O que fazer em Natal

Guia de Natal

O que fazer em Natal

Natal funciona como uma central de passeios.

Você pode fazer passeios de buggy (para o norte e para o sul), mergulhos em parrachos (piscinas naturais), bate-voltas dentro do estado e até para João Pessoa.

Mas nada impede de você usar sua viagem para descansar na praia ou na piscina do seu resort. Veja nossas recomendações sobre o que fazer em Natal:

A Bóia recomenda:

As melhores praias de Natal

Natal e os dois municípios vizinhos ao sul (Parnamirim e Nísia Floresta) têm, somados, mais de 40 km de costa. Alguns trechos são inacessíveis (como a região da base aérea Barreira do Inferno).

Outros têm repuxo e/ou pedras, como a maior parte da Via Costeira, ou ondas fortes, como Búzios.

Nossas praias preferidas, de norte a sul, são Praia do Forte, Ponta Negra, Cotovelo, Camurupim e Lagoa de Arituba.

Balneabilidade das praias de Natal

A maioria das praias de Natal está própria para banho o ano inteiro. Em épocas de chuva, porém, um ou outro trecho podem estar impróprios.

Se você vai entrar no mar, consulte o Boletim de Balneabilidade do Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte).

Praia do Forte, Praia do Meio e Praia dos Artistas

Praia do Forte

Na esquina do rio Potengi, a Praia do Forte tem o mar mais calmo da cidade em qualquer maré. Como não há edifícios nesta região, a paisagem é dominada pelo Forte dos Reis Magos e pela Ponte Newton Navarro.

Há muitas barracas. No fim de semana, famílias comparecem em peso levando as crianças para brincar no mar piscininha (e a praia fica cheíssima). Na maré baixa, piscinas naturais são formadas rente à areia.

A água costuma estar limpa a maior parte do tempo. Consulte a balneabilidade no boletim do Idema.

Praia do Meio e Praia dos Artistas

Até os anos 80, quando Ponta Negra era só um areal muito longe do centro, essas eram as praias mais frequentadas de Natal. Afinal, estão próximas dos bairros tradicionais da cidade (Petrópolis e Tirol) e também da populosa Zona Norte da cidade.

Com a ascensão de Ponta Negra como “a” praia de Natal, as praias centrais perderam seu status junto ao natalense. (Os turistas, então, mal sabem da sua existência.) Mas ainda conservam qualidades — especialmente a Praia do Meio, que é protegida por recifes que formam piscinas naturais à beira-mar durante a maré baixa.

A orla tem quiosques padronizados e barracas.

Passeios para combinar com as praias centrais

Quando você pegar praia na orla central, pode aproveitar para visitar o Forte dos Reis Magos, que está ao lado.

Atravessando a ponte Newton Navarro você pode levar as crianças ao Aquário Natal em Genipabu e/ou comer uma jinga com tapioca no Mercado da Redinha.

No fim do dia, sem se afastar da região, dá para fazer o passeio de catamarã ao pôr do sol.

Ponta Negra

Com o Morro do Careca ao fundo, Ponta Negra é a praia-cartão postal de Natal. Até a década de 90, era considerada uma praia muito distante. Hoje é a mais procurada da zona urbana, sobretudo por turistas.

Quanto mais para o canto direito, melhor o banho: o mar ali é calmo em qualquer maré.

As barracas alugam guarda-sóis grandes e espreguiçadeiras de piscina — herança da época em que os europeus eram a maioria dos turistas (entre 2000 e 2008).

No cantinho direito se encontram ótimos bares pé na areia: o tradicional Old Five, o badalado La Praia e o saudável (mas com drinks!) Dixie & Dallas.

  • Old Five | Tel. (84) 99858-2633 | Instagram
  • La Praia | Tel. (84) 99805-5200 | Instagram
  • Dixie & Dallas Juice Bar | Tel. (84) 99909-7500 | Instagram

Passeio de jangalancha

A Jangalancha é uma mega-jangada coberta que faz passeios a partir do canto direito da praia de Ponta Negra. Com saídas várias vezes ao dia, a Jangalancha revela a paisagem que o Morro do Careca esconde.

A embarcação contorna o cartão-postal de Natal e vai até a praia do Alagamar, que é território da Aeronáutica. Ali os passageiros têm 20 minutos para mergulhar e caminhar no rasinho, dentro d’água (é proibido andar na areia por razões militares).

