Tivoli EcoResort Praia do Forte: eco-chique
Desde que inaugurou, em 1985, o Tivoli Eco Resort Praia do Forte é um dos hotéis de praia mais desejados do Brasil. O resort foi a ponta-de-lança do modelo de ocupação de baixo impacto ambiental da Praia do Forte — que hoje é a mais organizada das vilas de praia próximas a uma capital. O mentor do modelo (fundador do resort e dono da maioria das terras posteriormente loteadas), o paulista Klaus Peters, vendeu o resort ao grupo português Tivoli em 2006.
De lá para cá, os portugueses deram um belíssimo banho de charme no resort. A antiga rusticidade espartana (ou alemã?) está confinada aos apartamentos standard. Os ambientes sociais e apartamentos master permitem que você esqueça que está num resortão e se imagine num hotel de luxo.
A pulseirinha de identificação foi abolida. Não há um único móvel de plástico em todo o resort — nem mesmo na piscina. Desapareceram o código de regras e as placas que ensinavam o hóspede a se comportar (e que me incomodavam muitíssimo). A gastronomia está tão sofisticada que dá para usar esse termo mesmo — gastronomia.
O resort não funciona com sistema all-inclusive e os extras não são baratos — mas são compatíveis com o luxo proposto pelo hotel.
A localização
Imediatamente ao sul do vilarejo da Praia do Forte. O pórtico de entrada fica na estrada de acesso ao centrinho. Pela areia, chega-se em vinte minutos à prainha da igreja (onde está o Projeto Tamar). Um tuc-tuc (uma minijardineira montada num chassis de romiseta) ao centrinho sai R$ 15. O aeroporto de Salvador está a 55 km. Os primeiros 40 km são duplicados.
A praia
É um dos pouquíssimos resorts do Brasil que pode dizer que está instalado na melhor praia da sua região. Klaus Peters escolheu a dedo a posição do hotel, numa enseada de mar calmo e com uma bonita curva à esquerda. A praia só não está perfeita para banho quando há sargaços em demasia — não é freqüente, mas acontece. À direita o mar é mais encrespado e tem ondas pequenas ideais para surfistas iniciantes. A praia à direita é totalmente deserta. Na maré baixa dá para caminhar até o rio Pojuca, em Itacimirim (leva-se pouco mais de uma hora até lá).
Outra marca registrada do resort é o gramado onde se espalham as espreguiçadeiras — bastante copiado no litoral norte baiano.
As instalações
O hotel é formado por blocos que se sucedem num eixo paralelo à praia, a uma distância ecologicamente correta do mar. No bloco central estão o lobby e a ala de lojinhas. Perto dali (há um bloco de apartamentos master no meio) fica o complexo com piscinas, bar, anfiteatro e restaurante principal.
Entre os blocos e a praia, mais perto da areia, estão a piscina tranqüila, dois restaurantes, um lounge de praia e o centro náutico.
Atrás dos blocos ficam o kid’s club, o spa e as quadras de esporte.
Os apartamentos
São quase 300, esparramados por vinte pequenos blocos de dois andares, sem elevador.
Todos os apartamentos já foram renovados. Os master têm salinha, e as suítes deluxe, sala separada e jacuzzi integrada ao quarto. A TV é de LCD. Na sacada (no andar de cima) ou varanda (no térreo) você encontra, além da rede, poltronas confortáveis. As suítes deluxe ficam na ala sul (à direita do lobby, olhando para a praia) próximas à piscina calma. Os apartamentos master podem estar perto da piscina calma, ou então entre o lobby e o restaurante, e também na ala norte (à esquerda do lobby, olhando para a praia) — onde estão a piscina de atividades, o kid’s club e o spa. Os apartamentos master mais distantes são os master spa; mas os hóspedes destes apartamentos podem usar a piscina do spa, que é vizinha.
Os apartamentos standard têm sacada (no segundo andar) ou varanda (no térreo) com rede. Estão todos na ala sul (à direita do lobby, olhando para a praia). Os mais distantes são os standard plus; hospedando-se no standard-standard você economiza três blocos de caminhada.
