Piscinas naturais - Porto de Galinhas

Piscinas naturais: 7 dicas para não perder a viagem

De todos os passeios oferecidos nas praias do Nordeste, os que levam a piscinas naturais no meio do mar são os mais procurados. Tanto interesse assim é fácil de explicar.

Nossas praias – sobretudo no Nordeste – não costumam ter água cristalina. As fotos daqueles aquários transparentes – com peixinhos que podem ser vistos a olho nu! – são realmente irresistíveis. 

Mas existe toda uma ciência para aproveitar o seu passeio a uma piscina natural. Siga essas dicas e você não vai perder a viagem.

Veja nossas 7 dicas para não perder seu passeio a piscinas naturais.

1. Olho na tábua das marés!

As piscinas naturais só aparecem na maré baixa. A vazante faz com que a água fique represada nos recifes, que se transformam por três ou quatro horas em aquários (ou pelo menos grandes tanques).

A pegadinha está no fato de que o horário das marés não é constante. Todo dia a mudança das marés ocorre entre 30 e 45 minutos mais tarde do que no dia anterior.

Se num domingo a maré mais baixa ocorrer às dez da manhã, na terça-feira vai ocorrer entre onze e onze meia. Onde você encontra essa informação? Na tábua das marés.

Os hotéis dos lugares com piscinas naturais normalmente exibem a tábua das marés na recepção. Este post mostra como você consegue a informação online.

2. É de lua (cheia ou nova)

Quanto mais seca a maré, mais cristalina fica a água das piscinas. E você sabia que o nível das marés varia conforme a lua?

Nas luas cheia e nova o movimento das marés é mais radical. Já nas luas crescente e minguante a diferença entre as marés é pouca; os nordestinos chamam este fenômeno de “maré morta”.

A visita às piscinas naturais fica bem menos impressionante nesta época (em alguns lugares, como Picãozinho, em João Pessoa, elas nem aparecem).

Para tirar melhores fotos, faça o passeio das piscinas numa maré baixa em época de lua cheia ou nova. Veja na tábua das marés o nível mínimo do dia – se houver algum dia com nível entre 0,1 e 0,3, não deixe de marcar o seu passeio.

3. Chegue antes do ponto mínimo da maré

Você encontra as piscinas naturais entre uma hora e meia antes e uma hora e meia depois do nível mínimo da maré baixa.

Procure chegar antes de a maré atingir o nível mínimo: a água estará mais límpida.

Quando a maré volta a encher (imediatamente depois de atingir o nível mínimo), a água fica mexida e entram impurezas.

Para calcular direito o horário da chegada, não se esqueça de levar em conta que o traslado de barco entre a praia e piscina natural pode levar até meia hora, dependendo do lugar.

4. Piscinas naturais de outra cidade? Não vale o perrengue

Não viaje duas horas ou mais para visitar piscinas naturais.

Dificilmente você vai chegar no melhor horário – quem vem de longe acaba indo nos últimos barcos, e pegando a piscina natural quando já está enchendo.

Sem falar que muitas vezes o tempo muda no caminho, e você se desloca (e paga caro) à toa.

Visite apenas as piscinas naturais do destino onde você está – ou então piscinas naturais dos arredores, em passeios de até 1 hora e meia de deslocamento.

Ou seja: não recomendamos passeios saindo de Maceió, Recife ou Porto de Galinhas para as piscinas naturais de Maragogi. Deixe para fazer os passeios de piscina natural em Maragogi quando você estiver hospedado por lá.

5. Choveu? Nublou? Passe

É roubada fazer passeio a piscinas naturais na época de chuvas (abril-julho). A água não vai ficar nem remotamente parecida com a que mostram nas fotos.

Mesmo na época mais seca, o passeio fica bastante prejudicado depois de eventuais chuvas torrenciais, que mexem demais a água.

Dias nublados também são inúteis para esse tipo de passeio. A transparência das piscinas só é vista com sol alto (de preferência, a pino). Incidência lateral (de manhã cedíssimo, meio da tarde) também não ajuda.

6. Tamanho de piscina natural não é documento

As maiores piscinas sempre são as mais desejadas – e por isso mesmo, as mais cheias. Não se deixe levar somente pela fama. Se lhe oferecerem piscinas naturais menos conhecidas, porém mais próximas de onde você está, vá nessas.

Você vai ter menos companheiros, e não vai correr o risco de se sentir num banho coletivo japonês.

O que encanta numa piscina natural (mais até do que os peixinhos!) é o fato de surgir um lugar no meio do mar onde dá pé. E isso qualquer piscininha pode proporcionar.

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    7. Aproveite as piscinas naturais à beira-mar

    Nem todas as piscinas naturais ficam no meio do mar. Algumas represam a própria praia na maré baixa, proporcionando banhos de mar maravilhosos.

    Assim são Taipu de Fora e Algodões, na Península de Maraú; Camurupim, ao sul de Natal; Barra de São Miguel (e também a Praia do Francês), ao sul de Maceió; a própria Boa Viagem, no Recife.

    A praia da vila em Porto de Galinhas também fica sensacional na maré baixa; depois de visitar as piscinas, volte para a areia e aproveite o banho, no lado direito.

     

    516 comentários

    Fico feliz que estejam controlando as piscinas de Maragogi. A primeira vez que fui, há uns 14 anos, era somente o nosso barco e ainda com a maré no nível mais baixo. Não me lembro de ter visto paisagem mais linda até hoje. Bem, não precisa dizer que voltei há 2 anos e me decepcionei completamente (não, não segui as dicas do Riq e fui da Rota Ecológica até lá – pra que meu Deus?). O pior foi ver pessoas passando com churrasquinho, confesso que fiquei até com vergonha.
    As piscinas em frente à praia do Toque são lindas, conforme o Riq já divulgou tantas vezes. Não vale sair de lá por nada.

