Guia da Puglia
Matera, o complemento ideal de uma viagem à Puglia
Se a Lua fosse habitada, seria como Matera.
Matera é o fecho mais espetacular para qualquer viagem à Puglia. Apesar de estar na Basilicata, Matera fica mais próxima de Bari (65 km) do que da capital regional, Potenza (90 km).
(A propósito: a pronúncia é “Matêra”, e não “Matéra”.)
Povoada desde o Paleolítico, a parte mais antiga de Matera é coberta de moradias instaladas em cavernas – naturais ou escavadas pelo homem. São os Sassi di Matera. É mais ou menos como uma versão urbana da Capadócia. Ou como o vilarejo de Oia, em Santorini, porém com uma beleza menos óbvia – mais estranha e misteriosa.
Nos anos 50, ainda sem água encanada, esgoto ou eletricidade, os Sassi di Matera foram declaradaos insalubres (eram chamados de “vergonha da Itália”) e totalmente evacuados. Uma cidade moderna foi erguida ao lado, para onde foram transferidos os moradores das cavernas. Na cidade histórica, apenas a parte mais nova (o Piano) continuou funcionando normalmente.
Demoraria ainda um tempinho para que os italianos percebessem a joia que tinham desprezado.
A implantação de eletricidade e o saneamento prepararam a chegada do turismo. E a partir do final da década de 80 a visitação foi impulsionada por eventos de projeção mundial.
Em 1985 o filme “Rei Davi”, com Richard Gere, foi filmado em Matera. Em 1993 a Unesco alçou Matera a patrimônio cultural da humanidade. Em 2002 Mel Gibson rodou “A Paixão de Cristo” na cidade. Em 2019 Matera foi designada Capital Europeia da Cultura. E em 2021 estreou “007 – Sem Tempo Para Morrer”, com algumas cenas ambientadas em Matera.
A cidade antiga é dividida em quatro zonas:
- O Sassi Barisano é a “zona norte”, onde a maioria dos estabelecimentos comerciais.
- O Sassi Caveoso é a “zona sul”, onde predominam as moradias em cavernas e as igrejas rupestres (escavadas na pedra).
- A Civita é a parte alta da cidade entre os dos Sassi, onde desponta a Catedral
- O Piano é a (charmosa) zona plana ao pé dos Sassi, estabelecida a partir do século 15
Matera pode ser visitada em passeios bate-volta a partir de Bari, Polignano, Monopoli ou do Valle d’Itria.
Mas se puder, durma pelo menos uma noite por aqui. Ou você acha que vai ter outra chance de pernoitar na Lua?
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Onde ficar em Matera
A experiência mais completa é dormir numa caverna adaptada – mas são raros os hotéis com 100% de acomodações assim.
Mesmo dentro dos Sassi a maioria das hospedagens ou é convencional (com tetos moldados em forma de abóboda) ou híbrida (nesse caso, os quartos em cavernas serão os mais caros).
Note que, ao se hospedar nos Sassi, dificilmente o táxi vai deixar você na porta da acomodação. Quase sempre você vai precisar caminhar um pouquinho, provavelmente subindo alguma escada.
Também é possível se hospedar fora da zona histórica, com vista para os Sassi.
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La Dimora di Metello (caverna)
Estive duas vezes em Matera. E gostei tanto de La Dimora di Metello que repeti a hospedagem na segunda incursão.
O táxi deixa a dois minutos da entrada, com apenas dois pequenos lances de escada no caminho.
Todas as salas e quartos estão instalados em cavernas adaptadas.
Os quartos são charmosos, decorados com móveis discretamente modernos. Em dias bonitos, o café da manhã (bem variado) pode ser tomado na varanda.
Tomar um vinhozinho à noite com vista para os Sassi iluminados é uma dádiva.
Antico Convicino (híbrido)
O Antico Convicino Rooms Suites & SPA está instalado num complexo do século XV que aproveita antigas cavernas.
Os quartos convencionais têm tetos abobadados que seguem a estética cavernosa. Há duas suítes instaladas em cavernas autênticas.
O spa é bem montado, e o café da manhã está incluído em todas as diárias.
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La Corte Vetere (híbrida)
Na La Corte Vetere, situada próxima à Catedral, a maior parte das acomodações é composta por quartos convencionais.
Apenas alguns quartos da categoria “deluxe” ocupam cavernas.
O terraço oferece linda vista para os Sassi. As diárias incluem café da manhã.
Grotta Barisano (caverna)
A Grotta Barisano é um apartamento inteiro instalado numa caverna adaptada. O espaço é amplo: são 70m² divididos entre quarto, sala e cozinha completa.