Piscinas
Há piscinas em quatro pontos do resort. Próximo à recepção, na ala norte (à esquerda de quem olha para a praia) fica o complexo de piscinas de atividades. Ali há música e acontecem as aulas de hidroginástica. Não há bar molhado.
Longe dali, mais ou menos à altura das suítes deluxe da ala sul (à direita de quem olha para a praia) fica a piscina tranqüila. Não há música e não é permitido ir com crianças. Dentro d’água há sensação de borda infinita.
O spa também tem sua piscina, que pode ser freqüentada por quem contratar algum tratamento no dia ou estiver hospedado nos apartamentos master spa. A música é de relaxamento.
O quarto ponto onde há piscinas é o kid’s club.
Kid’s club
O clubinho — chamado Careta Careta — fica atrás dos blocos da ala norte (à esquerda do lobby, olhando para a praia). O espaço é amplo, tem duas piscinas, playground e brinquedoteca. Os tios fazem atividades também fora de lá.
Copa do bebê
Fica dentro do Kid’s Club. Tem frutas, leite e pós. As papinhas são servidas no restaurante.
Refeições
O resort funciona no sistema meia-pensão, com jantar (incluindo cerveja e refrigerantes consumidos no jantar).
O buffet da noite, que sempre foi um dos pontos altos do hotel, está ainda melhor — visivelmente mais sofisticado. Na noite em que estive, além das tradicionais estações de massas e grelhados, havia um cozinheiro encarregado de fazer risoto de frutos do mar na hora, aos poucos, numa panela pequena.
Entre os pratos quentes na minha noite havia muitos que usavam ingredientes brasileiros: purê de mandioquinha, lasanha de carne seca, arroz de pequi, tempurá de quiabo (espetacular).
(Ah, sim: foi o único buffet de resort em que encontrei arroz integral!)
O almoço pode ser feito em dois restaurantes. O principal restaurante do dia é o Tabaréu, próximo à praia, à altura das piscinas de atividades. A pedida por ali é a pizza (sim, tem pizza de dia). Na piscina, tem baiana de acarajé.
Junto à piscina calma fica o outro restaurante, À Sombra do Coqueiral. Tem um cardápio de petiscos semelhante ao Tabaréu e pratos como moqueca, carne de sol e picanha.
Uma opção mais econômica — e muito divertida — de almoço é ir à vilinha da Praia do Forte comer nas barracas da praia da igreja ou nos restaurantes da vila. Pela areia são vinte minutos (mais agradável na maré baixa). De tuc-tuc, cinco minutos. Vá de um jeito, volte de outro.
Bebidas
Em 2010, quando estivemos da última vez, havia cervejas e refrigerantes de todos os fabricantes. Se este é um item essencial na sua escolha, recomendo contactar diretamente o hotel para informar-se sobre o acordo atual.
Refrigerante, cerveja e água de coco estão incluídos no jantar.
As barracas de praia mais próxima estão a vinte minutos de caminhada, na vilinha da Praia do Forte.
Entretenimento noturno
Há música à beira da piscina à noite — reproduzido pelas caixas de som do restaurante. Pode haver algum show folclórico no anfiteatro.
O spa
Seu diferencial é estar baseado na talassoterapia — tratamentos com água do mar em diferentes temperaturas. Há um circuito de piscinas a ser feito — uma delas, com seixos. Para usar as piscinas é preciso comprar um day-use do spa (R$ 60) ou então alguma massagem (nesse caso, o uso do spa durante todo o dia do tratamento está incluído). Hóspedes dos apartamentos master spa tem o uso do spa incluído (mas precisam pagar os tratamentos à parte).
Sala de ginástica
Fica próxima ao spa e é toda aberta, rodeada por folhagens.
Centro náutico
Aproveita as boas condições do mar em frente para alugar caiaques e equipamento de vela. Há programas de mergulho nos corais em frente (quando a visibilidade permite) e nas proximidades. Também oferece aulas de surf. Todos os serviços são cobrados à parte.
