Como chegar a Mendoza

Guia de Mendoza

Como chegar a Mendoza e se deslocar às vinícolas

Mendoza está situada no centro da Argentina, perto da fronteira com o Chile. De fato, Mendoza fica bem mais perto de Santiago (350 km) do que de Buenos Aires (1.050 km).

Há várias maneiras como chegar a Mendoza – a melhor delas, em voos diretos a partir de São Paulo. Mas também dá para voar via Buenos Aires ou Santiago, ou ir a uma das capitais e seguir de ônibus.

Chegando a Mendoza, você vai precisar de uma estratégia de transporte para visitar as vinícolas – mas pode deixar, que a gente explica todas as possibilidades.

Atualizado por JB Andrade

A Bóia resume:

Como chegar a Mendoza de avião

Todo dia é dia de voar a Mendoza.

A Aerolíneas também voa diariamente a Mendoza de todas as suas bases no Brasil, com conexão em Buenos Aires.

A low-cost Jetsmart voa do Rio de Janeiro para Mendoza duas vezes por semana com conexão em Santiago. A Latam também faz a mesma rota, diariamente.

Combinando Mendoza com Buenos Aires ou Santiago

Querendo fazer todo o itinerário de avião, simule a compra da sua passagem de duas maneiras para ver qual é a mais em conta:

  • 1) Orce quanto fica comprar todos os 3 trechos separadamente (Brasil-Buenos Aires, Buenos Aires-Mendoza e Mendoza-Brasil, ou Brasil-Santiago, Santiago-Mendoza e Mendoza-Brasil)

Faça a simulação do itinerário usando a ferramenta Vária cidades no site da Skyscanner.

Fazendo um trecho de ônibus

A combinação Santiago + Mendoza permite fazer a travessia da Cofrdilheira dos Andes de ônibus. É uma viagem longa (7 horas, por causa da parada chatíssima na aduana), mas muito bonita.

Os sites de passagem Recorrido.cl (chileno) e Plataforma10 (argentino) mostram horários e preços. Se não conseguir comprar por eles, dá para ir direto nos sites das cias. que aparecerem na busca.

Mas atenção: entre maio e outubro há risco de nevascas interditarem a estrada por 24 ou 48 horas; viaje com tempo sobrando. Você pode ler o relato da travessia de ônibus feita pelo Ricardo Freire, em 2010.

Também dá para viajar de ônibus entre Buenos Aires e Mendoza, mas é uma viagem de 14 horas. Caso queira encarar, pesquise no Plataforma10 e, se não conseguir comprar por ali, entre nos sites das cias. que aparecerem na busca.

Como ir do aeroporto de Mendoza ao hotel

O aeroporto de Mendoza fica pertinho do centro da cidade, a 20 minutos de carro.

De táxi

Os táxis funcionam pelo taxímetro. Se não tiver pesos com você, negocie antes a cotação de reais ou dólares com o taxista.

De remis

Se preferir pagar preço fechado (e, possivelmente, viajar num carro melhorzinho), vá até o guichê do remis Aerotransfers. Remises são carros com motoristas que funcionam sem taxímetro.

Você pode pagar com cartão.

De Uber ou Cabify

O transporte por aplicativo está funcionando bem em Mendoza, e os carros podem atender no aeroporto sem problemas.

As corridas são um pouco mais baratas do que o táxi.

O aplicativo Uber que você tem no seu celular funciona na Argentina. (Você pode trocar o meio de pagamento, se quiser).

Já o aplicativo Cabify só estará disponível para baixar depois que você chegar à Argentina. Baixe: o Cabify tem mais carros e costuma sair mais barato que o Uber.

De trânsfer

Não quer esquentar a cabeça com cotação de câmbio, taxímetro, cancelamento de corrida no Uber? Cacife um trânsfer. Sai mais caro, mas você vai ser recebido no saguão por um funcionário com uma plaquinha com o seu nome.

Como ir da rodoviária de Mendoza ao hotel

O Terminal del Sol é por onde chegam os ônibus de Santiago. Fica a 10 minutos de carro do miolinho do centro.

Você pode pegar um táxi ou chamar um Uber ou Cabify.

Como se locomover no centro de Mendoza

Se você escolher um hotel bem localizado no centro, quase não vai precisar usar transporte algum dentro da cidade. Todos os serviços estarão a uma caminhadinha rápida de distância, inclusive os melhores restaurantes.

