Valle d’Itria, o coração branquinho da Puglia

A meio caminho entre Bari e Lecce, o Valle d’Itria é o cantinho mais fotogênico da Puglia.

Os vilarejos têm nomes mágicos: Alberobello, Locorotondo, Ostuni, Cisternino, Ceglie Messapica, Martina Franca…

São cidadelas banquinhas, encarapitadas em colinas rodeadas por olivais (e vinhedos!). De lambuja, a região ainda conserva algumas construções típicas da região, os trulli, com seus telhados em formato de cone.

Além de proporcionar bate-voltas fáceis e proveitosos, o Valle d’Itria também pode servir de base de hospedagem. A praia estará sempre muito perto. E fora das cidadezinhas você encontra alguns dos mais luxuosos hotéis da Puglia, na zona rural.

Se você curtiu o Val d’Orcia na Toscana, os Pueblos Blancos na Andaluzia e o Lubéron na Provence, vai adorar o Valle d’Itria na Puglia também.

Valle d’Itria: aonde ir

Alberobello

O mais belo cartão postal da Puglia pode ser a praia de Polignano a Mare, mas a marca registrada da região são os trulli, construções típicas com telhados de madeira em formato de cone e um pinnacolo personalizado no cume.

No vilarejo de Alberobello, porém, os trulli se tornaram moradias – uma cidadezinha inteira delas. A paisagem urbana é tão singular, que nenhuma viagem à Puglia estará completa sem uma passadinha em Alberobello.

O que fazer em Alberobello

A gente vai a Alberobello como quem visita um museu ou um monumento. Duas horinhas dão e sobram (incluindo aí uma parada para um lanchinho).

O vilarejo tem dois bairros. De um lado do Largo Martellotta fica o Rione Monti, que é o bairro “do comércio”. Por ali quase todos os trulli são lojinhas e cafés.

Alguns continuam decorados como casas e estão abertos à visita – na saída acabam pedindo alguma doação ou forçando alguma venda. Outros cobram para você subir no terraço e ver a arquitetura do telhado de perto.

Além da atividade comercial, a maior atração dos trulli do Rione Monti são os desenhos nos telhados, com símbolos ora cristãos, ora esotéricos.

Os trulli mais famosos são os Trulli Siamese (com dois telhados) e, no fim do bairro, o trullo da Igreja de Santo Antônio de Pádua.

Não gaste todo o tempo da sua visita no Rione Monti. Depois de zanzar por lá, atravesse o Largo Martellotta para dar uma flanadinha pelo outro lado, o Rione Aia Piccola.

Esta é a zona mais calma e residencial de Alberobello – há bed & breakfasts e restaurantes, mas discretamente espalhados. Os telhados são quase todos desprovidos de desenhos. O número de turistas é sensivelmente menor do que do outro lado.

Por aqui fica o Belvedere Santa Lucia, o melhor ponto para apreciar o conjunto dos trulli. Se você tiver disposição, pode subir 10 minutos ladeira acima até o Trullo Sovrano, o maior de todos (antiga residência de uma família rica, consiste num conjunto de 12 trulli e é o único com dois andares).

Como chegar a Alberobello

• De carro: Alberobello está a km de 55 km Bari, 30 km de Polignano a Mare, 21 km de Monopoli, 114 km de Lecce, 70 km de Matera, 9 km de Locorotondo, 15 km de Martina Franca e 35 km de Ostuni. Há vários estacionamentos (parcheggi) nos arredores do centro histórico.

• De ônibus: Alberobello é ligada por ônibus regular a Bari (1h05), Polignano a Mare (1h10), Monopoli (50 min.) e Locorotondo (15 min.). Na baixa temporada os ônibus só são diretos de Bari e Locorotondo. A parada fica na estação de trem, a 7 minutos de caminhada do Rione Aia Piccola. Verifique horários no site da FSE.

• De trem: uma linha de trem liga Alberobello a Bari, mas o percurso leva o dobro do tempo do ônibus, e ainda envolve uma baldeação em Putignano.

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Locorotondo

Locorotondo significa “lugar redondo”. O nome é uma referência ao formato do vilarejo, que ocupa o topo de uma colina e, quando visto de longe, parece perfeitamente circular.

Menor e menos visitada que Ostuni, Locorotondo é turística na medida certa, com poucas ruas totalmente tomadas pelo comércio. (Ironicamente, as casas típicas do lugar, com seus telhados triangulares, são chamadas cummèrse – significando “com vértice”.)

