Cancún não é um destino natural; é um destino "fabricado". Goste-se ou não do lugar, uma coisa é inegável: é muito bem-feito. Cancún não é só o paredão de hotéis em frente ao mar azul-calcinha do Caribe. Nem se vale apenas das atividades náuticas que a situação proporciona. Juntando a infra e o mar às ruínas maias próximas (Chichen-Itzá e Tulum), e já haveria atrações suficientes para oferecer aos três milhões de turistas que vêm aqui todo ano (ou vinham até a crise estourar).
Mas Cancún tem mais uma cenoura turística: uma coleção de ecoparques temáticos ao sul da cidade.
O maior deles é Xcaret, a 70 km da zona hoteleira. Das outras vezes que vim eu nunca tive tempo (tradução: sempre morri de preguiça) de ir. Felizmente calhou do parque estar no programa da nossa excursão de blogueiros, e eu finalmente pude visitar o parque, e ainda por cima em ótima companhia.
O conceito é bastante interessante: ecoturismo com uma pegada Disney. É como um Beach Park instalado em Bonito, com toques de Epcot Center. Dá para ver bichos (pumas, jaguares, peixes-bois, antas, peixes e corais num aquário), fazer flutuação num rio que passa por cavernas, mergulhar com golfinhos, mergulhar com tubarões ou simplesmente ir à praia. Nunca se sabe o que é verdadeiro ou o que é fake; certamente aproveitaram as incríveis condições naturais do terreno, mas aqui e ali deve ter rolado uma engenhariazinha. (Uma coisa é certa: no Brasil o Ibama jamais daria licença para um parque assim.
Há pequenos shows de folclore esparsos durante o dia -- e à noite, um mega-espetáculo de duas horas e meia, com 260 figurantes, com encenações da vida na época dos maias e aztecas (incluindo um jogo de pelota) e números de música e dança de diversos estados (muito, muito bons).
É bem fácil de chegar de carro (a rodovia da Riviera Maia é um retão com dupla pista). O jeito mais comum de ir é comprando o pacote ingresso + transporte.
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