Um cantinho
O lounge Chandon, quase pé-na-areia.
Passeios
Existe uma agência de receptivo na ala de lojinhas.
De todo modo, minha recomendação é alugar um carro. Você vai ter total mobilidade para ir à vilinha da Praia do Forte quando quiser, e vai poder fazer os passeios da região (Itacimirim a 5 km, Imbassaí a 10 km, Massarandupió a 30 km, Mangue Seco a 160 km, Arembepe a 30 km) no seu ritmo. O Pelourinho está a 85 km.
O hotel Tivoli EcoResort, na Praia do Forte…
- É para você: que curte a estrutura, mas não curte o ambiente massificado dos grandes resorts.
- Talvez não seja pra você: que está procurando uma pechincha.
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141 comentários
As informações já estão bem defasadas, não tem bebida alcoólica inclusa, as comidas das crianças são deixadas na Copa Baby na geladeira, você escolhe preenchendo ficha do que quer na marmitinha até as 9:30 da manhã , já escolhe almoço e janta e depois pega na geladeira da Copa escolhida. Esse benefício é apenas para crianças até 3 anos. Serviço atendimento conforme li uns comentários está bem melhor porém me deparo sempre com mesas “pre-reservadas” (alguns garçons que querem fazer agrado apenas a alguns hóspedes).
É possível acessar o trecho de praia do Tivoli sem estar hospedado no hotel? Obrigado
Olá, VF! Perfeitamente. Dá 20 minutos de caminhada desde a vila, pela areia da praia. Mais 45 minutos e você chega em Itacimirim.
Estivemos no Tivoli agora em janeiro e gostaria de dar a minha opinião. Adoramos o hotel. O melhor hotel de lazer em que já estivemos no Brasil. Os pontos positivos já foram citados aqui: a comida é surpreendente, tanto no jantar quanto no café da manhã. Os quartos foram todos remodelados e não há diferença em qualidade entre o premium (standard) e o master. A diferença é que no master há um sofá-cama onde podem ficar até duas crianças. Os funcionários são extremamente educados e gentis. No momento das refeições, porém, eles deixam a desejar: não conseguem perceber que um hóspede está chamando. Então, a gente chega, coloca nossas coisas na mesa e quando volta com o prato servido, ainda não colocaram talheres (ou xícaras, se de manhã). Nada que desabone o hotel, mas sonhava que tudo deveria ser perfeito… Na parte externa, durante o dia, os garçons que atendem os quiosques também falham. Custam a passar (não dá para chamar, é muito longe) e depois demoram com o pedido. O preço das bebidas e comidas é um pouco caro, mas já esperado. O que achei negativo foi a pouca variedade e, em alguns itens, a pouquíssima quantidade. Um porção de batata frita servida em uma tigela dessas de salada de fruta é muito pouco! O buffet almoço também tem um preço pesado: R$ 99,00 por pessoa.
Gostamos muito do hotel e mais ainda da praia. Ela é calma, não tem ondas agitadas. Isso foi o que mais me surpreendeu, já que do hotel já tinha ouvido maravilhas. Ano que vem estaremos lá de novo!
Fernanda,
Vc que esteve no hotel recentemente, há muitos micos nas áreas comuns do hotel?
Tenho medo deles e além disso estou com 2 crianças pequenas que tbm tem medo…
Na sua opinião, minha estadia nesse hotel poderia estar prejudicada por este fator?!?
Super obrigada!
Ana
Vim ao Tivoli Ecoresort pela terceira vez. A impressão é que só piorou. Não é um hotel de luxo, exceto pelos preços das diárias. A comida: nada excepcional. No restaurante Tabaréu o preço por pessoa sai facilmente mais de cem reais. Isso me lembra que é mais vantajoso ir ao Rufino’s ou no Rubayat. O cardápio dos demais restaurantes é pobre, desinteressante. O jantar, que é o ápice da gastronomia, mais elaborado, não justifica porém o entusiasmo de alguns. Pena que todo esse descuido custe tão caro ao hóspede!