A paisagem se completa com vinhedos fotogenicamente plantados ao pé da colina.

O que fazer em Locorotondo

Aprecie a vista do Valle d’Itria a partir do Belvedere (logo adiante da praça Villa Comunale), depois se perca pelas ruelas da vila.

Você vai acabar passando pela Igreja de São Jorge Mártir e pelo belíssimo Palazzo Morelli, de fachada barroca.

Desça pelas escadinhas até o entreposto da vinícola Bufano em pleno vinhedo urbano faça uma degustaçãozinha de vinhos locais.

• Sirose (Bufano Wines) | Terrazzamenti di via Nardelli | Agendamento de degustação: +39 351 191-4601 | Instagram

Tours em Locorotondo

Locorotondo é uma base de passeios de bicicleta pelo Valle d’Itria. Nossa parceira Viator vende alguns bastante interessantes:

• Passeio guiado de bicicleta elétrica de Locorotondo a Cisternino (3 horas)
• Passeio guiado de bicicleta elétrica entre Locorotondo, Cisternino e Martina Franca (4 horas)
• Passeio guiado de bibicleta elétrica com visita a lagar de azeite e demonstração de fabricação de massas (3 horas)

Onde ficar em Locorotondo

Os arredores de Locorotondo são uma mina de trulli convertidos em hospedagem, bases perfeitas para quem está de carro.

• A Dimora Iconica tem dois trulli completos com cozinha, a 5 minutos de carro de Locorotondo. Tem piscina mas não oferece café da manhã (nota 9,9 no Booking – maio/2025).

• I Trulli di Figazzano está a meio caminho de Cisternino e oferece quarto duplo e casas com 1 e 2 quartos, sem café da manhã. A piscina é um charme (nota 9 no Booking – maio/2025).

• A Masseria Grofoleo instalou seus quartos numa antiga sede de fazenda construída ao estilo das cummèrse do vilarejo. Há também dois trulli próximos à piscina. É um hotel completo, com café da manhã (nota 9,9 no Booking – maio/2025).

• O Ottolire Resort é uma ótima escolha para quem procura um hotel com confortos convencionais e estrutura completa (nota 9,8 no Booking – maio/2025).

Dentro do vilarejo você também encontra bed & breakfasts e apartamentos de temporada funcionando nem cummèrse restauradas.

• O Albergo Diffuso sotto le Cummèrse tem unidades charmosas, com cozinha equipada, espalhadas pelo centro histórico. As diárias incluem café da manhã estilo buffet, servido num bar (nota 9,3 no Booking – maio/2025).

• No Da Concavo e Convesso os quartos têm minicozinhas. O café da manhã está incluído e é tomado no próprio B&B (nota 9 no Booking – maio/2025).

• La Dimora nel Borgo tem casas amplas e equipadas – uma delas, para até 3 pessoas. Não serve café da manhã (nota 9,6 no Booking – maio/2025).

• A Casa del Carbonaio é um achado para orçamentos low-cost. O café da manhã é opcional e custa apenas € 5 (nota 9,1 no Booking – maio/2025).

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Onde comer em Locorotondo

Está só passeando e quer dar uma paradinha para um panino, um tagliere (prato de queijos e embutidos), uma salada? Entre na fila para uma mesinha no La Controra, onde tudo é uma delícia. Não abre à noite.

• La Controra | Via Nardelli, 67 | Reservas via DM no Insta | Instagram

O terraço com vista para o vale é o grande trunfo do Pavì Wine, que não fecha entre almoço e jantar e também funciona como uma parada para o aperitivo.

• Pavì Wine | Via Nardelli, 51 | Tel.: +39 333 581-0310 | Instagram

Se você só tiver uma refeição séria para fazer em Locorotondo, escolha o U’Curdunn: a cozinha é típica mas totalmente diferente da que você encontra nas cidades da costa – desde os molhos das massas (por exemplo: tomate, feijãozinho e ricota) à diversidade dos secondi (tem vitela, coelho, cordeiro…).

• U’Curdunn | Via Dura, 19 | Tel.: +39 080 796-1318 | Instagram

Como chegar a Locorotondo

• De carro: Locorotondo está a km de 69 km de Bari, 33 km de Polignano a Mare, 26 km de Monopoli, 106 km de Lecce, 77 km de Matera, 7 km de Martina Franca, 9 km de Alberobello, 10 km de Cisternino, 25 km de Ceglie Messapica e 28 km de Ostuni.