A iluminação, muito bem pensada, confere uma beleza dramática ao lugar.
Não tem café da manhã.
Casa Tudor Art Luxury Rooms (híbrida)
Situada no limite do Sasso Barisano, a Casa Tudor Art Luxury Rooms está instalada por cima de uma caverna.
No andar de baixo ficam os quartos ‘deluxe’, que aproveitam cavernas, e a cozinha completa, de uso coletivo.
No andar de cima estão os quartos convencionais, com varandas e vistas para os Sassi.
O dono é artista e decora a pousada com seus quadros. O café da manhã está incluído nas diárias.
La Dimora del Campo (convencional)
Se você quer se hospedar no coração da cidade antiga mas não está disposto a dormir em ambiente cavernoso, La Dimora del Campo é um achado.
Fica na Civita, a parte alta da zona histórica, instalada num prédio ‘normal’.
As diárias são simpáticas e incluem um café da manhã basiquinho, servido num bar nas redondezas.
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Lo Stemma Boutique Hotel (moderno)
Lo Stemma Boutique Hotel ocupa um palácio recentemente reformado, no limite da cidade nova, com vistas magníficas para os Sassi.
Os quartos são decorados com uma elegância sóbria.
É possível chegar com o carro até a porta do hotel e desembarcar as malas (peça primeiro uma autorização para entrar na zonta de tráfego limitado) antes de ir para o estacionamento.
As diárias incluem o café da manhã.
Le Grotte della Civita (luxo, caverna)
Com diárias que começam em € 450, Le Grotte della Civita oferece as acomodações em cavernas mais carismáticas dos Sassi.
Os ambientes não são decorados – são cenografados, estão prontos para um editorial de moda. Tema: rústico-chic (no último).
O atendimento e o café da manhã são elogiadíssimos.
O que fazer em Matera
Matera pode ser visitada com ou sem roteiro.
Zanzar a esmo pela cidade, apostando num caminho a cada intersecção, leva você a ângulos inusitados e garante surpresas por todo o percurso. (Onde você não pode deixar de entrar: numa casa grotta (caverna decorada como antigamente), numa das igrejas rupestres (escavadas na pedra e com afrescos preservados) e na Catedral.)
Quem vem apenas passar o dia pode seguir esse roteiro prático. Se você vai se hospedar na cidade, pode usar como orientação durante seus passeios.
Roteiro a pé em Matera
Este roteiro contém uma caminhada total de 3 km. Somando os trechos, dá pouco mais de 1 hora de caminhada (sem paradas, claro).
Com as visitas e as paradas para comer e beber, o passeio pode se estender por até 3, 4 ou 5 horas, conforme o seu ritmo e nível de atenção ao detalhe.
Nesse itinerário eu incluo alguns ziguezagues por dentro dos Sassi, simulando uma caminhada a esmo, mas sempre na direção certa.
Não é um itinerário indicado para quem tem mobilidade limitada, porque você vai encontrar muitas escadas pelo caminho.
Use calçados confortáveis e leve água.
- Se você prefere um itinerário mais objetivo, sem zanzar pelas escadarias dos Sassis, veja o Roteiro simplificado.
- Se você não pode ou não quer subir escadas, o melhor é contratar um passeio guiado de tuk-tuk (aqui chamado pelo modelo do veículo: “Ape Calessino”).
1. Convento di Sant’Agostino, Igreja San Pietro Barisano e Via d’Addozio
Pegue um táxi ou o microônibus da Linea Sassi até a altura do Convento di Sant’Agostino, onde um magnífico belvedere dá as boas-vindas aos Sassi de Matera.
Descendo a via d’Addozio você vai ter outras vistas panorâmicas, tanto no pátio da Igreja di San Pietro Barisano quanto ao longo da mureta da ladeira.
- Percurso: 300 metros em suave declive do Convento até o fim da ladeira (3 minutos + paradas para fotos).
2. Sassi in Miniatura
Ao fim da ladeira você chega a uma parte plana do Sassi Barisano. Aproveite que está pertinho e siga à direita pela via Fiorentini até o ateliê do artesão Eustachio Rizzi, onde está exposta sua obra Sassi in Miniatura.
Sim, é o que você está pensando: um “minimundo” dos Sassi di Matera. E a entrada é gratuita.
- Percurso: 30 metros desde o fim da ladeira.
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3. Igreja Rupestre Madonna delle Virtù
Ponha Via Casale no seu GPS. Você vai voltar uma “quadra” pela Via Fiorentini e pegar uma viela à direita. Vai ser seu primeiro contato com o interior dos Sassi.
