Para entender o que era Bayahibe, a praia a uma hora e meia/duas horas da zona hoteleira de Punta Cana que serve como uma ótima base de passeios (leia aqui), me hospedei por duas noites no Viva Wyndham Dominicus Beach Resort, a convite do hotel. Como convidado, ganhei uma pulseirinha especial que me dava acesso também ao vizinho Viva Wyndham Dominicus Palace Resort, que é o mais luxuoso do complexo. Normalmente os hóspedes do Palace podem freqüentar o Beach, mas o oposto não é permitido.
O complexo se destaca pela excelente praia e pela boa relação custo x benefício. O Viva Wyndham Beach é o mais em conta da região, com diárias desde abaixo de R$ 200 agora em julho. O Viva Wyndham Palace regula com Catalonia La Romana e o Be Live Canoa, na faixa dos R$ 260. Os mais caros são o Dreams La Romana e o Iberostar Hacienda Domicus, na faixa de R$ 360 em julho.
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Localização. Fica na Playa Dominicus, uma praia a 2 km do vilarejo de Bayahibe. É possível ir à pé até a cidade -- dá meia hora por um caminho rústico, que só pode ser percorrido a pé ou a cavalo (há trechos de areia fofa e um corregozinho). Pela estrada são 10 minutos, que podem ser percorridos de táxi, de mototáxi ou de guagua (o ônibus local).
Há um pequeno comércio na Playa Dominicus, com restaurantes independentes (muitos, de italianos), lojas de artesanato e operadores de passeios. A praia também tem um cassino; à noite um ônibus faz a rota dos hotéis para levar e trazer clientes.
O aeroporto mais próximo é o de La Romana, a 25 km, que recebe vôos de Miami. Os aeroportos de Punta Cana e de Santo Domingo estão a uma hora e meia de distância, cada um para um lado. (Já o centro de Santo Domingo e a ponta da zona hoteleira de Punta Cana estão a duas horas de carro.)
De Bayahibe saem os passeios para Ilha Saona e Ilha Catalina, sem a necessidade da viagem de ônibus desde Punta Cana. Perto também se encontra o vilarejo medieval fake de Altos de Chavón, com seu Museu Arqueológico Regional e a fábrica de charutos Tabacalera de García. É viável fazer passeios à zona colonial de Santo Domingo (duas horas em cada direção).
O apartamento. Não cheguei a visitar o quarto do Palace (que pode ser visto aqui). O do Beach em que fiquei é básico mas OK -- não tem luxos, mas essa é a proposta desta ala do resort. Os equipamentos são novos, com TV de tela plana e ar condicionado supergelado.
Layout da propriedade. É um dos grandes trunfos do resort. Pioneiro na região -- e instalado anos antes do boom de Punta Cana --, o hotel se espalha ao longo de uma extensa frente de praia, num terreno relativamente estreito. Quem está no Palace precisa dar uma caminhadinha para chegar ao Beach, mas o trajeto mais curto é feito o tempo todo pela praia -- nada de ficar zanzando pelo meião do resort, como nos megacomplexos de Punta Cana onde é preciso pegar o trenzinho para jantar ou ir à praia.
Ambos hotéis têm recepções, piscinas e restaurante-buffets próprios, mas não há nenhuma separação física dentro do complexo. A cor da sua pulseirinha determina em que restaurantes e bares você pode ser servido (lembrando: quem está no Palace pode usar os bares e restaurantes do Beach, mas o contrário não é possível).
O ambiente do Palace é mais sossegado; quem quer animação vem para a área do Beach (mesmo que esteja hospedado no Palace). O teatro principal do complexo e os agitos noturnos estão no Beach.
Piscinas. Cada resort tem sua piscina principal e piscininhas secundárias. A do Beach é free-form, a do Palace é quadradinha. Mas não é pela piscina que você vem pro Caribe
A praia. Excelente. Peguei dois dias de tempo ruim e mesmo assim a água estava linda (consegue ser transparente até com dia fortemente nublado). Mar tranqüilíssimo, grande faixa rasinha, perfeita para crianças. Entre os dois hotéis há uma área privativa para pulseirinhas vips, com camas cheia de chinfra.
Restaurante-buffet. Bastante variado, com comida saborosa (nos dois restaurantes encontrei pratos dominicanos). No café da manhã os frios deixam a desejar.
Restaurantes à la carte. O Beach tem três: La Pizzeria, que permanece aberta madrugada afora e não exige reservas; Viva México, de comida mexicana, e La Roca, de grelhados. O Palace tem mais quatro: Il Palco, de comida italiana; Bambú, oriental; Viva Café, charmoso e à beira-mar; e Atlantis, de cozinha mediterrânea, também à beira-mar (neste é preciso pagar suplemento). Com exceção da pizzaria, todos os à la carte requerem reservas, que devem ser feitas na mesa do Guest Relations. Hóspedes do Palace podem fazer reservas nos restaurantes do Beach de graça; hóspedes do Beach pagam extra para fazer reservas nos restaurantes do Palace.
Bebidas. Nos resorts de faixa de preço intermediária ou em conta, o melhor é ficar com a ótima cerveja Presidente e os excelentes runs dominicanos. (Falha minha: esqueci de pedir whisky para ver qual seria servido.)
Entretenimento. Ponto fortíssimo do hotel. Os espetáculos noturnos são muito bem produzidos e ensaiados. Sempre há um número em que as crianças que estiveram no kid's club durante o dia participam; é muito bacana.
Atendimento. Bastante simpático.
O público. Muitos americanos e europeus -- e dominicanos, também. Pessoal desencanado e bastante animado.
Internet. Gratuita e aberta, mas só funciona nos hot spots (nas duas recepções e nos bares das duas piscinas principais).
No Brasil seria o quê? Um Village Pratagy de Maceió.
Quanto custa? Pesquise diárias no Viva Wyndham Beach e no Viva Wyndham Palace.
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