Como furar a fila legalmente em locais como o Vaticano

Como furar fila (legalmente) na Europa e Nova York

Só existe uma coisa pior do que ficar horas na fila para entrar num museu ou subir a um mirante: saber que outros turistas como você conseguem entrar sem filas (e muitas vezes pagando a mesma coisa ou até menos). Existem várias maneiras perfeitamente legais de furar a fila em alguns dos lugares mais concorridos do planeta. Aqui vai uma listinha atualizada dos atalhos:

Como furar a fila legalmente em locais como o Vaticano

Paris e Versalhes

Sua arma em Paris para furar fila no Louvre, no Quai d’Orsay e no Palácio de Versalhes se chama Paris Museum Pass. É vendido nas lojas Fnac e em outros pontos de vendas, custa entre €55 e €85, e dá direito a 2, 4 ou 6 dias consecutivos de acesso a praticamente todos os museus importantes, com entradas exclusivas e sem filas nos mais disputados (em Versalhes a fila da bilheteria chega a duas horas; você pula essa, mas ainda precisa passar pela fila do raio-X).

É possível também comprar ingresso para a Torre Eiffel pela internet. Há lotes com hora marcada disponíveis na bilheteria online, tanto para o segundo andar quanto para o topo.

Roma

Compre o Roma Pass, vendido por €32 (versão de 48 horas) e €52 (versão de 3 dias) nos postos de turismo. Com ele você entra no Coliseu sem passar pela bilheteria, que costuma ter filas longuíssimas. As piores filas de Roma, porém, estão no Vaticano – mas podem ser evitadas se você comprar seu ingresso com antecedência no site oficial; o ingresso custa €17, e a taxa de reserva, €4.

Florença e Pisa

Use a bilheteria online dos museus de Florença para não passar mais tempo na fila do que dentro dos museus. Tanto a Galleria Uffizi quanto a Accademia vendem ingressos online. O ingresso da Uffizi custa €30; da Accademia, €17. Há uma taxa de reserva de €4 por ingresso.

A Torre de Pisa também vende parte dos ingressos com antecedência pela internet; custa €27.

Milão

Não há filas intermináveis para ver a Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão, simplesmente porque todos os ingressos são vendidos pelo Cenacolo Vinciano. Programe-se com antecedência: o site avisa quando as entradas de cada par de meses começam a ser vendidas. O ingresso custa €15, mais €2 de taxa de reserva (a reserva online é obrigatória mesmo para o primeiro domingo de cada mês, quando a entrada é livre).

Caso você perca o lote à venda online, pode tentar por telefone — a gente explica como aqui.

Granada

A Alhambra pode ser o ponto alto de sua viagem à Andaluzia – isto é, caso você consiga entrar, porque o número de visitantes é limitado por dia. É preciso reservar um turno para a visita e ver os palácios Nazaríes.

Berlim

É seu estilo de viagem que vai definir qual o melhor passe turístico em uma viagem à Berlim. As opções são simples de usar, sem pegadinhas. O Berlin WelcomeCard tem versões que variam em duração e área de abrangência e inclui transporte público ilimitado e desconto em atrações (o de 72 horas custa 53 euros). O Berlin CityTour Card é semelhante, mas pode ter ainda melhor custo benefício para quem não se importa muito com museus. Sai por 35 euros o bilhete de 72 horas incluindo as zonas ABC. Com mais dias, vale pensar no Berlin Museum Pass, que custa 32 euros.

A visita ao Bundestag, o Parlamento Alemão, que costumava formar filas imensas, tem reserva com hora marcada obrigatória, e só pode ser feita online. A confirmação vem por email e a visita continua gratuita.

Lisboa

Lisboa oferece opções tanto para quem vai conhecer os pontos turísticos por dentro quanto para quem só quer andar pela cidade usando os autocarros, eléctricos e metrô. O Lisboa Card tem uso ilimitado do transporte público e entrada gratuita e sem fila em vários monumentos importantes, como o Mosteiro dos Jerônimos e o Arco da Rua Augusta (além de descontos em diversos outros), ajudando a ganhar tempo e euros para comer mais pastéis de Belém. O passe de 24 horas custa €22; o de 48 horas, €35 e o de 72 horas, €44 (o mais recomendável).