Quando chegar à Via Casale, que também é estreita, vire à esquerda. Siga até o final: a Via Casale vai dar na Via Madonna delle Virtù, a avenida que contorna os Sassi.
Tcharam! Aqui você vai ser recebido pela acachapante vista do desfiladeiro do rio Gravina com as igrejas rupestres do Sasso Caveoso ao fundo.
Um pouco adiante, à sua direita, vai estar a Chiesa Rupestre Madonna delle Virtù, que foi escavada no século 11. Hoje funciona mais como uma galeria de arte, com exposições temporárias. O ingresso custa € 5.
Não é uma das igrejas rupestres ‘incontornáveis’, então se não fizer questão não precisa visitar.
- Percurso: do Sassi in Miniatura até a igreja são 350 metros, com algumas escadas pelo caminho (6 minutos).
4. Subida à Catedral de Matera
Caminhe 150 metros pela Via Madonna delle Virtù e vire à direita na escadaria da Via Civita.
Você vai ascender aos poucos até o topo da colina, passando por casas super pitorescas. De vez em quando olhe para trás para apreciar o panorama.
Lá em cima, vire à esquerda na Vico Conservatorio, que vai levar à Piazza Duomo, onde está a Catedral de Matera.
Erguida no século 13 em estilo romanesco-pugliese e dedicada a Maria Santíssima, a Catedral de Matera vale a visita pelos seus lindos afrescos, o mosaico do juízo final no piso e a impressionante Capela da Anunciação, adicionada no século 16.
A entrada é gratuita. Querendo visitar também o MATA (Museu Diocesano), adultos pagam € 3,50.
Na praça da Catedral você encontra o Duomo Café, onde pode fazer uma pausa restauradora sem sair do roteiro.
- Percurso: da Igreja Rupestre da Madonna delle Virtù até a Catedral são 450 metros – uma boa parte subindo uma escadaria. O trajeto leva 10 minutos, mas o ideal é ir parando para apreciar a vista e descansar.
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5. Casa Noha
Pertinho da Catedral, a Casa Noha é um museu híbrido (físico e virtual) que funciona num palacete integrado ao ambiente de cavernas dos Sassi.
Os ambientes estão em sua maioria vazios, mas suas paredes exibem um vídeo em quatro partes que conta a história de Matera da Idade da Pedra aos dias de hoje. Há também uma sala multimídia com conteúdo interativo.
A visita completa dura 30 minutos. O ingresso custa € 6 (€ 3,50 para crianças).
Aviso: é bem menos interessante do que uma casa grotta (casa rupestre).
- Percurso: da Piazza Duomo à Casa Noha são 120 metros – 2 minutinhos, no máximo, de caminhada.
6. Igrejas Rupestres e Casa Grotta di Vico Solitario
Hora de descer às principais atrações rupestres de Matera. Todas ficam juntinhas uma das outras numa colina do Sasso Caveoso.
Desça pela Via San Giacomo e continue pela Via Muro até o fim, quando você vira à esquerda na Via San Pietro Caveoso. Atravesse a Via Bruno Buozzi e suba as escadinhas.
Você vai dar na Chiesa Rupestre di Santa Maria di Idris. Uma fachada ‘convencional’ meio que disfarça uma igreja totalmente escavada na pedra, com afrescos bem conservados. Imperdível. O ingresso custa € 4*.
Um pouco mais abaixo você acha a Casa Grotta di Vico Solitario, o melhor exemplo de habitação rupestre em Matera. Cenografada com móveis e utensílios autênticos, mostra como era viver em Matera no tempo em que a cidade era “a vergonha da Itália”. O ingresso custa € 5. Saiba mais no site.
Termine essa parte da visita na Chiesa Rupestre di Santa Lucia alle Malve, que na minha opinião é a mais interessante de todas – porque sua fachada continua ‘flintstoniana’. Convertida em convento no século 11, Santa Lucia teve afrescos descobertos (e restaurados) em 1977. O ingresso custa € 4*.
*É possível comprar um ingresso combinado para as duas igrejas por € 7. Há também um ingresso que inclui as duas igrejas, mais San Pietro Caveoso (a mais convencional das três), por € 8.
Esse pedacinho entre as igrejas rupestres e a Via Bruno Buozzi tem restaurantes e cafés. O mais interessante para esse momento do dia é o Zipa Café, onde você pode pedir um tagliere (prato de frios e queijos) acompanhado por um Aperolzinho (que ninguém é de ferro – ou de pedra).