Com sorte, é possível ver golfinhos e tartarugas no trajeto. Contando os deslocamentos, o passeio dura uma hora.

Informações práticas

Praia de Cotovelo

Primeira praia da Rota do Sol, a 12 km de Ponta Negra (já no município de Parnamirim), Cotovelo é uma ótima alternativa para quem busca uma praia gostosa de tomar banho, mas com aspecto mais selvagem do que Ponta Negra.

A praia é extensa, de areia dura na maré baixa, e tem falésias do lado direito.

O serviço de praia é oferecido por dois grandes restaurantes, o Barramares (onde a especialidade é o caranguejo) e o Falésias.

  • Barramares | Tel. (84) 3237-2131 | Instagram
  • Falésias | Tel. (84) 3237-2231

Passeio para combinar com a Praia de Cotovelo

A Praia de Cotovelo está a 3 km do Maior cajueiro do mundo. Também pode ser combinada com o passeio de barco aos parrachos de Pirangi.

Praia de Camurupim

28 km ao sul de Ponta Negra, já no município de Nísia Floresta, a praia de Camurupim fica uma gostosura na maré baixa, quando seu recife represa a água do mar e transforma a praia numa enorme piscina.

Consulte a tábua das marés (saiba como neste post) e programe sua parada aqui entre 90 minutos antes e 90 minutos depois do ponto mínimo da maré.

Um bom lugar para estacionar, petiscar e tomar sol é o bar Flutuante do Mar, com estacionamento próprio.

  • Flutuante do Mar | Av. da Praia, 1994, Camurupim | Tel. (84) 99101-5336 | Instagram

Passeios para combinar com a praia de Camurupim

Na ida ou na volta, você pode passar no Maior Cajueiro do Mundo e também no Mirante dos Golfinhos. A Lagoa de Arituba está praticamente no ‘quintal’ de Camurupim.

Lagoa de Arituba

A Lagoa de Arituba é a alternativa de banho a Camurupim no momento de maré alta. A lagoa tem barracas que oferecem cadeiras, guarda-sóis, caiaques e pranchas SUP para alugar.

Fica “nos fundos” de Camurupim e tem uma boa área para estacionar.

Passeios para combinar com a Lagoa de Arituba

Na ida ou na volta, você pode passar no Maior Cajueiro do Mundo e também no Mirante dos Golfinhos. As piscinas naturais da Praia de Camurupim, que aparecem na maré baixa, estão a 500 metros.

Passeios de buggy

Passeios de buggy são a atividade que todo mundo associa a Natal. Subir e descer as dunas de Genipabu de buggy está no imaginário de todo turista que vem à cidade.

Ao longo dos anos os bugueiros desenvolveram itinerários abrangentes. Os passeios de Genipabu continuam pelo litoral norte, com paradas em lagoas e brincadeiras como aerobunda (tirolesa) e esquibunda (sandboard). Na direção sul, vão até Pipa, percorrendo as dunas do Malembá e atravessando a Lagoa Guaraíras de balsa.

É possível contratar os passeios por meio do seu hotel, em stands de vendas na praia de Ponta Negra ou com agências de turismo receptivo. Os preços variam pouco. Comprar com seu hotel ou com agência oferece mais garantia de que o bugueiro vai aparecer na hora combinada na porta do seu hotel. Algumas agências vendem o passeio do litoral norte em modo lotação: em vez de comprar o buggy inteiro, você compra lugares e é acomodado com outros passageiros.

Também dá para ir de carro até Genipabu e negociar o passeio localmente com um bugueiro no estacionamento atrás das dunas. Mas isso não é garantia de economia, e você vai precisar usar seus dotes de negociação.

Ao comprar um passeio de dia inteiro em buggy, lembre-se de que… você vai passar o dia inteiro no buggy. Das 8 horas do passeio, 3 ou 4 serão passadas chacoalhando no carrinho. Se você acha que suas costas não vão gostar, prefira os passeios de carro, pela estrada.

A Bóia recomenda: SEM emoção

Quem inventou as categorias de passeio “com emoção ou sem emoção?” foram os bugueiros de Natal.

Quando você escolhe “com emoção” (e todos vão tentar você escolher essa opção), o bugueiro vai fazer as manobras mais vertiginosas, transformando as dunas em tobogã.

