O que fazer em Santo André da Bahia

Guia de Santo André da Bahia

O que fazer em Santo André da Bahia

Santo André da Bahia é perfeita para o descanso.

Mas se você quiser incluir passeios e atividades na sua viagem, há muito o que escolher.

Veja nesta página o que fazer em Santo André da Bahia.

A Bóia resume:

O que fazer em Santo André da Bahia: as praias

A maior qualidade das praias de Santo André da Bahia é o sossego.

São pouquíssimos os pontos de aglomeração – apenas em frente a barracas de praia, hotéis ou pousadas.

Entre esses pontos (que nunca ficam superlotados, nem mesmo no auge do verão), você terá à sua disposição longos trechos desertos, e sem construções visíveis da praia.

O mar é calmo. Mesmo quando está ondulado, não tem repuxo.

Só não espere uma coisa: água azul o tempo todo. As praias da região recebem muitas águas de rios, que podem turvar o mar.

Mas a água é limpa e a temperatura é perfeita – nem quente, nem gelada.

Praia da Ponta de Santo André

Bem onde o braço de rio desemboca no mar, a faixa de areia se alarga e forma a Praia da Ponta de Santo André.

É um trecho particularmente gostoso para entrar n’água.

Não tem barracas de praia – mas se você seguir pela sua esquerda, na próxima curva já vai chegar à zona de barracas da praia de Santo André.

O acesso está mais fácil:

O condomínio que está se instalando na área, o Vila da Vila, abriu uma servidão de passagem muito bem desenhadinha, por entre cajueiros.

No início dela há um bolsão de estacionamento com alguma sombra. Custa R$ 20 para passar o dia. (A servidão fecha à noite.)

Praia de Santo André

Repetindo o que disse mais acima: a maior atração da praia de Santo André é a baixíssima densidade demográfica da praia.

Ao longo da enseada você vai caminhar praticamente sem precisar desviar de cangas ou espreguiçadeiras.

O mar é constantemente calmo, com ondulação discreta.

No canto sul (direito) da praia há um núcleo de barracas de praia. Antigamente todas usavam cadeirinhas de madeira, mas hoje o plástico (vermelho!) impera.

A dica para pegar sol com charme é a barraca Conto de Areia, de um expatriado argentino que está há muitos anos no Sul da Bahia. Tem cervejas de boas marcas (incluindo Black Princess), e serve petiscos e almoços bem feitos.

O outro trecho da praia com serviço de bordo para passantes é o bar de praia da pousada Vila Araticum.

Você pode usar a praia e o restaurante (a piscina é reservada para os hóspedes).

Praia das Tartarugas

O canto norte (esquerdo) da praia é conhecido como Praia das Tartarugas, delimitado por um manguezal. Na maré baixa, vira uma piscininha.

Praia de Santo Antônio

8 km ao norte da vila, a praia de Santo Antônio tem areia mais dura (e também mais escura) que a de Santo André.

O movimento das marés é mais radical, e na e maré baixa durante as luas cheia e nova a praia fica bastante rasinha.

Para aproveitar o dia aqui, faça uma reserva no super bem-montado restaurante Maroca Praia.

Praia do Guaiú

A 13 km da vila, na direção norte, a praia do Guaiú ainda tem aspecto selvagem – e oferece como bônus o banho de água doce na foz do rio Guaiú.

Outro encanto da praia é o charme (e a comida deliciosa) do Restaurante Maria Nilza, na esquina do riozinho com o mar.

Passeios e atividades em Santo André da Bahia

Passeios de barco

Escunas e chalanas levam grupos enormes de passageiros vindos de Porto Seguro para passeios marítimos e fluviais na região de Santo André. O embarque de manhã cedo no cais de Santa Cruz Cabrália. Os passeios custam entre R$ 130 e R$ 150 por pessoa.

Mas para você que está hospedado na vila, o ideal é fretar um barco para fazer passeios privativos.

  • No mar, você escolhe entre chegar aos corais de Coroa Alta ou do Araripe. Vá na maré baixa para poder mergulhar.
  • O rio João de Tiba também é lindo de percorrer, tanto de dia quanto ao pôr do sol. Durante o dia, da para programar uma parada para um almoço caseiro à beira-rio.

Sua pousada pode ajudar a contratar um barco privativo ou encaixar você num passeio com outros passageiros, diminuindo custos.

Se você vem de fora ou quer negociar o passeio diretamente, procure o Carlindo (tel. 73 99142-1004).

Leia também sobre a travessia de voadeira a Canavieiras pelo delta do Jequitinhonha.

Passeios a cavalo

As areias firmes, as grandes extensões de praias semi-selvagens e os haras da região fazem de Santo André um destino especial para praticantes de equitação.

Sua pousada tem os contatos.

Pesca oceânica

A pesca esportiva oceânica é outro hobby que atrai visitantes caixa-alta a Santo André.

Se dinheiro não for problema, você consegue fretar lancha e equipamento na região e sair à caça do marlim azul.

Sua pousada tem os contatos.