- Percurso: da Casa Noha a Santa Lucia alle Malve, passando pela Santa Maria d’Idris e Casa Grotta, são 700 metros – uns 15 minutos de caminhada, com descidas e subidas.
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7. Piazzetta Pascoli
Saia em direção à Via Bruno Buozzi e encontre o Vico Confalone. Vire à esquerda no Vico Manesi e mais adiante à esquerda de novo na Calata Domenico Ridola. Uma escadinha aqui, uma rampinha ali, e em 7 minutos você chega à Piazzetta Pascoli.
Aproveite: esse é o último super mirante do nosso roteiro – com bares e restaurantes com vista panorâmica. (Quer um aperitivo com vista? Descole uma mesa na Terrazza Cavaliere.)
Este é o principal polo gastronômico de Matera, então se você dormir na cidade, pode ser que volte à noite.
- Percurso: de Santa Lucia alle Malve até a Piazeta Pascoli são 300 metros – uns 8 minutos de caminhada, colina acima.
8. Igreja do Purgatório
Continue pela Via Domenico Ridola. Em 2 minutos você vai passar pela curiosa Igreja do Purgatório, à sua esquerda.
Erguida para que os fiéis pudessem rezar por entes queridos que acreditavam ter ido para o Purgatório, a igreja ostenta em sua fachada entalhes e relevos de esqueletos e caveiras.
O interior não é tão interessante, mas dispondo de tempo e paciência você identifica mais caveiras e esqueletos nos afrescos e decorações. A entrada é gratuita.
- Percurso: da Piazzetta Pascoli até a Igreja do Purgatório são 200 metros – 2 minutos de caminhada, no plano.
9. Piazza del Sedile
Vire à esquerda na Via San Francesco, que passa em frente à Igreja de São Francisco de Assis (de estilo barroco) e leva à Piazza del Sedile.
Esta zona da cidade começou a ser ocupada no século 15. O Palazzo del Sedile (atual Conservatório de Música), com seu belíssimo arco, era a sede do governo local.
- Percurso: da Igreja do Purgatório à Piazza del Sedile são menos de 200 metros – 2 minutos de caminhada, no plano.
10. Palombaro Lungo
Siga pela Via delle Beccherie, que é uma via comercial importante, com muitas lojas. Você vai chegar à Piazza Vittorio Veneto, a mais movimentada de Matera.
A razão de vir até aqui é visitar o Palombaro Lungo – uma cisterna que reúne águas de várias fontes locais e foi redescoberta apenas em 1991. Você vai passear por um labirinto subterrâneo de águas – que fica ainda mais incrível depois de tantas horas de pedra e pó. O ingresso custa € 3.
- Percurso: da Piazza del Sedile à Piazza Vittorio Veneto são 350 metros – 5 minutos de caminhada, no plano.
Na Praça Vittorio Veneto você pode pegar um táxi para a Rodoviária dos ônibus Miccolis na via Don Luigi Sturzo (2 km adiante) ou para o seu estacionamento.
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Roteiro simplificado
Este é o roteiro mais comum de caminhada em Matera. Você vai da Piazza Vittorio Veneto até a Piazza Duomo subindo apenas as escadas necessárias, sem desvios. Daí desce ao Sasso Caveoso e, se quiser, pode encerrar seu passeio ali.
Novas escadas só entrarão no seu caminho se você optar por seguir ao Piano.
- Vá de táxi à Piazza Vittorio Veneto e visite o Palombaro Lungo
- Siga pela Via delle Beccherie e pela Via Duomo até a Piazza Duomo, onde você pode entrar na Catedral de Matera
- Continue à Casa Noha e desça até o ponto do Sassi Caveoso onde estão as igrejas rupestres e a Casa Grotta
Até aqui (o itinerário em vermelho no mapa) dá 1 km de caminhada (15 a 20 minutos a pé, mais as paradas). Caso queira encerrar o passeio neste ponto, você pode pegar o ônibus da Linea Sassi no largo em frente à igreja de San Pietro Caveoso.
- Se tiver vontade de passear também pelo Piano (a zona de Matera construída entre os séculos 16 e 19), siga o roteiro completo, subindo até a Piazzetta Pascoli, continuando pela Igreja do Purgatório e a Piazza del Sedile até voltar ao ponto de partida na Piazza Vittorio Veneto.
Esta segunda parte (o itinerário azul no mapa) inclui 300 metros de caminhada escadarias acima, mais 750 metros no plano – uns 20-25 minutos de caminhada no total, fora as paradas.
