Guia de Lisboa
Day-trip ao sul de Lisboa: Azeitão, Palmela, Setúbal e Arrábida
Outro dia passamos uma tarde mega-agradável com a querida Isabel O. — animadíssima correspondente portuguesa do VnV — e o querido Mário.
Os dois nos guiaram pelos lugares dos arredores de Setúbal de que a Isabel tanto fala. A propaganda não é enganosa: a região proporciona um passeio de carro intenso e diversificado, a meros 40 km de Lisboa.
Como não estávamos em Lisboa, mas no Alentejo, acabamos chegando tarde demais — e por isso tivemos que ir direto para o almoço.
Já estava escuro quando passamos pelos lugares onde a Isabel queria nos levar antes de tudo. Mas se você sair no meio da manhã de Lisboa, num dia longo de fim de primavera, verão ou começo de outono, cumprirá o roteiro completo com calma e bastante proveito.
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Evite apenas os fins de semana do verão, quando o trânsito pela serra da Arrábida fica bem caótico.
Azeitão
A apenas 30 km da saída da Ponte 25 de Abril, Azeitão oferece a oportunidade de visitar caves (ou vinícolas, no nosso turistiquês) sem precisar se embrenhar pelo interior. Há duas na região.
A mais chique é a Quinta da Bacalhôa, em Vila Fresca de Azeitão, que recebe visitantes com hora marcada numa propriedade histórica, do século XV, mandada construir como quinta de recreio do infante de Portugal e restaurada nos trinques pela Fundação Berardo.
As visitas podem ser feitas de segunda a sábado; para telefone, email e formulário de reserva clique aqui.
Um pouco adiante, já no centrinho da Vila Nogueira de Azeitão, fica a cave da José Maria da Fonseca (foto aí de cima), que produz um dos vinhos portugueses mais consumidos no Brasil, o Periquita. As visitas acontecem diariamente entre 10h e 12h e 14h30 e 17h30. Marque a sua visita aqui.
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Palmela
Continuando pela N100 por mais 13 km você chega ao vilarejo de Palmela, onde seu objetivo será subir ao imponente Castelo de Palmela.
A fortificação original foi erguida no século 8, durante a ocupação muçulmana do sul do que viria a ser Portugal, tendo sido aumentada de maneira significativa posteriormente.
Chegando num horário apropriado (e não depois do expediente, como eu…) você verá os estuários do Tejo, em Lisboa, e do Sado, em Setúbal, e terá então a noção completa da importância deste forte. (Ao lado funciona a Pousada de Palmela.)
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Setúbal
Mencione a um português que você vai passar por Setúbal e é certo que você ouvirá “peixe assado” como resposta. A pesca artesanal ainda tenta sobreviver na cidade, e os restaurantes próximos ao portinho de pescadores do Sado são famosos pelo frescor de seus peixes e frutos do mar.
Moradores da cidade, a Isabel e o Mário fizeram questão de nos guiar por um passeio pelo centro histórico.
Passamos pelo Largo de Bocage, que homenageia o filho mais famoso de Setúbal, e fomos contemplar a fachada do Convento de Jesus, considerado a primeira edificação portuguesa em estilo manuelino, ainda que incipiente (“o arquiteto testou aqui o que foi usar depois nos Jerónimos”, explicou a Isabel).
Fomos almoçar n’O Miguel, onde os peixes e frutos do mar estão dispostos num balcão refrigerado do lado de fora do restaurante; você escolhe o que vai comer.
Pedimos amêijoas que estavam sensacionais, e depois dois peixes assados — entre eles, um salmonete, peixe de pele alaranjada mas carne branca, que é acompanhado por um molho escuro, feito com seu fígado (delicioso; se a descrição assustar, finja que é molho inglês…)
Seguindo o passeio, a subida obrigatória ao Forte de São Filipe, de onde se avista toda a baía de Setúbal e se entende a península de Tróia, que emenda com a costa ainda inexplorada do baixo Alentejo. (E adivinha o que tem integrado ao forte? A Pousada de Setúbal!)