Quer um conselho? Não tope.

Os buggies no Brasil (não só em Natal) não têm absolutamente NENHUM equipamento de segurança. Para fazer as manobras que os bugueiros fazem, os passageiros precisariam estar presos com cinto de segurança e usando capacete.

Os acidentes são raros, mas acontecem. E quando acontecem, podem ser fatais. Vai por mim: peça “sem emoção”.

Passeio de buggy a Genipabu e Litoral Norte

O roteiro de buggy pelo litoral norte é passeio-síntese de Natal, com várias atividades envolvidas (algumas com custo extra). O bugueiro pega você no hotel antes das 9h e atravessa a ponte nova na direção de Genipabu.

Veja todas as etapas do passeio:

1. Aquário Natal

A primeira parada — se o grupo quiser parar — pode ser no Aquário Natal, que está no caminho. Minha sugestão: deixe para a volta.

2. Dunas fixas de Genipabu (mirante e dromedários)

A etapa seguinte consiste em percorrer as dunas fixas de Genipabu, com paradas.

Primeiro, o buggy dá uma paradinha no alto do mirante para a Lagoa de Genipabu (a descida até a lagoa é proibida). Depois, vai à Ponta de Genipabu, dando a oportunidade de fotografar o cartão-postal mais famoso de Natal. A última escala desta etapa é junto aos Dromedários que estão a postos para tirar fotos e fazer passeios (R$ 100 por pessoa o passeio de 15 minutos).

3. Praia e Lagoa de Pitangui

De Genipabu os buggies vão para a fila das pequenas balsas que fazem a travessia do rio Ceará-Mirim (dois buggies por balsa). Verifique se a travessia está incluída no seu passeio (custa R$ 50 por buggy, incluindo a taxa ambiental).

Depois da travessia pode acontecer a parada de 30 minutos para banho de mar (o bugueiro escolhe um trecho de praia com barraca em função da maré).

Na sequência do banho de mar tem banho de lagoa: o buggy pára na Lagoa de Pitangui. Aqui dá para fazer stand-up paddle (R$ 30), caiaque (R$ 20 o caiaque) e andar de pedalinho (R$ 30 para dois adultos e uma criança).

Se você não estiver interessado nas atividades náuticas, negocie com o bugueiro para que a parada para banho de lagoa seja na lagoa seguinte, a de Jacumã, que tem água mais bonita.

4. Dunas móveis de Pitangui e Jacumã, com esquibunda e aerobunda

Na sequência vem a parte mais esperada por muitos passageiros: o passeio pelas Dunas Móveis, que é feito em território privado nas dunas de Pitangui e Jacumã.

É aqui que os bugueiros capricham no modo “com emoção”.

Lembramos mais uma vez que os buggies não são equipados com nenhum equipamento de segurança. Os três passageiros que vão atrás vão totalmente soltos. A Bóia recomenda: peça sem emoção.

Entre as dunas móveis de Pitangui e Jacumã há uma parada para esquibunda (sandboard). Você senta numa pequena prancha e desliza duna abaixo até a lagoa. O local é equipado com um elevadorzinho de trilho, para subir de volta sem esforço. Custa R$ 15.

E depois da duna de Jacumã acontece a parada para o aerobunda – a tirolesa potiguar. Custa R$ 15.

5. Almoço

A essa altura, já estará perto da uma da tarde: o bugueiro levará até a parada de almoço. O restaurante mais bem-apessoado dessa costa é o Naf Naf, na praia de Jacumã. Peça para seu bugueiro levar você lá.

  • Naf Naf | Praia de Jacumã | Tel.: (84) 99137-6837 | Instagram

6. A volta

Depois do almoço, se a maré estiver baixa, o bugueiro vai voltar pela praia.

Caso a maré esteja alta, a volta vai ser pelo asfalto.

Nas duas opções, dá para passar no Aquário antes de atravessar de volta a Natal.

Como comprar o passeio de buggy

O passeio pode ser agendado pelo seu hotel ou pousada ou por agências de receptivo de Natal, que encaixarão você num buggy.

Os preços começam em R$ 150 por pessoa no modo lotação ou R$ 600 pelo buggy inteiro (até 4 pessoas).

Passeio de buggy ao Litoral Sul e Pipa

Pela costa, Pipa está a 50 km de Ponta Negra. Buggies e carros 4×4 podem evitar a estrada, rodando pela areia.

