Santiago

Em agosto/24 também fui roubado em táxi. Era aprox. 20h de uma quarta-feira, quando peguei um taxi na porta do Shopping Costanera para o Hotel Ibis Providência que fica a menos 2Km e dura pouco mais de 5 minutos. Eu no banco carona, minha esposa e minha mãe no banco de trás. No caminho, o motorista puxando conversa desde o início e eu de olho no taxímetro. De um um segundo pra outro o valor pulou de cerca de 5 mil pesos (eu tinha pago 6 mil pesos no mesmo trajeto 2 dias antes) para 34 mil pesos e continuou subindo até os 42 mil pesos quando acabou a corrida. Achei por ingenuidade que seria aplicado algum fator de conversão, com nossos táxis nos anos 80 (!!!) que tinha uma planilha para converter a leitura do taxímetro no valor de moeda da época. Chegando no destino, o motorista não parou na frente do hotel, mas na rua lateral. Apontou pro taxímetro informando o valor 42mil pesos (aprox. 230 reais) e eu questionei o valor alto e ele disse estar certo porque o horário é bandeira 2. Neste momento, vi que caí no golpe. Já nervoso com a situação, peguei a carteira e tentei abrir a porta, mas estava trancada quando ele falou que eu deveria pagar primeiro antes de sair. As portas de trás com minha esposa e minha mãe também trancadas. Peguei uma nota de 20.000 pesos em minha carteira e minha esposa entregou a ele uma nota de 20.000. Daí caí no segundo golpe quando ele disse que a nota que minha esposa tinha dado era de 2000 pesos que ele estava segurando, e que faltava ainda não sei quantos pesos. Naquele instante, o que eu queria era sair daquele carro e esquecer deste episódio. Resumindo, uma corrida que era pra ser 6.000 pesos me custou (18mil da troca das cédulas de 20mil pra 2 mil + 40mil pesos), que equivale a aprox 320 reais.

Desde então, relutei em escrever este relato pois me chateou bastante o ocorrido. Como eu tinha lido naquela época que UBER não era regularizado em Santiago eu achei que o taxi seria mais seguro. Puro engano pois um amigo meu foi no mês seguinte com a família, só usou UBER e não teve nenhum problema. Lição aprendida de pior maneira. O motorista puxou conversa initerruptamente para me distrair, não parou na porta do hotel para as câmeras não filmarem o carro, trancou a porta do carro achando que eu poderia sair correndo, deu o golpe do taxímetro, o golpe das trocas das notas e vida que segue. Anotei o modelo e a placa, mas como não falo espanhol, não tive coragem procurar a polícia. No outro dia, foi lá no shopping, no mesmo lugar que peguei o maldito taxi e lá estava ele. Passei do lado, fiquei observando a média distância quando vi um casal com uma criança de colo entrarem no banco de trás. Me deu um ímpeto de gritar para não pegarem o taxi, mas meu medo me fez recuar, até mesmo porque não consegui identificar se eram brasileiros. Foi a 2.a vez que fui em Santiago e não pretendo voltar mais lá pois isso me marcou muito negativamente.