Momento fotos para o álbum:
Serra da Arrábida
Depois do forte, a continuação natural — e gran finale — do passeio é a Serra da Arrábida, uma reserva ambiental no quintal de Setúbal. Há duas estradinhas, a de baixo e a de cima (brinquei que seriam as Corniches da Arrábida), cada qual com seu encanto.
Pode-se visitar o belíssimo Convento da Arrábida e, no verão, arriscar entrar nas águas límpidas, e bastante frias, das lindas prainhas que aparecem aqui e ali.
Fora de temporada dá para chegar até o Portinho da Arrábida, onde há estrutura de bares e restaurantes. No verão, porém, é preciso estacionar longe e enfrentar uma ladeirona na volta.
Mala de bordo nas medidas certas
Não falei que ia ser um belo passeio? Agora é só voltar para Lisboa direto, sem precisar passar por Setúbal.
Obrigadíssimo, Isabel e Mário! Se eu falei alguma besteira, corrijam-me, pufavô!
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Comentários
Bom dia! Estarei em Lisboa a partir de 01 de agosto de 2023. Somos um
grupo de professoras. Estamos pensando em visitar essas cidades, em apenas um dia. Pesquisei em agencias de turismo e achamos muito caro , pensamos em alugar um carro. Somos quatro . O que vocês acham? O que vcs sugerem? Agradeço esse canal, de extrema importancia.
Olá, Maria de Fátima! De fato passeios no exterior são mais caros que no Brasil. Para fazer por conta própria alugando um carro especificamente para o passeio, recomenda-se que você já tenha o carro alugado desde a véspera. Retirar o carro na locadora é uma operação que pode demorar mais de uma hora – fora o deslocamento até a agência. Se vocês forem alugar no dia da saída, talvez não consigam iniciar o passeio antes das 10h, o que tornaria difícil completar o circuito desejado.
Amei as dicas! Amo esse site! Obrigada por todas as dicas! Logo logo irei para Lisboa 😀
Obrigada pelas super dicas. Ontem fizemos este roteiro e adoramos. Visitamos o Palacio da Bacalhoa , que é lindo demais! E depois, claro, tomamos vinho, muito vinho. Optamos pela visitar somente ao Palácio e foi bom pois a visita durou quase 90 minutos. A completa mais de duas horas. Achamos Azeitão uma linda cidade e ficamos umas horas passeando por suas ruas calmas. Depois fomos à Palmela e à Setúbal. O centro histórico de Setúbal decepcionou um pouco pois está pouco conservado. Ainda pois há muitos imóveis a venda e outros já em reforma. Ou seja, em breve estará muito melhor. Como já estava tarde , deixamos a serra e as praias para outra oportunidade. Valeu!!!
Gostaria de fazer Sesimbra, Setubal, Troia e Comporta. Quantos dias seriam necessários para conhecer esses lugares? Onde é melhor ficar hospedado (pensei em Sesimbra no hotel SANA)? Dormir sempre no mesmo lugar e fazer bate e volta? Dormir um dia em cada lugar? Depois sigo viagem para o Algarve. Separando 7 dias para o Algarve, incluindo o dia da ida até lá. Pouco? Muito? Obrigado!
Olá, Pedro! As praias da península de Tróia podem ser visitadas a partir de qualquer uma dessas bases. É mais prático que trocar de hotel todo dia.
Leia sobre o Algarve:
https://www.viajenaviagem.com/destino/algarve/
Não faria mais sentido fazer sesimbra e setúbal primeiro e deixar tróia/comporta para o último dia e pegar uma hospedagem por ali pra depois seguir viagem pro algarve? não é muita mão voltar de um dia em comporta até sesimbra pra depois seguir viagem?
Olá, Pedro! Porque você seguiria viagem depois de voltar ao hotel em que vai dormir? Não entendi.
O número de dias de que você precisa para explorar a região depende do nível de detalhe que você deseja. Se quer fazer dois lugares por dia, mais uma razão para se hospedar numa base só, e daí escolher o mais central, que seria Setúbal.
https://www.viajenaviagem.com/2011/11/vai-por-mim-montar-bases-e-mais-eficiente-do-que-pinga-pinga/