Veja as etapas do passeio:

1. Praias e atrativos do sul de Natal (incluindo Cajueiro)

O trajeto funciona como um beach-tour, com paradas para fotos nas praias do Cotovelo, de Pirangi (o buggy pode também parar no Maior Cajueiro do Mundo), no Mirante dos Golfinhos, na Lagoa de Arituba e na praia de
Camurupim.

2. Dunas de Malembá e travessia da Lagoa Guaraíras

Ao fim da zona urbana de Natal, o buggy sai do asfalto e entra na areia. As Dunas de Malembá servem de campo de manobras (peça ‘sem emoção‘).

Em seguida, o buggy prossegue pela areia da praia de Malembá até a Lagoa Guaraíras, onde acontece uma travessa de balsa (R$ 60 extras por buggy).

3. Praias e mirantes de Tibau do Sul a Pipa

Do outro lado da lagoa já é Tibau do Sul, ligada a Pipa por uma estrada panorâmica de onde se avistam as praias de Cacimbinhas e do Madeiro.

Os buggies costumam passar pelo centro de Pipa e ir até o Chapadão, para a última parada de fotos para o Insta.

4. Praia e almoço

Você pode escolher a parada para o banho de mar.

Na volta, peça que a parada do almoço seja no centrinho de Pipa, para comer com vista para o mar da praia do Centro.

Os preços começam em R$ 600 por buggy (até 4 pessoas). Não há modo de lotação neste passeio.

Passeios fora da praia

Fora da praia, Natal tem poucas atrações históricas ou culturais. O Forte dos Reis Magos só é visitável do lado de fora, o Museu Câmara Cascudo está fechado por causa da pandemia e o bairro da Ribeira, o mais antigo da cidade, não chega a configurar um “centro histórico”. O passeio de catamarã pelo rio Potengi permite olhar para toda essa região por um ângulo privilegiado.

Atravessando o rio Potengi, o Aquário Natal e o Mercado da Redinha costumam entrar nos roteiros dos passeios de buggy, mas podem ser visitados de maneira avulsa, de carro ou Uber.

Fora das áreas turísticas da cidade, a Arena das Dunas, construída para a Copa de 2014, impressiona mesmo vista por fora. (A visita às áreas internas está suspensa durante a pandemia.)

A atração mais visitada está ao sul da cidade: o Maior Cajueiro do Mundo em Pirangi. No mesmo circuito costuma-se visitar a base de lançamentos de foguetes da Barreira do Inferno e também o Mirante dos Golfinhos, combinados ou não com paradas de praia.

Aquário Natal

Se você está com crianças, aproveite o passeio ao Litoral Norte ou um dia na Praia do Forte para dar um pulinho no Aquário Natal, na zona urbana de Genipabu.

Seus tanques expõem peixes do oceano e também de rio (como o pirarucu). Tem também tartarugas, pinguins, um hipopótamo, uma jaguatirica, macacos e um tanque onde se pode tocar um tubarão manso de 2 metros.

Pagando à parte, também dá para mergulhar de cilindro com tubarões.

Informações práticas

Arena das Dunas

O imponente estádio de Natal, construído para a Copa de 2014, pode ser visitado em tours (bilíngues!) que saem em vários horários do dia.

O passeio percorre vestiários, gramados, área de imprensa e camarotes vips.

A Arena fica na Zona Norte, fora da área turística da cidade.

Atenção: tour interno suspenso por causa da pandemia

Informações práticas

Bairro da Ribeira

Natal cresceu e deu as costas para o seu bairro mais histórico, a Ribeira, que se formou ao longo do rio Potengi.
Sobram poucos prédios históricos bem cuidados, como o Teatro Alberto Maranhão, a Capitania das Artes e a Catedral Antiga (Igreja de Nossa Senhora da Apresentação).

É daqui que sai o passeio de catamarã pelo rio Potengi.

Alguns tours fazem uma passagem rápida pelo bairro, vindo (ou a caminho) do Forte dos Reis Magos.

Barreira do Inferno

O Centro de Lançamentos da Barreira do Inferno é a mais importante base de lançamento de foguetes da aeronáutica brasileira. Fica no início da Rota do Sol, entre a praia de Ponta Negra e o Cajueiro.