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Mais atrações em Matera
Se você dispõe de mais tempo em Matera, dois passeios são imperdíveis:
Parque Murgia, o outro lado do rio
Uma ponte de cordas (“ponte tibetana”) sobre o riacho Gravina leva ao outro lado do desfiladeiro, onde está o Parco della Murgia Materana – uma reserva natural e arqueológica. É uma atração recomendada para quem vai ficar pelo menos duas noites em Matera.
O parque oferece trilhas que levam a igrejas rupestres e casas escavadas na pedra e proporciona algumas das vistas mais incríveis de Matera (a foto mais perseguida é a da vista de Matera emoldurada por alguma caverna).
Os passeios podem ser feitos de maneira autônoma, mas o melhor é ir num tour guiado, privativo ou compartilhado. Depois de chegar ao parque, todas as atividades são feitas a pé, de bicicleta ou a cavalo. Os tours costumam dedicar duas horas à caminhada.
A entrada é gratuita. Confira o site do parque. Veja também nossa seção de tours guiados.
Cripta do Pecado Original
A 8 km dos Sassi, a Cripta del Peccato Originale é uma igreja rupestre do século 8 famosa por seus afrescos preservados. Um mural conta a história do pecado original.
Para visitar é preciso comprar um ingresso com hora marcada. O custo é € 11 e a reserva pode ser feita no site oficial. Veja também nossa seção de tours guiados.
Tours guiados em Matera
Nossa parceira Viator oferece muitos tous guiados por Matera, a pé ou em tuk-tuk (“Ape Calessino”).
- Caminhada guiada de 2 horas e meia pelos Sassi di Matera – conduzida por pessoas originais de Matera, que dão detalhes sobre a transformação da cidade de “vergonha da Itália” a “patrimônio mundial”, em inglês e italiano. Custa € 30 por pessoa.
- Passeio de 1h de tuk-tuk (“Ape Calessino”) pelos Sassi de Matera – com mirantes e uma igreja rupestre. Custa € 66 para 2 pessoas.
- Caminhada guiada de 2h30 ao Parque da Murgia, com mirante – o grupo sai do centro de Matera e percorre a Trilha 406, que passa pelo meio dos Sassi e serpenteia barranco abaixo até a ponte de cordas que dá acesso ao Parque da Murgia. Lá chegando, uma trilha de 10 minutos leva a um dos mais bonitos mirantes de Matera, o Belvedere Murgia Timone. A volta é de ônibus. Custa € 38 por pessoa.
- Tour guiado à Cripta do Pecado Original – inclui ingresso e trânsfer de ida e volta. Dura 1h30. Custa € 45 por pessoa.
- Experiência de azeite, vinho e produtos locais numa fazenda na Murgia – um ônibus leva ao parque da Murgia, onde uma pequena caminhada leva à uma caverna em meio a um olival. Ali é servido o pão, o queijo e as azeitonas da região, acompanhados por vinho Primitivo e música folclórica local. Custa € 42 por pessoa.
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Onde comer em Matera
O maior polo gastronômico de Matera está fica entre a Piazzetta Pascoli, no Piano, e a Via Bruno Buozzi, no Sasso Caveoso. Procurar mesa sem reserva, porém, não é recomendável. Na temporada (entre maio e setembro), vale a pena já sair com reserva confirmada.
Entre as especialidades materanas estão:
- a mollica frita (uma farofa de pão seco ralado)
- o queijo cacciocavalo podolico, feito com leite de vacas da raça Podolico
- o peperone crusco (pimentão seco, usado em pratos de massa e carne)
- o pezzente della montagna (um salame de porco)
- a cialledda (pão dormido úmido com pepino e tomate)
- as fave e chicorie (purê de favas com chicória)
- a crapiata (uma sopa de legumes e grãos)
- o cime di rapa (purê de cabeças de uma espécie local de brócolis, que você já deve ter conhecido se passou antes pela Puglia)
- a pignata (um cozido de ovelha com batata, salame, pecorino e legumes preparado lentamente no forno a lenha, num jarro de cerâmica selado com massa de pizza)
O peixe mais usado é o bacalhau (seco, como gostamos no Brasil).
O gentílico da Basilicata é “lucano”. Então quando você vir qualquer anúncio de comida “lucana”, já sabe: é um restaurante de comida típica regional.
Esta seleção de restaurantes em Matera está organizada em ordem geográfica: do norte (Sasso Barisano) ao sul (Sasso Caveoso).
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Sasso Barisano
Madame Giulia
Num ponto relativamente alto da Via d’Addozio, o Madame Giulia tem um salão moderninho instalado dentro da caverna e mesas no pátio.