Viena

As duas opções de passes para quem visita Viena – o Vienna Card (que sai por €17 a versão de 24 horas, € 25 a de 48 horas e € 29 a de 72 horas) e o Sisi Ticket (que custa € 44) – são interessantes em economia para os turistas. Para fugir da fila dos palácios Hofburg e do Schönbrunn, mas ainda precisar de um passe para circular de transporte público pela cidade, aposte no Sisi Ticket. Já o Vienna Card tem transporte ilimitado e vários pequenos descontos em museus, atrações e lojas.

Amsterdã

Eu gostei muito de usar o passe I Amsterdam City Card, mas ele não poupa você de passar pela bilheteria (é o bilheteiro que passa o cartão magnético pelo leitor e imprime a sua entrada). Caso você não use o passe, então vale a pena comprar ingresso para o museu Van Gogh online; custa €22. De todo modo, a atração com a maior fila de Amsterdã, a Casa-Museu de Anne Frank, não está coberta pelo passe; para não passar pelo menos uma hora na fila, compre seu ingresso pela rede com alguns dias de antecedência; sai €16 mais taxa de reserva de €1.

Londres

A melhor coisa dos lerês de Londres é que todos, todos, todos os museus têm visitas grátis (há urnas para fazer doações, mas nada obrigatório). E por incrível que pareça, o efeito colateral disto é que — não há filas para nenhuma exibição permanente, vai entender. É chegar e entrar. Agora a má notícia: tudo o que não é grátis é bastante caro, e em libras. E algumas dessas atrações bastante caras em libras também vêm com extensas filas. Para subir à (“voar na”) roda gigante LondonEye, compre o ingresso (“cartão de embarque”) com antecedência; por £25,50 você vai direto para a fila normal de embarque (sem passar pela bilheteria, e já no horário do seu “vôo”), e por £48 você pega a “fast track”, uma fila expressa vip. Se você vai com crianças, pode comprar um pacote combinando a roda gigante com o Aquário (que fica em frente), o museu de cera de Madame Tusseau, o London Dungeon e outras atrações. A outra fila enorme da cidade se posta em frente à Torre de Londres; ela pode ser evitada se você achar que vale a pena comprar um London Pass, que custa a partir de £89 conforme a quantidade de dias que oferece e dá direito a outras atrações, como Westminster e o Castelo de Windsor. (Faça as contas antes de comprar; este é um passe que só vale a pena se você fizer uma programação bastante intensa.)  E se você for a Londres em agosto ou setembro, pode aproveitar para visitar os salões do Palácio de Buckingham, que só são abertos nesta época; reserve seu ingresso aqui, a partir de £32.

Atenas

O novo Museu da Acrópole já nasceu com ingressos com hora marcada pela internet. Segundo o Alessandro A., as filas não são grandes, mas não custa nada fazer sua reserva pela rede.

Nova York

Em Nova York, enfrentar as filas do Empire State tira boa parte da graça da visita. Uma das filas é inescapável: a da segurança. As outras são evitáveis: comprando online você não precisa passar pela bilheteria; custa US$ 44. Por US$ 84, você tem acesso ao deck principal (no 86º andar) e é poupado também da fila do elevador, que costuma ser enorme. Por US$ 79 (ou US$ 119 para não pegar a fila do elevador), você tem acesso ao deck principal e ao observatório no 102º andar . Se você tiver sangue-frio turístico e quiser evitar totalmente a confusão do Empire State, pode ir a seu maior concorrente, o Top of the Rock, que não é tão alto mas proporciona uma vista linda do Central Park (e é o único mirante do qual se enxerga… o Empire State). O ingresso para entrar sem fila custa US$85.

397 comentários

vixe, agora fiquei preocupada…há essas filas interminaveis em lisboa?? e tem um “jeitinho” de passar por elas?brigada..adoro seu site.

    Alessandra “depende”

    Quando morei lá, apenas algumas vezes vi filas realmente “longas”. Uma delas foi quando havia uma exposicao do Hermitage (de St Petersburg), e foi em Julho/Agosto, quando na Europa é alta temporada. Em geral os museus em Lisboa não são tão cheios (quando comparados aos da Itália ou España, mas como disse já vi algumas situações chatas.