Ioga

A vila de Santo André tem muitos moradores que praticam yoga, e costuma receber estrelas nacionais e estrangeiras para encontros e workshops.

A Pousada Ponta de Santo André costuma ter uma agenda de eventos – comece sua pesquisa por lá.

Cais do porto de Santa Cruz Cabrália

Quase todo mundo que vai a Santo André tem que passar por Cabrália, mas pouquíssimos param para passear pelo seu centro histórico.

É compreensível: as pessoas têm pressa de chegar e se instalar. Além isso, o estacionamento no centrinho de Cabrália é complicado.

Mas tem um jeito gostoso de encaixar Cabrália nas suas férias. Escolha uma tarde e, depois que o sol baixar, vá de carro até a balsa. Estacione e atravesse a pé.

Siga pela direita e você chega à Praça Pedro Álvares Cabral, em frente ao cais do porto. É a região mais bonita e bem preservada do centrinho.

Você pode subir até a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, no alto de uma pequena colina, com vista para o centro histórico, o rio João de Tiba e o mar.

Na volta da Matriz, aproveite os bons restaurantes do pedaço, como o Seu Beira-Mar e o Novo Trigo.

Passeio a Belmonte

A 50 km na direção norte, Belmonte é uma antiga cidade cacaueira que repousa solenta à margem sul do Jequitinhonha.

Nas ruas próximas ao rio, casarões em estilo neoclássico e art-déco são prova da opulência do auge do cacau – e o mau estado de alguns deles revela a decadência econômica da região.

Muitos casarões, no entanto, já foram restaurados. E essa mistura de fachadas reluzentes e decrépitas deixa a visita ainda mais interessante.

Se você for entre 3ª e 6ª feira (ou se agendar uma visita para sábado ou domingo), pode incluir no seu roteiro o Museu das Cadeiras Brasileiras.

Caso o horário das marés seja favorável, é possível encaixar no passeio a travessia a Canavieiras pelo delta do Jequitinhonha.

Museu das Cadeiras Brasileiras

Um dos maiores arquitetos e designers do Brasil, José Zanine Caldas, nasceu e cresceu em Belmonte. Sua casa está sendo restaurada para se tornar um museu abrigando sua obra.

Enquanto o museu não fica pronto, uma casinha branca na mesma rua funciona como esquenta para os aficionados de design. O Museu das Cadeiras Brasileiras foi criado por Zanini de Zanine, filho do grande arquiteto e ele próprio um designer do primeiro time.

Em duas salas, o Museu das Cadeiras Brasileiras funciona como um mostruário de cadeiras de design brasileiro, de irmãos Campana a Sergio Rodrigues – incluindo dois exemplares de artistas naïf de Belmonte.

O espaço exíguo e a informalidade da exposição não fazem do lugar um “museeeeu” convencional. Mas o acervo é lindo – e a experiência de mergulhar em design contemporâneo numa cidadezinha perdida no sul da Bahia, inusitada.

Atenção: abre apenas de 3ª a 6ª, fechando na hora do almoço.

Informações práticas – MUCA

Como chegar a Belmonte

Se você está de carro, é só pegar a estrada na direção oposta à balsa. São 50 km em bom estado (a partir do distrito de Mogiquiçaba, um tapete).

Travessia a Canavieiras

Na foz do Jequitinhonha há um emaranhado de canais entre ilhotas que ostentam viçosos manguezais. Você pode fazer essa travessia de duas maneiras: aproveitando o transporte regular de passageiros entre Belmonte e Canavieiras, ou contratando um passeio turístico.

Transporte regular

Durante a maré alta, voadeiras (pequenas lanchas a motor) fazem a travessia de passageiros Belmonte, na foz do Jequitinhonha, e Canavieiras, na foz do rio Pardo. A travessia custa R$ 30 a R$ 40 por pessoa, por trecho, e pode ser contratada na hora.

Como o horário muda todos os dias de acordo com a maré, vale a pena ligar para um dos operadores e saber a hora da partida. O Sérgio atende por WhatsApp (tel. 73 99993-9472).

A travessia de passageiros vai pelo caminho mais rápido. Mesmo que não se embrenhe pelos canais mais estreitos, dá um bonito passeio em modo econômico – indicado sobretudo para quem está viajando sozinho. Você pode voltar com a mesma voadeira ou seguir viagem a Ilhéus ou Itacaré.

Passeio turístico

O jeito mais bacana de fazer a travessia é contratando um passeio. O barqueiro vai escolher o caminho mais bonito, passando pelos canais mais estreitos do rio Passuí, e fazendo paradas para banho (a mais pedida é na prainha de Barra do Peso).

Vai dar tempo de dar uma voltinha por Canavieiras, que é uma espécie de prima rica de Belmonte – a cidade tem um comércio mais ativo e seus casarões à beira-rio estão mais conservados.

O passeio custa desde R$ 300 por voadeira.

Combine o passeio com o Bira (WhatsApp 73 99995-7969).

Veja como chegar a Belmonte.

Passeios em Porto Seguro

Quem escolhe Santo André como destino normalmente só está interessado numa coisa de Porto Seguro: o aeroporto.