Quando precisar de transporte para se deslocar dentro da cidade, é melhor e mais barato usar Uber e Cabify do que táxi.

Para usar ônibus em Mendoza você vai precisar comprar um cartão SUBE (que vale para todo o país). Existem cartões descartáveis ou recarregáveis, à venda em kioscos pelo centro. Veja onde comprar aqui.

Como se deslocar às vinícolas em Mendoza

Com remis

Fazer passeios com remis é o melhor dos mundos em Mendoza: um serviço de motorista em carro executivo só para você. No pacote estão inclusos o transporte em si, e também as reservas nas bodegas, que você é livre para escolher.

A programação ideal é visitar duas vinícolas, e almoçar numa terceira. (Tudo na mesma região. Não faz sentido juntar Maipú e Valle de Uco no mesmo dia.) As degustações e os almoços são pagos por fora, direto às vinícolas e aos restaurantes.

Contratando um bom serviço de remis você tem ajuda para agendar e também para escolher quais bodegas visitar. Peça dicas, comente sobre as suas expectativas e deixe algum espaço para surpresas. Com esse serviço você dispõe ainda da melhor coordenação de horários possível.

As visitas e os almoços têm hora marcada, mas com remis você consegue fazer visitas menos apressadas, com alguma flexibilidade. O motorista fica à sua disposição durante todo o tempo do tour.

Os passeios são tradicionalmente cobrados em dólar. Se pagar em pesos, eles vão converter pelo câmbio blue (sempre foi assim). Os itinerários por Maipu e Luján de Cuyo custam entre US$100 e US$ 150. Para o Valle de Uco, de US$ 150 a US$ 200. O preço é por carro.

Acerte o serviço com antecedência, sobretudo se você quiser que a cia. de remis ajude na reserva das vinícolas.

Nossa experiência com remis

  • Em janeiro de 2018 usamos a Nossa Mendoza, que é especialista em atender brasileiros. Tem carros próprios confortáveis, e os motoristas falam no mínimo portunhol. A visita a 3 vinícolas em Luján de Cuyo custou US$ 150. A visita a 3 vinícolas em Maipú, também. Para 3 vinícolas do Valle de Uco, o preço ficou em US$ 200, na época.
  • Em agosto de 2024 usamos os serviços da Mendoza Remis. Visitamos duas vinícolas em Luján de Cuyo (US$ 100) e duas no Valle do Uco (US$ 150). O serviço foi impecável, com carros novos e pontualidade britânica.

Você pode encontrar mais opções de remises no Google. A gente deixou de publicar resenhas de leitores sobre cias. de remises de Mendoza nos comentários porque havia muita fraude (empresários se passando por passageiros, ou forçando os passageiros a escrever resenhas). Mas de maneira geral não há porque ter receio de nenhuma cia. Verifique a reputação online, acerte o preço, e seja feliz.

Com tour em grupo

A segunda melhor maneira de visitar vinícolas em Mendoza é com um tour organizado. Uma boa oportunidade para socializar entre uma tacinha e outra, principalmente para quem viaja sozinho. Mas é importante ter atenção na hora da escolha da agência de passeios.

Algumas delas, voltadas para os turistas da Europa ou dos Estados Unidos, oferecem excelente serviço, mas têm preço equivalente a um dia de degustações com motorista particular. Outras se aproveitam do visitante mal informado e oferecem passeios a vinícolas que… bem, não são as melhores.

Pesquise, e só feche tours que levarem a vinícolas bacanas, de preferência em grupos pequenos.

Os passeios a vinícolas em grupo já têm incluso no preço o valor das degustações e do almoço – no dia do tour, você só vai gastar dinheiro se quiser levar alguma garrafa pra casa. Passeios em grupo são um bom recurso para viagens planejadas em cima da hora, ou em datas disputadas.

As agências têm vagas bloqueadas nas vinícolas e, com sorte, pode restar a você alguma chance de conseguir vaga nas degustações das vinícolas mais conhecidas.

Nossa experiência com tours em grupo

Você pode encontrar mais opções de tours em grupo no Google. A gente deixou de publicar resenhas de leitores sobre tours Mendoza nos comentários porque havia muita fraude (empresários se passando por passageiros, ou forçando os passageiros a escrever resenhas). Mas de maneira geral não há porque ter receio de nenhuma cia. Verifique a reputação online, acerte o preço, e seja feliz.

Com o Bus Vitivinícola

O Bus Vitivinícola da Cata Turismo foi inspirado nos ônibus de estilo hop-on hop-off. Tem circuitos diários com visitas às vinícolas das 3 regiões mais importantes.