    Minha dica para não ficar tanto em fila nos EUA: as vezes virar membro de um meseu, mesmo se for visitar apenas 1 ou 2 vezes vale a pena. Problema é que normalmente as promoções de “membership” não aparecem nos momentos convenientes. Recentemente fiquei membro do New Museum em Nova Iorque por U$20, que é quase uma entrada. Além disso, Groupon, Livin Social, etc, oferecem algumas vezes promocões interessantes.

Adorei todas as dicas! Vou para Londres em abril e fiquei super curiosa quando vi aqui no seu site sobre o passeio dentro do Palácio de Buckingham. Entrei no site, para ver se tinha algum outro passeio além desse no verão e para minha surpresa tem um Tour guiado, exclusivo, com direito até champagne dentro do Palácio em abril, na data que estarei lá. Comprei na hora!!! Custa 65 Libras. Fica a dica para quem estará lá em abril!

Em novembro estive em Londres e comprei com mais ou menos 1 mês de antecedência ingresso combinado para a London Eye e pro Madame Tussauds com 40% de desconto. A única coisa ruim que achei é que é obrigatório ir primeiro na London Eye pra trocar o voucher pelos ingressos, no mais tudo ótimo, quase nada de fila. 😀

Vai aqui uma dica que acho que tem a ver com o tema do post.

Pra quem não pode viajar agora e quiser fazer um belo programa de visitação VIRTUAL em diversos museus (ainda não muitos, mas já quebra o galho), visite:
https://www.googleartproject.com/

É muito bacana, vc pode visitar os próprios museus internamente (estilo google street view só q dentro) ou apreciar diretamente as obras de arte expostas neles.

Obrigada Riq, toda vez que eu clico no link tanto do conexão paris como no do vnv entra num site viajeaqui.com.br que não tem nenhuma relaçao com seu site… está acontecendo a mesma coisa com o link “Roma pass: compra che ti fa bene”… Devo estar fazendo algo errado!!!
Mas agora consegui com a sua ajuda! Obrigada mais uma vez!!

Riq, vc retirou o link sobre o paris museum pass do site? Não estou conseguindo acessar…. A Lina do conexão Paris recomendou tb!!! Tem alguma maneira de me enviar as informçoes? Falaram muito bem do post!!!!!!!!!!
🙁
Obrigada
Bjs

Pessoal,
Comprei Pass Museum em Paris e Roma Pass. Mesmo que você não gaste todo o valor em entradas nos museus vale a pena pelo fato de não enfrentar filas. Mas uma dica: em Versailles você não enfrenta a fila da compra do ticket, mas enfrenta a da entrada propriamente dita. De qualquer forma valeu muito.
Outros que valem a pena demais: Torre Eiffel, Musei Vaticani, e em Amsterdã se puderem adiantar entrada da casa da Anne Frank e Museu Van Gogh. Economizei muito tempo com as compras adiantadas. Valeu!

Ricardo,

Estive em Barcelona recentemente. Quando fui ao museu do Miró, vi que com o Articket ( https://www.articketbcn.org ) não é necessário pegar fila nesse museu.
Acredito que essa vantagem também é válida para as demais atrações cobertas (Museu Picasso, La Pedrera,Fundació Antoni Tàpies,MACBA, CCCB e MNAC), pois como esse passe serve como entrada, se torna desnecessário pegar a fila das bilheterias.

Empire State sem fila nenhuma: comprei o ingresso online, imprimi aqui no Brasil e fui lá numa 2ª feira em agosto, 8 da manhã. Atravessei sozinho os salões, subi sozinho no elevador, super tranquilo lá em cima.
Para o fim de tarde, o Top Of The Rock é imbatível, comprei o ingresso na hora – a fila normal andava mais rápido do que a fila de quem vinha com passes para trocar por ingresso e em 15 minutos eu estava lá em cima. Ver o sol se pondo, a noite chegando, as luzes acendendo – inclusive as do Empire State – é um espetáculo. Já cheguei a ficar 2 horas lá em cima curtindo e fotografando o fim de tarde/anoitecer.

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