantes. Na prática, porém, têm diferenças sensíveis.

A diferença principal é que o passeio argentino é mais intenso. Inclui duas paradas em frente a cascatas (o Macuco só tem uma parada), e os botes chegam consideravelmente mais perto da queda d’água do que os brasileiros.

O Macuco Safari parece ter padrões mais rígidos de segurança – por isso, pode ser feito por crianças de qualquer idade. Já no Gran Aventura a idade mínima é 12 anos.

Como o circuito panorâmico do Brasil é curto, o Macuco Safari se encaixa direitinho em qualquer visita.

Já o parque argentino tem dois circuitos (um terceiro está interditado), e os protocolos da fronteira na pandemia podem atrasar sua chegada ao parque. O Gran Aventura se encaixa melhor no programa de quem madruga para atravessar, ou de quem divide a visita ao lado argentino em dois dias.