As visitas internas precisam ser agendadas com antecedência. Mas a área externa pode ser visitada a qualquer momento: ali estão expostos o caça brasileiro Xavante e várias miniaturas de foguetes.

A Barreira se estene até a praia, que é santuário de tartarugas e tem uma base do projeto Tamar. A praia só pode ser visitada vindo pelo mar, sem desembarque na areia – como nos passeios de jangalancha que saem do canto direito de Ponta Negra.

Informações práticas

City-tour

Os city-tours oferecidos pelas agências de Natal costumam começar no bairro histórico da Ribeira (uns incluem o passeio de catamarã pelo rio Potengi, outros não). De lá passam no Forte dos Reis Magos (visitação apenas pelo lado externo, devido a obras) e pela Arena das Dunas (visitação também apenas externa, por causa da pandemia).

O tour segue por Ponta Negra, com parada no Mercado para compra de produtos típicos e artesanato e fotos do Morro do Careca.

Alguns tours incluem paradas na Barreira do Inferno e no Maior Cajueiro do Mundo. Todos costumam terminar na praia de Cotovelo, onde dá para tomar banho e almoçar num dos restaurantes à beira-mar.

Os tours duram entre 6 e 7 horas e custam na faixa de R$ 70-R$ 80 por pessoa. Eventuais ingressos não estão incluídos.

Compras típicas

O centro de artesanato, souvenirs e produtos regionais mais próximo do seu hotel é o Mercado de Ponta Negra, convenientemente instalado na Av. Engenheiro Roberto Freire.

O mercado de artesanato mais jeitoso é o do Centro de Turismo, que funciona numa antiga cadeia, com as celas transformadas em lojinhas. (Sim, no mesmo esquema que existe em Recife e Fortaleza.) Fica na Cidade Alta, com vista para as praias centrais.

Completando o trio, tem o mercado de artesanato e produtos típicos da Praia do Meio: o Centro Municipal de Artesanato. É o mais barato da turma.

Informações práticas

Forte dos Reis Magos

A cidade de Natal nasceu aqui. O local era estratégico para defender o continente de invasores europeus, por isso os portugueses começaram a erguer o forte no dia 6 de janeiro de 1598 — o dia de Reis. A cidade seria oficialmente fundada quase dois anos depois, em 25 de dezembro de 1599 — o dia de… Natal.

A exemplo do Forte das Cinco Pontas no Recife (construído pelos holandeses), o Forte dos Reis Magos tem formato de estrela. Depois da construção da Ponte Newton Navarro, porém, deixou de ser o elemento mais forte da paisagem da beira-rio.

Com a estrutura deteriorada, o forte está há alguns anos em reforma. Atualmente só é possível visitar a parte externa.

Maior Cajueiro do Mundo

A maior árvore frutífera do planeta (de 8.500 m²) cresceu devido a uma anomalia genética que faz com que seus galhos, ao tocar o chão, desenvolvam raízes.

Para um leigo, é impossível identificar que se trata de uma árvore só; você se sente num grande bosque de cajus.

Ainda assim, a visão do mirante é impressionante (e de novembro a janeiro, época de caju maduro, você pode colher cajus no pé, sem pagar extra).

Se vai de carro, prepare-se: estacionar é um inferno (você vai ficar na mão dos flanelinhas que guardam vagas com cadeiras de praia nas ruelas estreitas do entorno).

Informações práticas

Mercado da Redinha

Ao pé da ponte, mas do outro lado da foz do Potengi, o Mercado da Redinha tem bares com vista privilegiada da ponte e de Natal.

O lugar guarda um tesouro culinário: as tapioqueiras que preparam ginga com tapioca (um peixinho miúdo que é espetado e frito, e então envolvo na tapioca que absorve a fritura e fica absurdamente saborosa).

É uma ótima parada ao final de um passeio de buggy ou de pegar praia na Praia do Forte.

Informações práticas

Mirante dos Golfinhos

No alto de uma falésia na paia de Barra de Tabatinga, o Mirante dos Golfinhos supostamente permite observar a chegada de grupos dos mais simpáticos mamíferos do mar. Não vá com essa expectativa, porque dificilmente você avistará os flippers.

Mas o panorama é belíssimo — e já antecipa o tipo de paisagem que você vai contemplar quando for a Pipa.