• De ônibus: Locorotondo é ligada por ônibus regular a Bari (1h20), Polignano a Mare (50 min.), Monopoli (45 min.) e Alberobello (15 min.). Na baixa temporada os ônibus só são diretos de Bari e Alberobello. A parada fica numa parte nova da cidade, a 6 minutos de caminhada do centro histórico. Verifique horários no site da FSE.

• De trem: a linha principal da Puglia tem uma parada em Fasano (1h de Bari, 16 min. de Polignano, 10 min. de Monopoli, 11 min. de Ostuni e 55 min. de Lecce). A estação fica a 11 km de Locorotondo. Os táxis cobram € 20 da estação de Fasano até Locorotondo.

Ostuni

Os vilarejos do Valle d’Itria podem ser todos branquinhos, mas a alcunha “A Cidade Branca” tem dono: é de Ostuni. Aqui o costume de caiar as casas começou durante a peste negra – acreditava-se que a cal tinha propriedades desinfetantes.

Dito isso, Ostuni (pronuncia-se “Ostúni”) é a maior e mais animada das cidadezinhas do vale – a única que compete com os grandes centros da costa nos quesitos gastronomia e vida noturna.

Ostuni pode ser visitada com proveito em poucas horas, num passeio pelos vilarejos do Valle d’Itria. Mas também serve de base para quem quer dormir e acordar numa cidade branquinha e não abre mão de uma noite animada.

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O que fazer em Ostuni

A primeira impressão da Cidade Branca é de estranhamento: o entorno da praça principal e porta de entrada da cidade, a Piazza della Libertà, não é todo caiado, não. Mas tem uma explicação: aqui é a cidade “nova”, ampliada na época da dinastia Bourbon, em estilo barroco.

A praça contém os cafés mais confortáveis, postados em torno da Coluna de Santo Orôncio, padroeiro de Lecce e de Ostuni, a quem se atribui ter livrado a cidade dos piores efeitos da peste.

Suba pela Via Cattedrale, onde toda porta parece ser uma lojinha de souvenirs, e penetre no coração da cidade antiga. Escape dos colegas turistas se perdendo pelas ruelinhas laterais.

Chegue até a Catedral de Santa Maria Assunta, que vale a entrada. Depois dela fica o marco arquitetônico mais famoso da cidade, o Arco Scopa, uma ‘ponte dos suspiros’ contruída para ligar o palácio do bispo ao seminário (e que originalmente era de madeira).

Faça um aperitivo ou almoce por esse miolinho, ou volte para a praça principal, de onde você pode contornar as muralhas e escolher um bar ou restaurante com vista.

Onde ficar em Ostuni

Dentro do centro histórico de Ostuni não existem hotéis, e mesmo os bed & breakfasts são raros. A maioria das acomodações é de apartamentos de temporada, sem café da manhã.

• O bed & breakfast Sunshine Luxury Rooms tem quartos com decoração moderna, alguns deles com varanda. Há um terraço comum a todos os hóspedes. É possível incluir o café da manhã na diária (nota 9,2 no Booking – maio/2025).

• A Casa Le Calce fica na parte mais alta da cidade e tem dois andares (com uma escada estreita). A cozinha é equipada e o terraço dá vista para o vale (nota 9,5 no Booking – maio/2025).

• O custo x benefício é o forte da Dimora Levante. O quarto é compacto e cavernoso, porém aconchegante. Tem cozinha equipada (nota 9,1 no Booking – maio/2025).

• A varanda debruçada na viela é o maior charme da Antica Dimora Flalè – tome um café ali, e você vai se sentir como um morador. O quarto tem luz natural e há uma cozinha completa (nota 9 no Booking – maio/2025).

• Ligeiramente fora do centro histórico, a Casa d’Autore é um bed & breakfast chic (e caro), com quartos imaculados, áreas sociais elegantes e uma bela piscina. Serve café da manhã, evidentemente (nota 9,3 no Booking – maio/2025).

Da zona rural à costa espalham-se hotéis de luxo, masserias (antigas sedes de fazenda convertidas em hospedagem) e até resorts. Se você está de carro, pode considerar montar base na região.

• O Petranima Trulli Wellness fica no caminho de Martina Franca e incorpora dois trulli à sua sede. Tem spa e uma pequena piscina rodeada por oliveiras (nota 9,6 no Booking – maio/2025).

• A meio caminho entre Ostuni e o litoral, a Masseria Rienzo conserva ares e decoração de fazenda – mas incorporando confortos modernos e uma bela piscina (nota 9,1 no Booking – maio/2025).