    Somos encantantados com as piscinas de Taipus de Fora!!!
    Mas é lamentável quando o vendedor de tapioca ás 10h00, com a maré baixa, pesca polvo com arpão no meio dos turistas!! Assim em pouco tempo náo existirá mais turista para comprar tapioca !! Muito triste!! Porque se existe o paraíso, é ali !! Imperdível!!

    Dicas preciosas e certeiras!

    Nessas horas não dá pra confiar nas agências, pra eles está sempre “sensacional”, mesmo que esteja caindo o mundo — fenômeno que também ocorre com outras tribos, como de mergulho ou passeios de escuna. Não adianta: pra quem vive destes passeios e atividades, na hora da venda nunca tem tempo ruim.

    A gente foi pra piscinas de Maragogi a partir de Maceió, com carro alugado, uma década atrás. Puxadíssimo, umas 2h numa estrada sem atrativos no looooongo trecho longe do litoral. Não vale como bate-volta. (Ah, se tivesse Google Maps naquela época…)

    Mas a tábua das marés dava -0,1 (!) em lua propícia, e foi um dos mergulhos mais espetaculares que fizemos na vida! 😉

    A costa da Ilha de Itaparica voltada para Salvador – de Mar Grande a Cacha-Pregos é uma enorme piscina. A barreira de corais conhecida como “caramuã” forma essa piscina. E a caramuã, segundo meu marido, que foi mergulhador por muito tempo, é um dos melhores destinos de mergulho. Todo o litoral baiano tem trechos com piscinas naturais, sem necessidade de passeio de barco, ex.: Stella Maris; Praia do Piruí, em Arembepe; Praia do Forte, alguns trechos de Itacimirim, Vilas, Buraquinho, Jauá.

    Fiz um passeio muito bom em Prado (sul da Bahia) para as piscinas naturais do Recife da Guaratiba. Zero muvuca, só meia horinha de barco, água bastante clara – não como numa propaganda de Prestígio, mas dava pra ver bem os peixes e corais.

    E o passeio era barato: coisa de R$35/pessoa, isso em 2005, e dava direito a passar o fim de tarde no parque aquático Ilha da Alegria.

    perfeito : é isso mesmo o que muita gente não sabe. Minhas 2 experiências : sim, sai de Maceio em onibus de excursão para Marogogi, saimos do hotel as 6:00 hs da manhã, chegamos nas Galés com a maré já subindo, não vimos nada de peixinhos,só muito muvuca e farofa mesmo, em pleno alto mar. Isto foi em 2004, acho. Por outro lado em Porto de Galinhas peguei a maré bem baixa na lua nova, vi muitos peixinhos, mas o melhor foi na piscininha bem rente a praia, como dito no post, melhor banho de mar de minha vida, agua morma, não dava vontade de sair dali.

    A Barra de São Miguel em Alagoas é uma excelente opção para os que não gostam de barcos. Estive lá recentemente e sua beleza é indescritível. Só deixo a dica de se evitar domingos e feriados, pois a muvuca fica muito grande! Fora isso, é perfeito para famílias com crianças.

    Abraços,
    https://cronicasdeviagens-mottas.blogspot.com/2010/11/licenca-para-interrupcao-barra-de-sao.html

    Duas decepções no quesito piscinas naturais foram, para mim:

    – Maragogi: parecia que eu estava num estádio de futebol, em Grenal final de Libertadores, lotado de gente. Tinha até garçom com bandeja com comida passando dentro d’água com o braço bem estendido para cima. E o povo jogava salgadinhos Elma Chips para os peixes. Um horror! Que bom que mudou, como informa o Ricardo.

    – Pajuçara: mesmo num dia de sol a pino, não vi nada. Não sei o que houve.

    Piscinas que para mim foram sensacionais:

    – Porto de Galinhas, vila, pela água cristalina e a proximidade aos peixes.

    – Porto de Galinhas, Pontal do Cupe, pelo ótimo banho de mar;

    – Parrachos de Maracajaú, para mim a mais divertida, pela diversidade de fauna aquática facilmente visível e pelo bom tamanho.

    – Quarta Praia de Morro de São Paulo, água clarinha, bem rasinha, dava para ficar sentado no fundo apreciando o visual com água na cintura. Lindo lugar.

    Outras marcantes, por motivos diversos:

    – Boa Viagem, por poder tomar aquele banho de mar calminho e morno num “tancão” bem em frente aos espigões da avenida. Surreal.

    – Perto do Forte Orange (não lembro o nome), pela temperatura altíssima, impressionante, jamais batida por outra praia. Parecia que tinha um aquecedor ligado.

      A praia do Forte Orange fica na Ilha de Itamaracá (PE). Que após vários governos e a “brilhante” idéia de implantar presídios perdeu o lugar de queridinha de veraneio para Porto de Galinhas.

      Pajuçara já é turva há séculos, mas continuam vendendo…

      Me disseram que as Galés de Maragogi estão controladas. A ver.

      Dessas minha preferida é o Pontal do Cupe 🙂 Não faço nenhuma questão de peixinhos hahaha….

    No Arraial d’Ajuda você encontra muitas piscinas naturais onde se pode ir à pé, sem necessidade de barco.
    Tanto na praia do Mucugê, na ponta da Pitinga e no Araçaípe, na maré baixa, é possivel ver pequenos peixes muito coloridos, ouriços, ofiúros, pepinos do mar, pequenos siris, anêmonas.

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