Ou seja: o Mirante dos Golfinhos é uma parada para uma selfie no circuito de atrações do litoral sul, entre o Maior Cajueiro do Mundo e a praia de Camurupim (ou a Lagoa de Arituba).

Museu Câmara Cascudo

Ligado ao Instituto de Antropologia da UFRN, o Museu Câmara Cascudo leva o nome do maior intelectual potiguar — um dos mais destacados historiadores e folcloristas do Brasil, falecido em 1986. Está localizado no bairro do Tirol, na Cidade Alta.

É, de longe, o museu mais importante de Natal. A maioria das exposições é ligada ao conhecimento (antropologia, paleontologia, história), mas há espaço também para mostras de arte.

Informações práticas

Passeio de catamarã ao pôr do sol

Com saída do Iate Clube de Natal, um catamarã da Potengi Turismo percorre o rio Potengi até a foz, revelando a Ponte Newton Navarro e o Forte dos Reis Magos de ângulos inusitados.

O pôr do sol ajuda a tornar o passeio mais instagramável.

Os dias de saída variam conforme a temporada. Ligue antes para confirmar e fazer a reserva do seu passeio.

Informações práticas

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Serviço gratuito

    Bate-voltas

    Natal está bem localizada para vários passeios bate-volta a destinos próximos.

    Na nossa opinião, Galinhos é o passeio que entrega a melhor experiência em um dia só.

    Os passeios a Pipa e a João Pessoa servem como trailer: você visita e, se gostar muito, vai precisar voltar noutra viagem para aproveitar de verdade.

    São Miguel do Gostoso é o passeio menos interessante: é um destino que só se revela para quem se hospeda.

    Bate-volta a Pipa

    Pelo asfalto, Pipa está a 85 km da zona hoteleira de Ponta Negra.

    Os tours a Pipa que vão pela estrada pulam todas as praias do sul de Natal exploradas no tour de buggy — mas em compensação, o ritmo é bem menos frenético e você acaba passando mais tempo em Pipa.

    A primeira parada costuma ser na Lagoa Guaraíras, ao chegar em Tibau do Sul. Depois há um pit stop para fotos no alto da falésia em Cacimbinhas, seguida de uma parada mais longa na Praia do Madeiro, com direito a pegar praia.

    O tour continua à Praia do Amor e termina na praia do centro de Pipa, onde dá para almoçar ou contratar algum passeio extra, de barco ou de jardineira.

    Vale a pena o tour a Pipa pela estrada? O roteiro mostra os cartões-postais de Pipa, mas não entrega o charme do vilarejo, que só aparece à noite. Na minha opinião, é preciso dormir em Pipa para entender Pipa. Mas se você está interessado apenas nos aspectos naturais de Pipa — e nas fotos que o passeio rende — o tour satisfaz.

    Os passeios compartilhados custam em torno de R$ 80 e são vendidos por várias agências.

    Bate-volta a Galinhos

    A 180 km da zona hoteleira de Ponta Negra, Galinhos é um bate-volta bastante cansativo, com três horas de estrada para ir, três para voltar.

    No entanto, quando feito em tour organizado, é um bate-volta bem interessante. A ida vai ser tediosa, mas depois de chegar a Galinhos o roteiro será supermovimentado e diversificado (e na volta você aproveita para tirar um cochilo).

    Primeiro você passeia de barco por um braço de mar ladeado por um belo manguezal até chegar a uma salina, onde é feita a primeira parada. A segunda parada é à beira de uma duna, numa paisagem meio Lençóis Maranhenses. Ali você pode pegar um passeio de buggy até a vila de Galos (pago à parte) ou seguir com o barco. Em Galos é servido o almoço.

    De barco ou buggy, os passageiros seguem à vila de Galinhos, onde o buggy deixa de circular e é possível contratar um passeio de charrete até o farol.

    Se você curte lugares exóticos, porém, considere ir a Galinhos para ficar alguns dias.

    O passeio compartilhado custa em torno de R$ 140 (passeios de buggy e charrete são pagos à parte) e é vendido por várias agências.

    Passeio bate-volta a João Pessoa

    O passeio serve como um city-tour de João Pessoa — mas com 180 km de estrada (duas horas e meia de percurso) na ida e na volta.

    O itinerário é abrangente: você visita o convento de São Francisco no centro histórico (um tesouro do barroco), depois passeia pelas orla urbana de João Pessoa, vai ao Farol de Cabo Branco e à Ponta do Seixas, e termina o dia na praia do Jacaré, assistindo ao entardecer ao som do Bolero de Ravel.