• Na categoria superluxo, a Masseria San Domenico tem como sede um castelinho do século 15. A propriedade é enorme, inclui um campo de golfe e um clube de praia (nota 9,6 no Booking – maio/2025).

• Sede da cúpula do G7 em 2024, o Borgo Ergnazia foi construído do zero para parecer um vilarejo pugliese tradicional. A cenografia funciona, sobretudo à noite. O clube de praia fica em Savelletri, a 10 minutos de bicicleta da sede (nota 9,5 no Booking – maio/2025).

• Na avenida beira-mar de Savelletri, o Bianco Riccio Suite Hotel funciona para quem quer combinar praia com passeios pelos vilarejos do Valle d’Itria. Foi inteiramente renovado um pouco antes da pandemia (nota 9,7 no Booking – maio/2025).

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Onde comer em Ostuni

Durante seu passeio por Ostuni, vai ser difícil não ficar com vontade de parar no Borgo Antico – um bar na parte alta da cidade, charmosamente instalado numa escadaria em ziguezague, com vista para os telhados e o vale.

Enfrente a fila e peça um tagliere (prato de embutidos e queijos) ou uma puccia (sanduíche pugliese).

• Borgo Antico | Via Fina, 8 | Tel.: +39 083 133-6475 | Instagram

A Casa San Giacomo é uma cantina que segue preparando as receitas de Nonna Rosa, a cozinheira mais célebre de Ostuni, falecida há alguns anos.

Experimente o maritati (combinação de duas massas, orecchiette e o fricelli) feito com farinha Senatore Capelli, que vem com braciola. Como secondo, peça a bombete – enroladinho de copa recheado com queijo cacciocavalo. Reservas são essenciais.

• Casa San Giacomo | Via Continelli Bixio, 4 | Tel.: +39 328 258-8982 | Instagram

Detentor do selo ‘Bib Gourmand’ do guia Michelin, conferido a cozinhas com boa relação custo x benefício, a Osteria Piazzetta Cattedrale funciona num salão a um só tempo elegante e acolhedor.

Entre as massas, um curioso orecchiette de trigo queimado com grão de bico, vôngole e tomatinho amarelo. Há duas seções de secondi: do mar e da terra.

• Osteria Piazzetta Cattedrale | Largo Arcidiacono Teodoro Trinchera, 7 | Tel.: +39  083 133-5026 | Instagram

Situado ligeiramente fora do centro histórico, o Al Solito Posto é um restaurante/pizzaria que serve as melhores pizzas da cidade.

• Al Solito Posto | Via Cesare Braico, 17 | Tel.: +39 083 130-5850 | Reservas online | Instagram

Para uma experiência mais foodie, faça uma reserva na Masseria Moroseta, um hotel-design nos arredores.

O cardápio muda diariamente de acordo com a disponibilidade de ingredientes locais. Legumes, verduras e frutas são usados com criatividade; carnes e peixes são acessórios.

• Moroseta Kitchen | Contrada Lamacavalo s/n | Tel.: +39 376 079-8288 | Reservas online | Instagram

Caso você passe um dia na praia em Savelletri, reserve uma mesa no Pescheria 2 Mari, que tem um belo terraço com vista para o porto. Crudos e peixe fresco são o ponto forte da casa.

• Pescheria 2 Mari | Piazza Amati 1, Savelletri di Fasano | Tel.: +39 080 482-9161 | Instagram

Praias próximas a Ostuni

Há praias de areia com trechos públicos a poucos minutos de carro de Ostuni. As três melhores:

• Pilone – num parque natural regional, a 13 km.
• Torre Canne – bastante extensa, a 20 km.
• Savelletri – a cidade balneária mais importante, a 25 km.

Esta costa também é pontilhada de lidos e beach clubs. Escolha o seu e reserve lugar antes de ir.

• O Cala Maka é rústico-chic e preserva o aspecto selvagem da costa – mas a praia tem pedras. Está a 20 km, em Torre Canne. Reserve online.
• O Coccaro é pequeno e charmoso, todo em branco e azul. Está a 25 km, em Savelletri. Reserve por WhatsApp: +39 080 412-3467.
• O Calderisi Mare é pequenino e tem ares dos trópicos. Está a 30 km, em Capitolo, adiante de Savelletri. Reserve por WhatsApp: +39 345 399-1282.
• O Le Palme é, de todos, o que oferece a praia mais larga. É grande, porém charmoso. Está a 30 km, em Capitolo, passando Savelletri. Reserve por WhatsApp: + 39 347 643-5693.