Mas vale a pena esquecer suas implicâncias com Porto Seguro para fazer dois passeios que valem muito a pena:

Reserva da Jaqueira

Fundada em 1998 por três irmãs pataxó, a Reserva da Jaqueira se caracteriza pela resistência cultural. As 34 famílias que ocupam a reserva fazem questão de usar ornamentos e pinturas tradicionais e de se comunicar entre si em patxohã, o idioma pataxó.

A comunidade vive do turismo: todas as manhãs recebe visitantes para um interessantíssimo programa de imersão no universo pataxó.

O horário marcado para o início da visita é 9h – mas os primeiros 45 minutos não têm atividades fixas. Os visitantes podem zanzar pela área de circulação livre da reserva: dá para bisbilhotar a feira de artesanato, testar suas habilidades no arco e flecha, fazer pinturas faciais e tomar infusões de plantas da floresta.

Perto das 10h todos os visitantes se reúnem numa choça para ouvir a história do povo pataxó contada por uma das fundadoras da reserva. É um momento muito tocante: a primeira vez que muitos de nós terão ouvido o outro lado da história.

Depois da palestra acontece um ritual com canto e dança – no finzinho, os visitantes participam.

Depois disso os forasteiros são divididos em pequenos grupos conduzidos por moradores da reserva. O passeio inclui paradas na escola comunitária (bilíngüe português-patxohã), no viveiro de árvores da mata primária, numa choça sagrada (onde não podemos entrar), na choça do pajé e num pequeno museu de arte patachó. Antes de ir embora, há uma provinha de peixe assado à maneira tradicional.

É um passeio muito bem-organizado e cheio de qualidades. Abstraia o comportamento de alguns visitantes, concentre-se na bela demonstração de auto-estima pataxó, e você vai curtir o passeio tanto quanto eu curti.

Informações práticas

Cidade histórica de Porto Seguro

Porto Seguro acabou se desenvolvendo na esquina do rio Buranhém com o mar, mas a cidade original ficava no alto da falésia. Moradores mais antigos ainda conhecem o centro histórico como ‘Cidade Alta’, mas hoje o mais comum é chamar de ‘Cidade Histórica’, mesmo.

O urbanismo colonial português, por ali, não foi desfigurado. Na praça principal estão a Igreja de Nossa Senhora da Pena, padroeira da cidade, a Casa de Câmara e Cadeia (funcionava como sede do governo no térreo e andar de cima, e como masmorra no porão) e o Marco do Descobrimento, a coluna de pedra com as armas portuguesas que serviam como certidão de posse de Portugal nos territórios conquistados – e que aqui está devidamente protegido por vidro blindado. Caminhe até a beira da falésia: a vista é magnífica.

Há outras duas praças. A mais próxima da entrada do sítio histórico é um descampado onde está a Capela de São Benedito, junto às ruínas do colégio jesuíta. E a terceira praça tem a Igreja da Misericórdia, sempre fechada, e um farol que não é dos tempos coloniais.

As praças são ligadas por ruelas de casinhas coloridas, algumas transformadas em lojinhas. Infelizmente não há nada que funcione à noite.

Não deixe de entrar Museu de Porto Seguro, que funciona na Casa de Câmara e Cadeia. A sala mais interessante é dedicada a ornamentos e utensílios indígenas, com peças rituais provenientes de vários pontos do Brasil – e urnas funerárias encontradas na região. A sala de instrumentos náuticos portugueses também impressiona. No porão, é possível entrar numa cela da antiga prisão (felizmente, os odores da época não foram preservados).

O horário ideal para visitar a Cidade Histórica seria o fim da tarde, mas infelizmente o museu fecha às 15h. Para não fritar no sol, venha de manhã cedo, antes da praia. (Ou escolha um dia nublado.)

Informações práticas

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    Comentários

    Emerson
    Responder

    O conteúdo de vcs é fantástico. Muito bem elaborado. Adoro.

    ERALDO TORRES
    Responder

    oa tarde !
    gostaria de saber o que seria melhor vindo do RJ p Santo Andre !
    Pernoite em Sao Mateus qts km do RJ
    Santo Andre fica qts km de Sao Mateus

    Fernando Aznar
    Responder

    Fui no Museu das Cadeiras Brasileiras em 25/10/2019, sexta-feira, mas dei com a cara na porta. Liguei para 2 números de celular que figuravam na porta, deixei recado, mas não retornaram. Segundo vizinhos, abrem aleatoriamente.

    Eduardo Antonio Miranda
    Responder

    Fizemos o passeio de barco para Araripe com o Calindo e foi uma experiência incrível. Super recomendo. Além do passeio ser incrível o Carlindo é um excelente guia. Atencioso e gente boa. Contato dele (73) 99142-1004

    Fernando
    Responder

    Magnífico local super aconchegante,beleza e simpatia dos nativos.

    Denise Pupo
    Responder

    Adorei as dicas do Ricardo
    Agendei o proximo Revellion 2016
    Depois conto para vcs

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