Mas o que vale a pena mesmo é reservar uma mesa no pátio, porque a vista para o Sasso Barisano e a Civita iluminados vai ser ainda melhor do que a comida.
O cardápio é enxuto e procura incorporar produtos locais, como mollica frita e peperone crusco.
- Madame Giulia | Via d’Addozio, 48 – Sasso Barisano | Reservas: +39 376 098-3606 | Instagram
Da Nico
Além de ser adepto do estilo Slow Food, o rústico Da Nico também trabalha sob o conceito de “produtos a 0 km” – a comida é realmente local.
Nos antipasti tem pezzente della montagna e peperone crusco. As massas levam legumes ou bacalhau. Os secondi (pratos de carne) têm preços simpáticos.
Numa noite mais fria, o aconchego do salão faz a diferença.
- Da Nico | Piazetta San Pietro Barisano, 5 – Sasso Barisano | Reservas: +39 083 533-2618 | Instagram
Oi Marì
O salão-caverna do Oi Marì tem uma decoração minimalista, quase escandinava, que acaba ressaltando a beleza dos pratos, muito bem apresentados.
Há um menu degustação de 4 passos (antipasto, primo, secondo e sobremesa) a € 55, fora bebidas.
Se você pedir do cardápio, experimente o curioso spaghetti com polpetinhas e vôngole.
A sobremesa da casa é o “ruccolo”, um bolo que usa massa de focaccia doce com zabaione e vinho marsala.
As mesas do pátio também caem bem, numa noite de temperatura agradável.
- Oi Marì | Via Fiorentini, 66 – Sasso Barisano | Reservas: +39 333 443-9534 | Instagram
Vitantonio Lombardo
Com 1 estrela no Guia Michelin, o Vitantonio Lombardo fica na divisa do Sasso Barisano com a Civita.
O mote de Vitantonio, o chef-proprietário, é: “pensamos com o coração, comemos com a mente e cozinhamos com a pança em busca do impossível”.
O cardápio traz o ano em que cada prato foi criado.
Ele vai na contramão do minimalismo em voga, e acrescenta ingredientes sem medo do exagero. A fava-e-chicória ganha a companhia de ostra e maçã; o orecchiette com cime de rapa também leva burrata e ouriço; o robalo (branzino) vem com crosta de azeitonas pretas e água de chocolate branco.
Os preços são de restaurante gastronômico. O Vitantonio Lombardo trabalha apenas com menus-degustação de 5, 7 e 10 pratos, custando entre € 140 e € 200 por pessoa.
- Vitantonio Lombardo | Via Madonna delle Virtù 14 – Sasso Barisano | Tel.: +39 083 533-5475 | Reservas online | Instagram
Civita
Duomo Café
O Duomo Café está no lugar certo, na hora certa: o momento em que você chega ao topo da Civita depois de subir muita escadinha pelo caminho.
Perfeito para aquela pausa para o café, uma água, um drink ou um petisco.
- Duomo Café | Piazza Duomo, 11 – Civita | Tel.: +39 327 929-5329 | Instagram
Monkey Drink House
Ocupando uma casa do século 18, no caminho entre a Piazza del Sedile e a Catedral, a Monkey Drink House funciona de dia para drinks e aperitivos, mas pega fogo mesmo à noite, quando uma muvuca se forma na calçada.
Abre até 1 da manhã – mas fecha às quartas.
- Monkey Drink House | Via Duomo, 11 – Civita | Tel.: +39 327 590-7443 | Instagram
Piano
Pasteggiando
Uma lanchonete de macarrão. Uma lanchonete de macarrão? Que ótima ideia!
Na Pasteggiando você vai até o balcão, escolhe um molho (tomate e manjericão, cime de rapa e peperone crusco, bolonhesa, linguiça e funghi, bacalhau frito com tomate), e então seu cavatelli ou orecchiette é servido numa cumbuca descartável.
Fica entre a Piazzetta Pascoli e a Piazza del Sedile e abre só para almoço, até as 17h. (A loja matriz, na Piazza Vittorio Veneto, vai até as 20h.)
- Pasteggiando | Via San Francesco, 31 – Piano | Tel.: +39 334 394-2652 | Instagram
Focacceria 5 Lire
No polo gastronômico da Piazzetta Pascoli, a 5 Lire assa focaccias com coberturas generosas, que mais parecem pizzas retangulares (mas têm a textura areada da focaccia).
De brinde, a vista maravilhosa para o Sasso Caveoso.
- 5 Lire | Via Ridola, 37 – Piano | Tel.: +39 376 036-4360 | Instagram
Terrazza Cavaliere
A varanda mais disputada de Matera não aceita reserva.