E com uma seleção super boa: Norton, Chandon, Vistalba e Salentein são algumas das bodegas que aparecem entre os roteiros. Segundas e terças, há passeios por Maipú. Quintas e sextas são dedicadas a Luján de Cuyo. Nos outros dias o destino é Valle de Uco.

Half day

A melhor forma de usar o Bus Vitivinícola para as regiões mais próximas de Mendoza (Maipú ou Lujan de Cuyo) é na modalidade half day, com degustação em duas vinícolas.

Faça o passeio à tarde, e aproveite a manhã para conhecer o Parque General San Martín e dar uma voltinha no centro de Mendoza.

No roteiro Luján Sur, por exemplo, que tem 5 paradas, dá pra visitar a Chandon e a Belasco de Baquedano. As degustações são sempre pagas à parte.

Em setembro de 2024, estava custando o equivalente a US$ 29 por pessoa.

Full day

Se você tem resistência de maratonista, ou é grande apreciador de vinho, pode encarar a modalidade full day, escolhendo até quatro vinícolas (três para visitas e degustações, uma só para almoço).

Mas a saída do ônibus é super demorada no turno da manhã (uma hora e meia do primeiro ponto até o último em que se apanha passageiros) e, chegando a vez da quarta degustação, talvez você queira trocar tudo por uma Coca-Cola gelada…

Em setembro de 2024, custava o equivalente a US$ 33, um pouquinho só mais caro do que o half day – o que até faria valer a pena.

Valle de Uco

Os circuitos ao Valle de Uco são de dia inteiro, mas com esquema ligeiramente diferente. São três paradas fixas, com almoço em uma delas.

Em setembro de 2024, custava o equivalente a US$ 44.

Como comprar o Bus Vitivinícola

Para a modalidade ‘half day’ no turno da tarde, é preciso reservar o passeio antecipadamente.

Você pode comprar online, com cartão de crédito ou Pix.

Caso prefira pagar em pesos ao chegar, vá ao escritório da Cata Turismo.

Na modalidade ‘full day’, você pode fazer o pagamento a bordo do ônibus. Veja quais são as paradas aqui.

  • Cata Turismo | Av. Las Heras 601 | Tel.: (54) 261 425-1750 | Site

Com carro de aplicativo

Apesar do serviço funcionar direitinho na cidade, não é recomendável visitar vinícolas requisitando uma corrida simples no aplicativo – a ida pode ser tranquila, mas ninguém garante que haverá disponibilidade para a sua volta.

Foi pensando nisso a que a Cabify lançou o Cabify Bodegas, uma opção que funciona como um remis e que te permite visitar quantas vinícolas quiser, dentro de uma mesma região, em até 8 horas (com tarifa adicional por minuto além desse tempo).

Não testamos essa alternativa, mas os valores são um pouco mais baixos do que os remises.

De bicicleta

A melhor maneira de conhecer vinícolas pedalando é contratando um tour.

Em grupo, o passeio é mais seguro e você não se perde pelas estradinhas. A Kahuak tem programas que incluem ótimas bodegas, com trânsfer do seu hotel no centro de Mendoza até um ponto de partida mais próximo dos vinhedos. Prepare-se para 12 km de pedaladas.

Se tiver experiência em pedalar em cidade e quiser se aventurar por conta própria, uma boa idéia é ir para Maipú. Alugue com a Maipú Bikes, que oferece capacete e indica uma rota com as vinícolas mais próximas. Você pode retirar a bici a partir das 10h e precisa devolver às 18h. Vá até lá de táxi ou com o ônibus de número 10 (rotas 171, 172 ou 173). Você vai precisar de um passe de ônibus SUBE, vendido nos kioscos do centro. Veja os pontos de venda aqui.

  • Kahuak | WhatsApp: (54) 9 261 419-1117 | Site
  • Maipú Bikes | Urquiza 2499 | WhatsApp: (54) 9 261 467-0761 | Site

De carro alugado? NÃO!

Beber e dirigir não combinam, você sabe.

Ademais, saiba que a tolerância da lei argentina é de apenas 0,5 gramas de álcool por litro de sangue para motoristas. Isso dá menos do que uma taça inteira de vinho.

Se você se hospedar fora do centro, programe-se para fazer suas visitas de remis, como faria se estivesse na cidade. Ou veja a possibilidade de explorar as vinícolas próximas de bicicleta.

Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

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