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Como chegar a Ostuni

• De carro: Ostuni está a km de 85 km de Bari, 50 km de Polignano a Mare, 35 km de Monopoli, 75 km de Lecce, 124 km de Matera, 12 km de Ceglie Messapica, 14 km de Cisternino, 24 km de Martina Franca, 28 km de Locorotondo e 36 km de Alberobello.

• De trem: Ostuni está no caminho da principal linha de trem da Puglia. A viagem leva 45 min. desde Bari, 45 min. desde Polignano (com baldeação em Monopoli), 18 min. desde Monopoli e 48 min. desde Lecce. A estação de Ostuni está a 4 km do centro histórico. Um ônibus conecta a estação à cidade em horários coordenados com a chegada dos trens. Compre a passagem no bar da estação antes de subir no ônibus. Custa € 1 (aproveite e já compre a volta).

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Mais cidades

E se Ostuni não tivesse tantos turistas? E se Locorotondo ainda fosse um segredo? Você pode imaginar como seria visitando Cisternino e Ceglie Messapica. Nas duas, mesmo na alta temporada, vai haver mais moradores do que visitantes.

Já Martina Franca sai um pouco do tema cidade-branquinha-do-vale, com muitos atrativos históricos.

Cisternino

A pequena Cisternino se distingue pelos seus fornelli, açougues que preparam as carnes na hora.

Funciona assim: você vai até o balcão, escolhe o que vai ser assado, e espera a carne chegar pronta à mesa.

O que você vai pedir? Ora: bombetta! Este enroladinho de porco recheado com queijo, verduras ou embutidos é a especialidade de Cisternino, e vem sempre no plural: bombette. Muitos fornelli oferecem uma porção mista com recheios variados.

O fornello mais famoso é o Al Vecchio Fornello (Via Basiliani, 18).

• Cisternino está a 10 km de Martina Franca, 11 km de Locorotondo, 14 km de Ostuni, 15 km de Ceglie Massapica e 19 km de Alberobello.

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Ceglie Messapica

Ceglie Messapica (pronuncia-se “Tchélhie Messápica”) tem um quê de cidade moura. No topo da colina reina o Castelo Ducal, que pode ser visitado (€ 5).

Não saia da cidade sem provar um biscotto cigliese, vendido nas confeitarias. É feito com um massa de amêndoas recheada com geleia de cereja, uva e cidra.

• Ceglie Messapica está a 12 km de Ostuni, 15 km de Cisternino, 18 km de Martina Franca, 24 km de Locorotondo e 33 km de Alberobello.

Martina Franca

Maior cidade do Valle d’Itria, Martina Franca se parece mais com Lecce do quem Ostuni, com um importante legado barroco e rococó.

Ao percorrer seu centro histórico, você vai passar por fachadas grandiosas e vielas cheias de mistério.

Entre pela impontente Porta de Santo Stefano e você logo chega à Piazza Roma, onde está o imperdível Palazzo Ducale, construído no século 17 pela aristocrática família Caracciolo. A entrada é gratuita mas o acesso aos aposentos ducais custa € 3. O horário de visita é limitado: das 10h às 12h30 e das 16h às 18h (no alto verão, 17h às 19h).

Siga pela via Vittorio Emanuele e você vai dar na Piazza Plebiscito, onde fica a outra atração incontornável de Marina Franca: a Basílica de São Martinho, obra-prima do rococó. A entrada é gratuita, mas para visitar o museu paga-se € 3. Na temporada fica aberta o dia inteiro, mas no outono e no inverno fecha para sesta entre 12h e 16h.

Se tiver mais tempo, explore o labirinto de vielas da parte mais antiga da cidade, que fica para trás da basílica.

Caso pare para fazer um lanche, peça um panino ou um tagliere (tábua de frios) que leve capocollo – o embutido de porco que no Brasil chamamos de ‘copa’ e é uma especialidade local. Você também vai notar muitas vendendo cerâmica produzida por artesãos de Martina Franca.

Martina Franca também é base para passeios de e-bike pelos vinhedos do Vale d’Itria. Nossa parceira Viator vende um passeio guiado de 30 km que passa também por Locorotondo e Cisternino, saindo de Martina Franca.

• Martina Franca está a 7 km de Locorotondo, 10 km de Cisternino, 15 km de Alberobello, 18 km de Ceglie Massapica e 24 km de Ostuni.

Puglia no Viaje na Viagem:

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