Entre na fila para conseguir sua mesa e pedir um tagliere de frios e queijos acompanhados por um vinhozinho, uma cerveja ou um drink.
Deixe espaço para um sorvetinho na gelateria em frente.
- Terrazza Cavaliere | Via Ridola, 33 – Piano | Tel.: +39 339 131-0654 | Instagram
Gelateria I Vizi degli Angeli
Os sorvetes mais famosos da cidade estão na I Vizi Degli Angeli (“os vícios dos anjos”). Tem duas casquinhas na classificação do guia Gambero Rosso.
Além dos sabores clássicos (chocolate, flocos, pistache), oferece combinações inusitadas, como cenoura e beterraba ou laranja e tomilho, e opções sem lactose, como matchá.
Como em toda gelateria italiana de prestígio, as filas na porta são constantes.
- Il Vizi degli Angeli | Via Ridola, 36 – Piano | Tel.: +39 083 531-0637 | Instagram
Sasso Caveoso
Francesca
No Francesca você pode jantar na caverna (charmosamente decorada) ou em mesas ao ar livre.
Não dispense o antipasto da casa: vem com ricotinha fresca com geleia de figos, fritada de acelga e alcachofra, panquequinhas e escabeche de carne.
As massas vêm servidas nas frigideiras em que são finalizadas: experimente o cavatelli com molho de abóbora, linguiça e pimentão crusco, ou o orecchiette com favas e cogumelos.
Entre os secondi, tem um interessante espetinho com lardo de colonnata.
- Francesca | Via Bruno Buozzi, 9 – Sasso Caveoso | Reservas: +39 083 531-0443 | Instagram
La Lopa
Rústico e aconchegante, o La Lopa serve cozinha típica lucana.
De antipasto, a estrela é uma degustação de queijos lucanos provenientes de produtores certificados Slow Food.
Continue com um spaghetti à San Giuann (tomatinho, aliche, alcaparras e alho) ou ao ragù de bacalhau.
Se chegar ao secondo, este é um bom lugar para experimentar a pignata (ensopado de ovelha cozido lentamente no forno, numa jarra de cerâmica selada com massa de pizza).
- La Lopa | Via Bruno Buozzi, 13 – Sasso Caveoso | Tel.: +39 0835 165-1370 | Instagram
Trattoria del Caveoso
O ambiente da Trattoria del Caveoso é bastante rústico: mesinhas pequenas com cadeiras de assento de palha.
A cozinha é tradicionalíssima – aqui é um lugar onde você pode experimentar a crapiata (sopa de grãos e legumes).
Entre as massas, a receita da casa é o scialatelli (um tagliatelle mais gordinho) ao pesto de chicória, amêndoas e pecorino, engrossado com um velouté de batatas.
Nos secondi tem bacalhau com azeitonas e batatas e uma linguiça na brasa com cime di rapa.
- Trattoria del Caveoso | Via Bruno Buozzi, 21 – Sasso Caveoso | Tel.: +39 329 391-0143 | Site
Zipa Café
Estrategicamente posicionado no caminho entre as igrejas rupestres do Sasso Caveoso, o Zipa Café é uma parada irresistível.
Se dispuser de quinze minutos para aguardar na fila, vale a pena. Depois de sentar, é só pedir um drink, um tagliere de frios e queijos e partir para os likes 🙂
- Zipa Café | Via Madonna dell’Idris, 15 – Sasso Caveoso | Tel.: +39 370 322-4520 | Instagram
Como chegar a Matera
De avião
Bari é o aeroporto mais próximo, com vários voos diretos de cidades da Itália e da Europa.
O aeroporto está a 65 km de Matera (50 minutos de viagem).
No aeroporto você pode alugar um carro ou pegar um trânsfer compartilhado.
A Cotrab opera um trânsfer em microônibus em 7 horários por dia, com ponto final perto da estação Matera Centrale. A tarifa varia entre € 3,50 e € 5 por passageiro.
Você também pode agendar um traslado com um taxista de Matera indicado por seu hotel ou anfitrião. Pela tabela, sai € 96.
De carro
Se você vier de carro, entenda que ele vai ficar parado no estacionamento durante a sua estada. Você vai usar o carro apenas se quiser ir à Cripta do Pecado Original ou se preferir ao Parque da Murgia pela estrada.
Distâncias rodoviárias de Matera:
- 65 km de Bari (50 min.)