    O passeio dura 10 horas e custa em torno de R$ 150 por pessoa no modo compartilhado.

    Passeio bate-volta a São Miguel do Gostoso

    A 115 km da orla de Ponta Negra, São Miguel do Gostoso é um destino da moda no Rio Grande do Norte. O tour bate-volta ajuda a matar a curiosidade sobre o lugar — mas se você aceita uma opinião sincera, há muito pouco o que ver de dia por lá.

    Para além do nome divertido, Gostoso oferece condições ideais para a prática do windsurf e do kitesurf (esportes que os visitantes de um dia não farão) e atrai uma moçada animada com uma vida social cosmopolita (que só é visível à noite).

    O roteiro do tour tem paradas no Marco Zero da BR 101 (bem na “esquina” do Brasil), na cachaçaria Urca (a caminho da vila) e, depois de dar uma olhada na orla central de Gostoso (que é reta, pouco fotogênica), segue para a praia de Tourinhos, 6 km ao norte da vila — esta sim, uma bela praia, com uma falésia no canto direito.

    O passeio compartilhado dura 10 horas, custa em torno de R$ 110 e é vendido por várias agências.

    84 comentários

    Boia, vc acha que vale a pena fazer o passeio de buggy pelo litoral norte ou curtir o dia em algum restaurante indo de carro próprio até a praia de genipabu? É possível acessar essas atrações de skibunda, tirolesa, se for com carro próprio?

      Olá, Juliana! Você pode ir de carro próprio, mas vai ter que estacionar e pegar um passeio de buggy. Se quiser curtir um bar pé na areia sem buggy, pode ir à praia do Cotovelo ou um pouco mais longe a Camarupim.

    Pessoal, seria muito interessante não incentivar esses passeios com animais, como dromedário. Muitas vezes (maioria delas) os animais vivem em situações horríveis e passam o dia carregando gente por diversão.

    Natal é uma boa opção para grávidas? Pergunto pela acessibilidade dos passeios (subida e descida de barcos por exemplo) e pelas atividades mais, digamos, radicais.
    Planejo ir em Outubro quando estarei com 5 meses de gestação.
    Há como moderar isso ou melhor ir para outro destino nordestino?

      Olá, Isabela! Converse com seu médico sobre as limitações de movimentos recomendáveis. Não busque essa informação com desconhecidos na internet.

    Recomenda alguma empresa de passeios? Os passeios pela Easy Travel Shop não avisam qual será a empresa escolhida

    Natal me encantou já na chegada ao hotel. O Aeroporto é confortável, mas desnecessariamente longe para uma capital à beira-mar. O pessoal é muito educado, desde o staff do hotel, do trade, passando por garçons, ambulantes…
    Contudo, a cidade peca por estar muito (mas muito, mesmo!) no quesito cuidados ambientais. O plástico continua sendo a norma nas praias e até nos parrachos. Também falta um investimento nos ambulantes das praias mais pop: do Forte, Meio e dos Artistas. São locais lindos, mas o serviço deixa a desejar no básico: limpeza, higiene e asseio. Mesmo com a boa vontade e a extrema educação de todos, fica difícil consumir comida nestes lugares. O Mercado da Redinha, então, é uma decepção só. Um lugar tão lindo, uma gente tão batalhadora e sem a mínima condição de prestar um serviço com a mínima qualidade. Fiquei sem coragem até de tomar uma cerveja. E olha que fui criado na Baixada Fluminense, bebendo água de poço! Enfim, tudo isso para dizer que o governo da capital e das cidades que vivem do turismo têm um grande e bom desafio pela frente. Tornar EXCELENTE o que já é, em sua maioria, BÃO DEMAIS!
    Mirem-se nos destinos do Caribe, como Cáncun. Não precisa gourmetizar nada, apenas melhorar o que funciona com alguma eficiência ou o que já é muito bom. Afinal, a concorrência é grande e como as cidades do entorno vivem do FPM e do turismo, nada melhor que garantir que os turistas voltem + vezes e indiquem aos amigos.
    A-do-re-i Natal. Gastronomia nota 10, natureza nota 10, pessoas nota 10!
    Mas o diabo, como dizem os antigos, mora nos detalhes!

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