- 250 km de Nápoles (2h45)
- 190 km de Salerno (2h15)
- 100 km de Polignano a Mare (1h10)
- 110 km de Monopoli (1h15)
- 190 km de Lecce (2h10)
- 230 km de Otranto (2h40)
- 215 km de Gallipoli (2h30)
- 422 km de Roma (4h45)
- 680 km de Florença (7h10)
- 440 km de Taormina na Sicília (5h45)
Onde estacionar em Matera
Alguns estacionamentos em Matera:
- Via Sagarat – 540 vagas, automatizado (ponto inicial/final da Linea Sassi)
- Piazza Cesare Firrao – 146 vagas, automatizado (na rota da Linea Sassi)
- Autoservizi Damasco – 120 vagas, automatizado (próximo à Piazza Vittorio Veneto)
- Via Lucania – 370 vagas, automatizado (próximo à Piazzetta Pascoli)
Veja também como se locomover em Matera.
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De trem
O trem não é um meio de transporte conveniente para chegar a Matera.
Vindo de Bari pela FAL (Ferrovia Apullo-Lucane), há uma baldeação em Altamura, numa viagem total de 2h a 2h30 (o ônibus leva 1h10).
Vindo de Roma, tanto Trenitalia quanto Italo levam a Salerno pelos trilhos de alta velocidade, continuando a viagem de ônibus, num percurso total de 5h30 a 6h15 de duração. O trecho de ônibus é operado pela mesma cia. do trem, com bilhetes vinculados.
De ônibus
O ônibus é o melhor transporte público para vir de Bari, Lecce, Salerno e Nápoles.
Esses são os tempos de viagem e as cias. que operam os trechos:
Como usar trem na Europa
Comprar passagem, fazer reservas, passes de trem, como fazer baldeação e trens noturnos
Como se locomover em Matera
De táxi
Os táxis em Matera funcionam pelo taxímetro.
Quando você marca um táxi para apanhar você no hotel, porém, pode ser que já venha uma tarifa fixa. As corridas custam entre € 15 e € 20.
Há preços fixos também para corridas ao aeroporto de Bari (€ 96 por trecho), ao Parque Murgia (€ 36 ida e volta), à Cripta do Pecado Original (€ 60 ida e volta) e a Alberobello (€ 100 ida e volta).
Esta página traz telefones de taxistas.
Linea Sassi
Se você vem somente passar o dia, pode deixar o carro no estacionamento da via Saragat e ali pegar o Sassi Bus, um microônibus que leva até a Piazza San Pietro Caveoso.
A passagem custa € 1,50, e pode ser comprada diretamente com o motorista. Veja o percurso da “navetta”:
Puglia no Viaje na Viagem:
- Roteiros Puglia
- Guia de Bari
- Guia de Polignano a Mare
- Guia de Monopoli
- Guia do Valle d’Itria (inclui Alberobello)
- Guia de Lecce
- Guia de Otranto
- Guia de Gallipoli
- Guia de Leuca
- Guia do Gargano
Resolva sua viagem
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- Aluguel de carro – pesquise na Rentcars em até 10x
- Trânsfers e passeios – escolha com a Viator
Comentários
Post fantástico sobre Matera! Era o que eu precisava! Estou incluindo uma ou duas noites lá, saindo de ônibus de Bari. Gostaria de saber se a rodoviária está próxima das zonas de interesse e se é conveniente e bom um hotel na áerea. Obrigada!
Olá, Jussara! O melhor é pegar um táxi do ponto final do ônibus (via Don Luigi Sturzio ou estação ferroviária, dependendo da cia.) ao seu hotel/acomodação nos Sassi.
Estava ansiosa pelas informações sobre Matera. Sensacional! Obrigada e parabéns!
Olá! Por que as passagens low-cost lisboa- Bari estao tao caras? Pensei em ir para Bari a partir de Lisboa. Ja comprei passagens low cost entre cidades na Europa por cerca de €35. Mas Lis-Bari ta em torno de € 150!
Olá, Sandra! Por qual cia. aérea você encontrou? Na verdade o voo direto de Portugal a Bari sai do Porto, vamos corrigir no post original. Mas já estão a 115 euros, com os extras necessários deve chegar a 150. Voos baratinhos você precisa comprar no momento do lançamento da rota, ou então em rotas com concorrência.
Fui a Matera ontem, 02/06!!! Vai dar vontade de voltar depois do post do Ricardo.
justo o que eu estava precisando! Obrigada! seus roteiros e dicas são demais! esse, então, super completo. Fico aguardando informações sobre outras cidades (como Bari e Matera). sensacional!!
Olá, Sandra!
Bari está aqui:
https://www.viajenaviagem.com/destino/puglia/bari/
Vamos publicar Matera ao longo da semana que vem.